ALGUMA DÚVIDA?
Autor Leila Silva
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 9/14/2009 4:07:34 PM
Acho que dentre os muitos males que afligem e sempre afligiram a humanidade seja a falta de comunicação. Não me refiro a pessoas que falam idiomas diferentes, mas as que pensam falar a mesma língua ou as que nada falam. Percebo, cada vez mais, que as pessoas não estão se entendendo e às vezes até desistiram de se esforçar, depois de muito tentarem. Isso é muito triste mesmo.
Eu sempre acreditei que uma boa conversa, pode ser melhor que muitos remédios, calmantes, ou anestésicos de qualquer tipo para o corpo e para alma. Não conversar do tipo discussões, brigas ou gritos onde ninguém se entende e os resultados sempre são mais feridas. Conversas mesmo, não agressões e com a pessoa que nos gerou ou a quem geramos mal estar.
Nossa melhor amiga, a colega de faculdade ou do trabalho, podem até emprestar dois ouvidos, dois ombros, mas a sensação de vazio, de tristeza, de mágoa permanece, a menos que possa ser resolvida com a outra parte interessada, que muitas vezes, nem sabe o que nos causou, ou nem sabemos o que causamos a ela.
Claro que existem situações onde isso não é possível, ou porque a pessoa não esteja mais nesse plano, ou porque tenhamos perdido o contato com ela. Superar e seguir em frente é preciso, mas sempre que seja possível, desfazer maus entendidos, tentar esclarecer situações truncadas, é sempre uma atitude saudável, que torna a caminhada leve e feliz.
Gosto de pensar que apesar de todos os problemas do mundo moderno, ainda exista espaço para boas conversas, reflexões, pedidos de desculpas e abraços. Somos bem mais que semblantes carregados, ombros caídos e expressões de raiva. Acho que ressentimentos em demasia, causam muita mágoa e dor e que isso tudo, cause muitas doenças no espírito, que acabam sucumbindo o corpo.
Calamos muitas vezes por comodidade, por não quer dizer que nos magoaram, por respeito, por educação. Em meus tempos de colégio, eu imagino que era o terror dos professores. Sempre após a explicação de alguma matéria nova, a pergunta final era: "Alguma dúvida?". Eu sempre perguntava uma, duas, três vezes, até não ter mais dúvida nenhuma. Fui alvo sim de risadas dos que, como eu, tinham dúvidas também e não queriam perguntar, talvez por vergonha, não sei. Isso me entristecia no começo. Depois, com o tempo, não ouvia mais as risadas, só as respostas dos professores às minhas dúvidas. Afinal, era uma escola e eu estava lá para aprender.
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Leila Silva é Promotora de Estilo e presta Consultoria no Rio de Janeiro. Saiba mais sobre Estilo e Moda visitando seu Blog www.leilasilva.wordpress.com. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
