AMO-ME..., LOGO EXISTO.
Autor Osmar Francisco dos Santos
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 05/11/2015 18:05:30
A auto estima tem sido um dos temas mais destacados como sendo a base de um bom equilíbrio nas relações humanas e nas próprias condições de saúde. Muitos são os conceitos que procuram definir a auto estima, mas para o propósito desse texto, eu considero-a como sendo o auto respeito ou a auto consideração, que por seu lado tem nos primeiros anos da infância a fase mais importante a partir da qual irá se desenvolver nossa personalidade. Há, entretanto, uma enorme diferença entre como deveriam ser os cuidados com a infância e o que na verdade ocorre. Pois o desenvolvimento do ser humano a partir dos primeiros anos é uma questão que quase atotalidade das pessoas desconhecem e muitas dessas pessoas são reponsáveis pela educação dessas crianças que são submetidas ao processo de condicionamento dentro dos padrões do mundo atual onde o espaço-tempo da criança quase não existe.
A medicalização das emoções e comportamentos imputando às crianças rótulos e prognósticos sombrios, apenas porque o comportamento normal dos pequenos não atende aos padrões dos adultos? Sem falar nas escolas ligadas às ideologias, sejam elas de que natureza for, que infelismente são a maioria, muito bem aparelhadas em suas estruturas físicas, mas que ensinam as crianças que alguém tão bondoso e manso morreu na cruz para pagar os pecados dela. Isso é de uma violência pois não tem como a criança se defender, uma vez que ela já começa a vida com uma dívida impagável.
Há poucos dias recebi um garoto com inteligência acima da média muito preocupado com a hstória do dilúvio, estava impressionado como que deus pode castigar aquele povo eliminando todos, só salvando um casal de cada espécie de animais e humanos. Expliquei que não havia evidência de aquilo realmente tinha acontecido, mesmo com estudos e pesquisas utilizando modernas tecnologias, hoje disponíveis, nada tinha sido provado a respeito da existência da arca de Noé. Outra hipótese levantada pelos cientistas é que pode ter havido um tissuname como recentemente ocorreu na Indonésia, tendo dizimado toda população, que, na verdade, não era muito grande, mas que devido a inexistência de meios de comunicação, que daria a consciência da existência de outros povoados, pensava-se que o mundo se resumia apenas àquele lugar. Alguém deve ter imputado a responsabilidade do tissuname a deus, que era responsável por todos fenômenos climáticos, como ainda nos dias atuais se faz rituais para chover, usando a ignorância natural do povo para exercer poder sôbre ele. O que configura uma prática difundida até hoje. Finalmente o garoto encontrou um meio de se livrar do medo que ele vinha sofrendo com a possibilidade de algo semelhan te ocorrer nos dias atuais.
Dessa forma, a construção e a manutenção do medo empodera aqueles que se dizem intermediários das soluções, sejam médicos, professores, advogados, pais, sacerdotes e políticos, etc. Sendo essa alienação coletiva a maior respónsável pela baixa auto estima que coloca o indivíduo numa luta sem solução. A ignorância é a mãe da subserviência, que por sua vez, é a responsável popr todo tipo de exploração que está sujeito o homem. Nietzsche em "Assim falou Zaratutra condena essa alienação passiva nas seguintes frases: "... Vos vos tornais cada vez menores, ó gente pequena! Desmoronais o comodistas! Ainda me ireis ao fundo - Por vossas muitas pequenas virtudes, por vossas muitas pequenas resignações. ...Tudo se dá essa é também uma doutrina de resignação. Mas eu vos digo, ó comodistas: "Tudo se toma, sempre se tomará cada vez mais de vós...! ...Amai então vossos próximos - mas sede antes daqueles que amam a si próprios...!
Aqui está nesta frase de Nietzsche: ..."Amai então vossos próximos - mas sede antes daqueles que amam a si próprios...!" Mas, afinal, a frase de Nietzsche que é a mesma que se refere à máxima do Novo Testamento:? "Amai a Deus sobre todas as coisas e ao teu proximo como a ti mesmo" ? Mas a ideia de amar a nós mesmo não seria egoísmo? Isso é o que nos quer fazer acreditar aqueles que nos alienam. Assim nos faz crer que somos pecadores pela morte de Jesus e que só podemos nos livrar do inferno se pagarmos dízimo, rezar e praticarmos a caridade infinitamente. Dizem: "sem caridade não há salvação", e outras "verdades" mais que a maiorira nós toma como certo sem refletir. Quando um jogador faz um gol e aponta para o alto dizendo, Jesus me abençoou, e logo penso: e castigou o goleiro e todos os outros jogadores. Assim vevemos em nossa maioria dependente do bolsa família, distribuidos pora quatorze milhoes de famílias que multiplicados por tres votos dá quartenta e dois milhões, que pór sua vez, mantém os ProTegidos no poder. A ignorância é contagiante.
Voltando a questão inicial sobre a origem da auto estima, analisando à luz do texto de Nietzsche e do Novo Testamento, o amor ao próximo tem uma origem sem a qual ele se transforma num jogo sado-masoquista que envolve dominador e dominado, que se torna uma questão às vezes dificil de ser rompida, uma vez que ambos dominador e dominado, encontram validação neje jogo perverso. Não devemos nos esquecer, ainda envolvendo o Novo testamento que, na parábola dos talentos, ganhou mais e manteve o que ganhou aquele que produziu mais. O que nada produziu, perdeu até o que lhe foi dado. É evidente que esta parábola não deve se referir a valores materiais e sim à consciência. A origem do amor então é o amor próprio como disse Nietzsche e Jesus, mas não amor à estrutura do ego e sim à identidade Divina que todos nós carregamos.
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•Participante do Núcleo de estudo Junguiano do Rio de Janeiro; •Palestrante e autor de trabalhos sobre Psicologia Junguiana publicados em revistas universitárias e outras; •Psicoterapeuta transpessoal da linha Junguiana; •Administrador de Empresas e Consultor de Qualidade Total na Área de Recursos Humanos. •Atuação em Consultório particular. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
