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Alma: a base de tudo

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Autor Claudia Gelernter

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 07/01/2008 09:44:26


"De vez em quando você tem que fazer uma pausa e visitar a si mesmo.”
Audrey Giorgi



Valdemar era um marido pacato. Ia do trabalho para casa, todos os dias, no mesmo horário. Não gostava de sair, sendo que trocava qualquer programa com os amigos para estar com a esposa e filhos. Preferia um filme tranqüilo, pipocas e guaraná.
Imaginem qual não foi o susto de sua esposa ao encontrar, em uma pasta disfarçada do computador de Valdemar, cartas picantes de outras mulheres, links para sites de pornografia e alguns textos eróticos. Um choque. Porém, como uma verdadeira Hera, (a famosa esposa de Zeus, na mitologia grega, que perseguia as ninfas eleitas pelo marido) ela, depois de alguns dias, desculpou Valdemar, afirmando que o problema estava na internet, nas mulheres depravadas que aceitavam estar sendo cantadas por homens casados e no dinheiro fácil que ele herdou de seu pai, anos antes, o que lhe proporcionou um tempo maior a ser gasto com futilidades.

- Pobre Valdemar, dizia, suspirando. Fôra levado pelas circunstâncias... E ela, a magnânima, deveria perdoá-lo, para então abrir uma verdadeira guerra àqueles que enfraqueciam a personalidade do marido.

- Mas, e o livre-arbítrio dele? Ah! E quem disse que ele tem isso? Não! Homens têm uma natureza fraca no que se refere aos assuntos da carne. Neste terreno a decisão torna-se impossível – ele apenas segue o fluxo das águas, afinal de contas é homem, oras! Era preciso que o mundo fosse diferente, isso sim...

A reação da esposa que perdoa o marido usando tais análises fantasiosas tem sua origem no medo. Medo da perda, medo do despertar de um sono em águas tranqüilas, medo da realidade.

Algumas pessoas trocam a decisão pela ilusão. Dá menos trabalho.

Existem ainda outros pontos que levam certas pessoas a realizarem suas críticas sobre este tema. Alguns dizem que é preciso fazer voto de pobreza para não ser corrompido ou corromper, pois o dinheiro é coisa do diabo (!). Não percebem que infernal é o que os desavisados, egoístas e imprevidentes fazem com ele. Outros falam que o melhor é não colocar os olhos no monitor mais que 15 minutos ao dia, para não correr o risco de ficar viciado na web. Como se a decisão do erro ou acerto coubesse ao computador e não àquela figura que fica atrás do teclado.

Nos assuntos televisivos devo confessar que realmente tenho minhas reservas. Inclusive escrevi sobre isso em meu texto “Qual o pior crime?”. Porém, ao meio de tanta porcaria, com um pouco de boa vontade ainda encontramos algum programa interessante. Ligar a TV e assistir Big Brother Brasil é uma opção. A outra seria mudar de canal e buscar algo melhor. Se não encontrar, o botão “on/off” é uma boa pedida.

Enfim, percebemos que as críticas estão sendo dirigidas para fora do alvo. Instrumentos neutros, na verdade, tais ferramentas, quando manuseadas por pessoas com determinadas características, podem adquirir propriedades positivas ou negativas. A causa está e sempre estará no ser humano, na essência de sua alma, que nem sempre sabe usar o conhecimento que têm. Não são tais ferramentas que nos corrompem, mas o nosso espírito, corruptível é quem gera os atropelos.

A riqueza e o poder são provas difíceis, bem o sei, pois trazem facilidades num mundo deveras apelativo. Já dizia um sábio da antiguidade que de nada adianta ganhar facilidades no hoje e perder a alma no amanhã - Triste acordar quando percebemos o tempo perdido e tantas faltas cometidas...

Mas, obviamente, toda prova tem um fim inteligente e não teríamos à nossa mão oportunidades apenas destrutivas. Com que fim Deus nos colocaria entre lobos se não tivéssemos a força para contê-los? Cabe à nós a escolha. E mesmo que não consigamos optar pelo melhor, se cairmos nas malhas do erro (o que é natural devido ao nosso estágio evolutivo), melhor seria admitirmos nossa parcela e tocarmos adiante, buscando nos melhorar conforme as possibilidades, sem culparmos coisas ou as outras pessoas por nossos problemas.

Sem avaliarmos as bases reais em que nos apoiamos não conseguiremos medidas profiláticas, tampouco conseguiremos a tal evolução que gera harmonia e sabedoria – nosso real objetivo existencial.

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Claudia Gelernter   
Tanatóloga e Oradora Espírita, professora e coordenadora doutrinária
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