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Autor William Camolesi Di Biasi

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 5/27/2011 7:56:14 PM




  

   Em recente curso de Reforma Íntima, fui abordado por uma senhora que me disse não se sentir bem em relação às emoções que vinha sentindo, principalmente por ser a Culpa algo que lhe pesava no coração.


   Pedi que me explicasse melhor.

- Professor, sinto que perdi o amor pelos meus há muitos anos, não consigo sentir nada. Desde a morte de meus caçulas sinto-me assim, sem alegria de viver, sem ao menos me sentir. E tenho tanta angustia quanto é possível alguém sentir. Revolta tem sido meu nome. Vim aqui para tentar ser melhor, mas não consigo entender nem mesmo perdoar. Principalmente a Deus. Minha vida tem sido uma luta, onde minha tristeza é vitoriosa. Afasto-me de tudo e de todos e nem sei o motivo.

   Meditei sobre o assunto e percebi que, educada a ser a Mae exemplar, e esposa perfeita, todos os sentimentos daquela mulher estavam na realidade passando por uma confusão muito intensa.
É natural a quem busca reformas internas, começar a encarar certos sentimentos que não os tinha, mas no caso dela, a revolta havia deixado de ser sentimento para ser seu nome, mas as bengalas da humanidade, a necessidade de ser sempre corretos, nos impede de ter certos sentimentos e de ate mesmo expressa-los. E ser Humano para a maioria de nós é estar tão envolvidos nos sentimentos e na mistura de sentimentos que nos perdemos sem saber se estamos realmente no lugar certo e na hora certa.    Muitas vezes não nos permitindo conhecer o que sentimos, com medo de sermos julgados.
Recomendei o uso de alguns florais e fui para casa, onde me esperava todo feliz meu filho. Ah meu filho. Benção do Cosmos na minha vida. Como poderia conceber esse momento que vivo sem tê-lo perto? Como pensar nas alegrias e dificuldades sem lembrar seu sorriso e de sua presença? Estaria eu certo nos caminhos do meu curso?
Precisaria entender melhor as palavras daquela senhora, para ajuda-la.
Por onde começar?
Lembrei-me de uma historia ouvida há muitos anos.
Um Comerciante saiu em viajem deixando em casa esposa e três filhos. No período de sua viajem uma epidemia acometeu seu vilarejo. E como resultado sua esposa sozinha teria que enterrar os três frutos de seu amor. A morte lhe batera na porta, deixando-a sozinha. E quando o esposo voltasse? Que péssima surpresa ele teria?
Dias depois, ouviu os passos do marido aproximando-se da casa, e pediu iluminação para poder contar a ele o acontecido.
Recebeu-o como sempre. Preparou-lhe o almoço. E durante todo o período fora questionada por ele, onde estariam os filhos.
Nesse momento percebendo que não mais conseguiria omitir os fatos, falou:
- Marido, antes preciso te contar uma coisa. Estou sentindo muitas duvidas sobre isso e preciso que você me de a direção correta. Um conhecido de muitos anos passou aqui e deixou comigo três joias. As mais belas joias que já vi na vida. Pediu-me para guarda-las por algum tempo e que depois de uma viajem passaria para pega-las. Chegou o dia que ele virá buscar as joias, mas não consigo devolvê-las. Já pensei de todas as formas de ficar com elas, mas não achei meio. Pois são as joias mais raras, as mais perfeitas, as mais belas joias que meus olhos já viram.
Ante o silencio da esposa o marido não pensou duas vezes.
- Esta ficando louca mulher?! Como pode pensar em não devolver aquilo que não é seu. Não importa o quão raras são, ou a beleza, ou a importância. Se te pediram para cuidar das joias, era porque havia confiança em você e agora você pensa em não devolvê-las? Essas joias estão sob seu cuidado, mas não são suas. Se não te pertencem, devolva-as.
Dizendo isso, os olhos de sua esposa encheram-se de lagrimas.
- Marido, não precisa se zangar. Esse amigo já veio. E já levou as joias consigo.
- E quem é esse amigo?
- Esse amigo, é Deus, e as joias foram os filhos que Ele deixou a nossos cuidados. No período de sua viajem, Ele veio e os pediu de volta, fiz de tudo para não devolvê-los, mas de nada adiantou, mas agora entendi porque, só estavam sob nossos cuidados, não nos pertenciam, então, os devolvi.
Diante disse o homem abraçou a esposa, e se puseram em pranto saudoso de filhos, mas sem revoltas por entenderem a Vontade de Deus.

   Quando nos é confiado algo tão grandioso, quanto o ato de sermos pais. Vezes ou outra nos vemos envolvidos em situações de perdas. Mas e os nossos outros bens preciosos? Nossos outros filhos? Nossos irmãos seja de sangue ou do caminho? Não seriam eles, joias preciosas a serem cuidadas na estrada?
A vida tão qual conhecemos é efêmera. É corpo feito da Terra e a Terra volta. Alma sim, é eterna. E a morte, a pobre coitada, foi derrotada pela vida eterna. Virou apenas uma porta por onde passamos para a real existência, onde nossos sentimentos nos levam.
Infelizmente nunca mais encontrei essa senhora. Mas penso nela todos os dias, vibrando por seu reestabelecimento emocional. E onde quer que ela esteja que ela reencontre a alegria de viver, a paz que merece, e que possa cuidar de suas outras preciosidades, e que no momento certo possa ela sentar-se no Jardim do Amor, e receber abraço amoroso de seus tesouros que partiram antes dela.





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Conteúdo desenvolvido pelo Autor William Camolesi Di Biasi   
Terapeuta Holistico. Professor e Escritor.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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