Alta sensibilidade: autoteste e informações básicas
Atualizado dia 21/09/2016 11:57:06 em Autoconhecimentopor Rosalira dos Santos
Antes de fazer o teste, considero importante que você conheça um pouco mais sobre o assunto. Assim sendo, apresento-lhe as principais descobertas da dra. Aron e seus colaboradores em mais de 20 anos de estudos sobre o tema. Se você acha que você é altamente sensível, ou que seu seu filho(a) é, você precisa começar por saber o seguinte:
- Este é um traço de personalidade que é herdado por 15% a 20% da população (homens e mulheres), portanto, não é um traço raro e também não é nenhum transtorno psicológico, ainda que não seja muito conhecido e nem bem compreendido pelas demais pessoas.
- É inato e não é exclusivo da espécie humana. Biólogos descobriram este traço presente também na maioria dos animais: desde moscas de fruta e peixe até cães, gatos, cavalos e primatas. Na verdade, ele parece ser o reflexo de um certo tipo de estratégia de sobrevivência (observar antes de agir) muito útil para a preservação de cada espécie.
- Não se trata de uma descoberta nova, mas foi erroneamente rotulada como timidez, introversão, inibição, medo, etc.. As pessoas altamente sensíveis (PASs) podem, de fato, apresentar algumas destas características, mas não é uma condição. Por exemplo, 30% das PAS são extrovertidas, ainda que o traço esteja associado, erroneamente, à introversão. Já a timidez é um comportamento aprendido e não inato como o traço básico da alta sensibilidade.
- O cérebro das pessoas altamente sensíveis funciona de maneira um pouco diferente. Isto faz com que uma PAS esteja mais consciente do que outros de sutilezas (barulhos, cheiros, humor das outras pessoas etc..) no seu meio ambiente. Isto acontece porque seu cérebro processa mais informações e reflete mais profundamente sobre elas. Então, mesmo que use óculos, por exemplo, uma PAS “vê” mais do que os outros porque percebe mais.
- A pessoa altamente sensível também se sente mais facilmente oprimida pelo excesso de informações e estímulos recebidos e tende a se cansar com mais facilidade. Uma vez que capta mais e observa com maior profundidade, é bastante comum as PASs sentirem-se sobrecarregadas e exauridas ao final do dia, principalmente se têm de viver em ambientes muito intensos, complexos ou caóticos.
- Por isso mesmo, a pessoa altamente sensível precisa aprender a se proteger do estresse desnecessário, reconhecendo sua caracteríSticas e aprendendo a lidar com as necessidades associadas a ela. O estresse por saturação é um grande inimigo e pode levar uma pessoa altamente sensível a se tornar hipersensível, uma condição extremamente dolorosa para a pessoa e para aqueles que convivem com elas.
- Nossa cultura valoriza o tipo extrovertido, forte, competitivo e, portanto, uma PAS muitas vezes sente-se isolada ou não valorizada. Durante sua vida as PASs ouvem muitas vezes o conselho/recomendação para não serem "tão sensíveis". Mas elas, simplesmente, não têm como evitar isto, uma vez que é parte constitutiva daquilo que elas são.
- As PAS têm um papel importante a desempenhar na sociedade, pois são excelentes observadores, intuitivos, artistas, conselheiros, etc. Mas para isso precisam aprender a superar seus medos e falta de autoconfianca e aprender a usar a sensibilidade a seu favor.
Rosalira
Referência: Dr. Elaine Aron (Journal of Personality and Social Psychology, 1997, Vol. 73, No. 2).
Texto revisado
Avaliação: 5 | Votos: 2
Life Coach, especializada em Pessoas Altamente Sensíveis (PAS). Criadora do "Programa Ame sua Sensibilidade". Apaixonada por mitologia, religiões antigas, gatos, florais e fotografia. Mas, acima de tudo uma PAS, como você. Para saber mais sobre a alta sensibilidade, visite meu site: www.amesuasensibilidade.com.br E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |