Amor on-line - Parte 1
Atualizado dia 10/13/2006 11:26:52 AM em Autoconhecimentopor Maria Silvia Orlovas
Não são poucas as pessoas que atendo procurando a felicidade amorosa e muitas vezes trata-se de gente bonita, inteligente e com muito potencial para a felicidade, mas estão infelizes, sentem-se incompreendidos e solitários. Uma solidão diferente do aparente conceito da solidão, porque sentem-se solitários mesmo estando cercados por outras pessoas e até dentro de um relacionamento. Talvez por isso amar on-line seja uma alternativa.
Quando usamos os meios digitais para nos comunicarmos, de alguma forma mantemos nossa privacidade... Às vezes estamos no escritório no meio de relatórios e compromissos maçantes do dia-a-dia, mas quando entramos na nossa caixa de e-mails ou acessamos um site conhecido como o “Somos Todos Um” em busca de intimidade e aconchego encontramos o que procuramos. Falamos com amigos, abrimos o coração, nossa mente viaja, sonha e se refaz.
Deste passo a encontrar alguém on-line é apenas mais um pulinho. Convido você, amigo leitor, a se observar. Veja como você se comunica por computador... Veja o que você escreve nos seus e-mails, e como sente aquilo que o outro escreve para você... Você vai observar que há uma intimidade gritante em algumas mensagens, coisas que talvez você não tivesse coragem de abrir pessoalmente... ali está você passando textos de amor, de qualidade de vida que muitas vezes não tem coragem de falar ou fazer.
A comunicação assíncrona funciona mantendo uma distância interessante, porque você escreve na hora que pode e o outro vai ler na hora que abrir seu e-mail com esta intenção. As pessoas não se falam em momentos indesejados. Pois você pode até olhar na sua caixa de e-mails e pensar assim: “Não quero conversar com fulano agora”, e simplesmente não responde a mensagem. Assim, você, neste tipo de relação, pode se preservar e até preservar a relação guardando para compartilhar apenas as coisas boas e nas horas boas, quando nos relacionamentos habituais não temos esse tipo de escolha, e muitas vezes mesmo podendo cuidar da relação não o fazemos, porque acabamos tendo reações impulsivas.
Assim quando chegamos em casa cansados e encontramos nossos parceiros, não nos preparamos para acolher e esperar o melhor momento de falar e muitas vezes o outro, também carregando os seus problemas diários, não se preocupa em acolher você. Assim acabamos atropelando os momentos juntos, narrando nossas misérias, esperando conforto e pouco abertos a perceber amorosamente o outro.
São Francisco deveria voltar a viver entre nós com seus lindos ensinamentos:
“Ó Mestre, fazei com que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe.
É perdoando que se é perdoado”.
Pois precisamos demais desse espaço de amor em nossas vidas e procuramos desesperadamente em nossas relações essa aceitação iluminada do amor, porém pouco nos trabalhamos para aceitar e compreender.
Nesta sintonia vou contar brevemente para você a história de uma moça chamada Juliana; ela, jovem e bonita analista de sistemas, me procurou para entender se um rapaz que ela encontrou na internet era alguém de Vidas Passadas. Expliquei que numa primeira sessão nem sempre aparecem as respostas de todas as questões importantes porque somos um todo e não apenas alguém que se relaciona amorosamente com alguém. Porém, a história desse amor apareceu como alguém que ela havia encontrado e que depois desapareceu da sua vida quando morreu numa batalha. Ela, muito apaixonada naquela existência, não via mais nada à sua volta e deixou de viver, não queria fazer mais nada além de estar com essa pessoa. Como ele não voltou, ela se fechou em seu mundo não permitindo que outras experiências chegassem até ela.
Quando terminamos a sessão ela me disse com os olhos cheios de lágrimas e a voz embargada pela emoção: “Maria Silvia eu vivo isso hoje... conheci o Ronaldo pela internet e tivemos uma empatia incrível. Ele gostava das mesmas coisas que eu, mesmas músicas, e até nosso gosto pela culinária era semelhante, porém ele mora no Rio Grande do Sul e eu em São Paulo, assim não podemos ficar juntos. Estou sofrendo demais, não consigo mais sair com meus amigos, só penso nele o tempo todo, vivo em função dos e-mails que recebo. Sei que ele me entende e imagino que sofra também”.
- Imagina?! Perguntei tentando entender se realmente o diálogo entre eles era claro ou não.
“Imagino sim, porque algumas coisas eu não pergunto, pois quero ver o que ele pensa. Não quero forçar nada, sabe?”, disse ela olhando para mim e esperando minha reação.
- Desculpe Juliana, não sei se eu sei o que você quer dizer com esperar... Há quanto tempo vocês estão se correspondendo? Perguntei sabendo que a palavra correspondendo não soaria para ela como algo bom já que ela se sentia totalmente apaixonada, sem nunca ter sequer beijado o rapaz...
“Há uns dois anos, mas ainda não nos encontramos”, disse ela meio constrangida.
Não disse para minha cliente apaixonada que já sabia. Mas percebi que a história era de um amor platônico, algo real para sua mente, seu coração, mas que ainda não se concretizara no mundo real. Sei que trazer para o mundo objetivo nossos sonhos, nossas realizações, é algo muito difícil, porque sonhar é algo libertador, já que criamos um mundo à parte em nossas mentes. Fazemos todos os papéis que desejamos dentro de nós e, no caso de um amor virtual, o outro personagem de nossa vida por um tempo fica também sob nosso controle....
Continua
Maria Silvia Orlovas estará no mês de novembro dando um curso especial para a concretização de sonhos, tendo como caminho a descoberta do “Eu de Luz”. Informe-se em Ancorando a Divina Presença
Texto revisado por Cris
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Maria Silvia Orlovas é uma forte sensitiva que possui um dom muito especial de ver as vidas passadas das pessoas à sua volta e receber orientações dos seus mentores. Me acompanhe no Twitter e Visite meu blog E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
