Alfabetização Emocional, o resgate do sujeito
Autor Roberto Possarle
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 8/16/2006 7:56:38 PM
Ao longo de minha trajetória pessoal e profissional trabalhando com pessoas, primeiro como educador da Rede Pública de Ensino, posteriormente como gerente de uma multinacional no ramo do entretenimento e, por último, na pós-graduação em Psicopatologia e na clínica, percebo que o ser humano padece de uma formação a que denominei Alfabetização Emocional.
Aprendem que para serem “alguém”, aceitos por todos, devem ser enquadrados nos moldes em que a sociedade está organizada. Esse enquadramento gera desconforto que, muitas vezes, traduz-se em depressão, síndrome do pânico, fobias, enfim, numa série de sofrimentos psíquicos que impossibilitam o diálogo com o sujeito, com ele mesmo. Deprimem por quererem algo que desconhecem, por serem diferentes da maioria, mas que, inseridos numa sociedade de modelos, não conseguem este discernimento e adoecem.
Ao revisitar Freud, Winnicot, Bion, Lacan, até chegar ao nosso dia-a-dia, percebo que precisamos falar a respeito do sujeito que ficou escondido atrás de rótulos como ansioso, deprimido, psicótico, esquizofrênico, etc. e também embotado e anestesiado por medicamentos, sem a desejada cura.
O Programa de Alfabetização Emocional tem por objetivo resgatar esse sujeito, saber qual é o seu nome, seus sonhos e suas realizações, por pequenas que sejam. Proponho também a expansão deste tema dentro das escolas, universidades e organizações da sociedade civil, afim de travar discussões objetivando um olhar mais apurado para este sujeito que foi sufocado em nosso modelo capitalista de organização.
Ouça meu programa pela Rádio Mundial 95.7FM, todas as segundas-feiras às 9h00
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Texto revisado por Cris
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