Amor + sabedoria = libertação espiritual
Autor Leandro José Severgnini
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 5/15/2015 6:38:55 PM
Um dos resultados que serão atingidos a longo prazo com o devotamento à nossa autoeducação será a compreensão do fenômeno chamado amor. Chamo o amor de "fenômeno" por que, apesar de ser algo praticamente vulgarizado, a sua amplitude ainda foge da compreensão humana. O leitor mais intuitivo perceberá que não me refiro àquele amor entre casais apaixonados que presenciamos em filmes ou novelas. Não! Reporto-me aqui ao amor em sua expressão máxima, o amor incondicional! Reflita e perceba como o amor de Jesus era um amor muito diferente do amor, por exemplo, entre namorados; como o amor ensinado por Madre Teresa de Calcutá e por Mahatma Gandhi era um amor muito diferente daquele amor possessivo que muitas vezes encontramos entre familiares e grupos de amigos. A diferença entre o amor de um mestre e o amor de seres pouco evoluídos como nós reside na incondicionalidade. Em outras palavras, um verdadeiro mestre espiritual ama tudo e todos da mesma forma sem qualquer condição. Algo totalmente diferente do amor que é nutrido por nós humanos "normais".
Partindo desse conceito, veremos que o amor de um grande mestre não é um mero sentimento, mas sim um estado de consciência, enquanto o nosso amor é apenas um sentimento. A explicação reside no fato de que a nossa média de consciência ainda habita nos níveis inferiores, ou seja, os níveis do ego onde residem instintos e apegos. Todavia, se analisarmos o nível de consciência de um grande mestre - Jesus, por exemplo - ficará bastante nítido que a média de consciência deste ser já está no nível cósmico, muito além do ego - apesar de estar ocupando corpos densos para poder se manifestar na matéria; a diferença, obviamente, é que a larga evolução dessa entidade não lhe impõe mais a ignorância do ego. Esse é um processo gradual que se consolidará à medida que nos autoeducarmos por meio do autoconhecimento. Mas então, como começar? Não existe uma receita prática para o amor, se não tornarmos o amor uma prática. O primeiro passo, sugiro que seja abandonarmos qualquer visão ou sentimento de inimizade que esteja molestando o nosso coração; não podemos dar um passo além se o nosso coração não for puro. Por isso, vamos praticar um exercício bastante simples.
Comece olhando-se no espelho, fixe o olhar em sua imagem e concentre na sua mente a afirmação de que "ali reside uma parte da Divindade". Faça isso por um bom tempo! Sempre que sentir-se triste ou fracassado, lembre-se que "ali reside uma parte da Divindade". Faça isso sempre. Mas o exercício não termina aqui; esta é apenas a primeira parte. Lembre-se sempre que se a Divindade reside em você, também reside nos demais indivíduos, portanto, se você nutrir ódio contra quem quer que seja, estará odiando um fragmento da própria Divindade.
Isso é amar com sabedoria. Amar com sabedoria é trilhar o caminho do amor incondicional, o amor celeste ensinado pelos grandes mestres. Este amor incondicional, por sua vez, é o resultado efetivo de um longo investimento no autoconhecimento, na autoeducação que só ocorrem se conseguirmos olhar a vida como um Todo manifesto pelo mais puro amor da Divindade.
Trechos do meu próximo “Em busca do Infinito”.
Texto Revisado
Avaliação: 5 | Votos: 10
Palestrante espiritualista e escritor. Autor dos livros intitulados "Dias de Luta, Dias de Glória", "Liberdade - Nada Menos Que Tudo" e "Em busca do infinito". E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
