Algo mais sobre o amor...
Autor Nathalie Favaron
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 13/06/2008 12:21:14
Esta semana mais um grupo aconteceu.
Um daqueles nos quais não programamos o que vai acontecer.
A semana era a ideal para amores e reencontros.
O trabalho programado tratava exatamente de mais uma historia de amor. Daquelas lindas e sofridas. Dramática e genial. Cheia de idas e vindas. E com um final que não chegava nunca.
A mulher, uma linda e forte mulher, no auge dos seus 30 e tantos anos e ainda esperando pelo homem certo.
O homem, um deles, aquele dos sonhos, que nos faz tremer só de lembrar. Que com todo charme a fez parte da vida dupla dele. Entre viagens, casamento, amantes, namoradas, passeios, presentes. Enfim, um homem pelo qual ainda nos apaixonamos apesar de tudo.
E essa era a grande questão.
Como resistir a tudo isso e parar de sofrer e de implorar por amor? E o que fazer com aquele outro homem, calmo, tranqüilo, companheiro, mas que de alguma forma não completava aquele buraco no peito...
O tema era no mínimo uma história de amor perfeita para um grupo que iria acontecer na semana dos namorados.
Tudo preparado; comecei a chamar as mulheres, queridas mulheres, que estavam vivendo seus processos de descoberta e autoconhecimento. Cada uma no seu momento e com suas historias pessoais e todas prontas para receber muito, vivendo o tema do grupo como representantes da linda historia de amor.
O dia chegou e com ele a noticia de que aquela ainda não era a hora certa. A cliente não viria.
Há algum tempo eu já me acostumei com essas mudanças repentinas que o Universo traz para os encontros em grupo.
Muito tranqüila esperei que todos chegassem e aos poucos fui percebendo algo no ar.
As mulheres que ali estavam traziam um brilho no olhar.
Em intensidades diferentes, mas cada uma delas percebendo que algo novo surgia dentro delas. Algumas estavam comigo há algumas semanas dividindo suas historias de vida e em busca de algo que faltava para suas vidas ficarem melhores.
Vou chamá-las carinhosamente com nomes de flores, aquelas flores que talvez sejam enviadas nesta semana em homenagem ao amor.
Rosa, uma mulher forte, linda, decidida, delicada e com histórias de alguns casamentos e relacionamentos importantes, todos ainda para serem olhados, revividos, comemorados e encerrados em nosso processo. O trabalho que começamos estava focado nas questões da sua família de origem. Pai, mãe, avós, bisavós. E tudo ia muito bem. Ela renascendo, a cada dia mais livre e viva.
Lily, aquela que agüentou tudo por todos. E quase enlouqueceu. E finalmente parou e começou a olhar para dentro dela e perceber que nem tudo que estava pesando e doendo fazia parte da sua historia. Em alguns encontros, fomos completando o que tinha que ser completado, honrando as historias e as pessoas que tinham sido esquecidas e preparando a alma para o novo que estava por vir.
Ela estava ótima. Seus olhos brilhavam, e seu rosto estava vermelho de excitação com tudo que já estava acontecendo em sua vida.
Violeta, a flor mais recente de todas. Ainda no inicio de suas descobertas. Mais quieta e tímida no grupo, mas com respostas rápidas e certeiras na vida real. Saindo de um casamento fazia poucos anos, era a primeira vez que começava a se perceber livre, disponível. O trabalho tinha começado a resgatar seu desejo, suas vontades, seus sonhos. Até a roupa dela era diferente da primeira vez que a encontrei. Estava sutilmente mais viva e feminina.
Jasmim estava quieta, um pouco triste e com algo dentro dela que estava sendo processado. Percebi, logo ao chegar, que algo estava para mudar naquela noite. Ela estava no pico da mudança. Aquele ponto crucial quando não podemos mais voltar atrás. Não sem perder algo.
Dália, a mais jovem de todas elas, também veio. Ela estava em pleno processo de desabrochar para a vida. Apaixonada, vivendo as incertezas do inicio de um novo relacionamento com um rapaz e percebendo a sua feminilidade crescer e a responsabilidade chegar. Fazendo novas escolhas com mais calma e tranqüilidade. Escolhas mais maduras. Uma delicia perceber o processo que ela estava atravessando.
Cada uma delas estava vivendo com coragem a sua própria historia pessoal, intima e única.
Mas quando começamos o grupo, e a constelação se iniciou, como que uma orquestra começou a se formar na minha frente.
Uma a uma, essas mulheres foram sendo escolhidas para representar papeis naquele sistema que eram incrivelmente perfeitos para o momento de vida que estavam vivendo.
Como em uma dança o trabalho foi acontecendo e os presentes do Universo foram sendo distribuídos a cada uma delas.
E por uma hora, sem perceber, elas também foram crescendo e caminhando em suas historias pessoais. E eu também.
No final de tudo resolvi dar a elas um pequeno presente. Uma meditação que só confirmaria aquilo que elas tinham vivenciado em nossos encontros semanais.
Esta meditação nos conecta com todas as pessoas que fizeram parte da nossa historia e nos faz perceber que a força que vem das nossas raízes é a nutrição necessária para que o amor possa dar certo. Como uma arvore que tem raízes fortes, cresce bem alta e assim pode dar frutos doces.
E em conexão com nossas raízes ficamos livres para amar. E nos descobrirmos sorrindo apenas por estarmos vivos e amando a todos, mas em primeiro lugar amando a nós mesmos; acompanhados de nós mesmos.
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Avaliação: 5 | Votos: 176
Nathalie Favaron é Coach e Terapeuta Sistêmica especializada em Constelações e Hipnose Ericksoniana. Autora do LIVRO O Reencontro e do CURSO ON LINE - A História da sua Família SAIBA MAIS AQUI www.nathaliefavaron.com.br ou whatsapp 11-950203079 E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
