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AS ARENAS ROMANAS E A GAROTA ISABELLA

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Autor Christina Nunes

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 5/2/2008 2:15:40 PM


Transcrevo um texto excelente do confrade paulista Wellington Balbo.

Trata de um tema a respeito do qual já esgotei minhas impressões, até por já ter o assunto extrapolado todos os limites suportados pela sensibilidade e pelo bom senso humanos; de forma que, doravante, penso, é tempo de espera, de silêncio, de profunda reflexão sobre este, como também outros tantos episódios lastimáveis que ainda atestam a presença da selvageria adormecida no imo do homem, volta e meia vindo à tona à pretexto das razões mais inverossimeis e estarrecendo os corações mais sensíveis.

"Na época do imperador romano Nero (54 a 68 d.C.), espetáculos bizarros eram promovidos pela insanidade humana. Cristãos eram atirados as feras nas arenas romanas, os corpos mutilados e o show sangrento serviam de diversão para a platéia que, descontrolada, urrava e pedia bis.

Eram tempos sombrios caracterizados pela insensibilidade e primitivismo das atitudes e sentimentos.

Hoje, transcorridos quase 2.000 anos desses lamentáveis acontecimentos, na Era da Informática e do Conhecimento, ainda vive-se a euforia em relação à fatos lamentáveis protagonizados por infelizes criaturas.

Refiro-me obviamente ao caso da garota Isabela, barbaramente atirada do sexto andar do apartamento de seu pai. A mídia, a semelhança dos mandatários de outrora que promoviam shows bizarros para divertir pessoas, faz o mesmo ao conceder vasto espaço em seu noticiário ao crime cometido contra a garota. Câmeras, luzes, ação... A morte de Isabela tornou-se um precioso filão de ouro para aqueles que faturam as custas de atitudes lamentáveis cometidas por seres ainda em descompasso com a realidade.

As arenas romanas deram lugar aos canais de televisão, jornais, rádios, internet que correm a buscar novidades no caso da garota para atender a curiosidade da população. Famílias inteiras não desgrudam os olhos do noticiário, como apreciadores da inferioridade humana, ouvem uma, duas, três vezes a mesma entrevista.

Alguns investigadores enrustidos ficam indignados com a postura serena adotada pela mãe de Isabela. Queriam vê-la derramando baldes de lágrimas para provar à opinião pública o seu amor pela filha. Confundem amor com choro e revolta.

E multidões apinham-se, empurram-se, engolem-se à frente do prédio onde morava o pai de Isabela. Querem justiça, querem justiça! Pedem pena de morte ou prisão perpétua. Afirmam que os assassinos são monstros e merecem pagar pelo crime. Contudo, poucos param para refletir e analisar a situação. Dominados pela indignação, deixam-se domar pelos instintos primitivos.

É um repeteco de outros tempos, com uma roupagem mais moderna caracterizada pela evolução tecnológica. Pagar o mal com o mal nada resolve, ao contrário, apenas torna as coisas mais complicadas. O clima denso, natural na ocorrência de crimes bárbaros, torna-se ainda mais nebuloso com o sentimento de revolta e vingança por parte das pessoas. Em horas como essa o melhor a se fazer é orar e meditar para que o equilíbrio seja o mediador das palavras e atitudes.

Os criminosos podem enganar o tribunal humano, mas não enganarão o incorruptível tribunal de suas consciências. Cedo ou tarde serão pressionados por essa juíza implacável para prestarem contas de suas atitudes. Fazer o mal, caro leitor e leitora é muito pior do que recebê-lo. O maior e mais justo julgamento, tenhamos a certeza, fica sob a responsabilidade do tempo, este senhor soberano fará a verdadeira justiça não apenas no caso de Isabela, como também em tantos outros crimes praticados pela ignorância humana.

No mais, como bem acentuou o jornalista Zarcillo Barbosa ,o melhor que temos a fazer, sem sombra de dúvidas, é desligar a televisão e deixarmos de julgar a vida dos outros para irmos cuidar da nossa própria vida.
"

Wellington Balbo

Amor a todos.

Lucilla

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Christina Nunes   
Chris Mohammed (Christina Nunes) é escritora com doze romances espiritualistas publicados. Identificada de longa data com o Sufismo, abraçou o Islam, e hoje escreve em livre criação, sem o que define com humor como as tornozeleiras eletrônicas dos compromissos da carreira de uma escritora profissional. Também é musicista nas horas vagas.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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