Amor e autoestima
Atualizado dia 11/8/2022 10:13:56 PM em Autoconhecimentopor Rodrigo Durante
Quando estamos conscientes de quem somos, ou seja, quando estamos em contato e percebendo a vida através do Eu Sou, do próprio Ser, a necessidade de se ter uma autoestima aparece somente como uma interferência mental, como um fator desnecessário que em algum momento inadvertidamente escolhemos incluir na nossa definição e percepção de "Eu", de quem somos, do que é preciso para ser aceito e recebermos do mundo aquilo que esperamos.
Esta e outras dependências psicológicas surgiram após a chegada do Espírito no plano material, quando saímos da Unidade e entramos na energia polarizada das dimensões ligadas à matéria. O choque do primeiro contato com o nosso aspecto negativo criou o que chamamos de ferida primordial, isto é, a dor da separação do Divino, tão profunda que perdemos nosso referencial espiritual, adotando a mente e as informações apreendidas intelectualmente como uma nova referência para ser, viver e nos relacionarmos.
A mente trabalha sempre dentro da lei da polaridade e da lei dos opostos, ou seja, tudo que existe no positivo existe no negativo também. Por esta razão, muito do que acreditamos sobre nós está embasado na polaridade negativa, ou seja, nas feridas, nas culpas, nas vergonhas, nos vazios e na consequente busca por alívio, segurança e preenchimento dentro do próprio universo mental, fora de nós mesmos.
Por pertencer a este universo (mental) polarizado, autoestima está sempre sujeita a extremos negativos como o ódio a si mesmo, a autorrejeição, o desmerecimento, a inveja e a autoanulação, assim como extremos positivos como a arrogância, o narcisismo, o preconceito, a crença na superioridade etc. Podemos perceber que mesmo no excesso de "gosto por si", estes aspectos vêm da polaridade oposta, que está sempre presente.
Assim, todos os nossos problemas, dificuldades e criações desequilibradas na vida vêm da distorção dos nossos referenciais. Felizmente, apesar dos desvios de caminho, nosso Espírito e Consciência permanecem puros e inalterados, aguardando decidirmos conscientemente trilhar o caminho de volta a Eles.
O Amor é uma Virtude Divina, uma qualidade do nosso Espírito. Através do Amor somos capazes de acolher e aceitar tudo e todos incondicionalmente, sem julgamentos e exigências de como as coisas deveriam ser. O mesmo se aplica a nós mesmos, podemos nos aceitar como somos e sem comparações, sem nos obrigarmos a corresponder a expectativas ou sermos diferentes. O Amor puro e verdadeiro está acima da mente e das polaridades, está sempre disponível para nós.
O perdão e o autoperdão, por exemplo, não dependem de autoestima, mas de Amor. Se não tivéssemos nos esquecido do Amor, não haveria sequer a necessidade de perdão. Assim, é correto afirmar que podemos através do Amor cultivar uma autoestima positiva, porém, neste caso, ainda estaremos escolhendo viver em uma realidade onde a culpa, a acusação, o sofrimento e a rejeição estarão sempre presentes, na espreita, prontos para nos mostrar onde estamos nos esquecendo de quem verdadeiramente somos, o que acabará por interferir na autoestima novamente, fazendo-a oscilar constantemente.
Diferente de viver cuidando da nossa autoestima, no Amor verdadeiro não existe julgamento ou comparação, não dependemos da nossa imagem ou aparência, sequer da aceitação ou aprovação nossa ou de alguém. Tudo o que precisamos é elevarmos nossa consciência ao Ser, onde o Amor sempre estará!
Em Paz,
Rodrigo Durante
No Amor não existem pré-requisitos ou imperfeição, somos pura Aceitação Incondicional!
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