As armadilhas do coletivo
Autor Rodrigo Durante
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 3/3/2023 1:19:16 PM
Existe um padrão de comportamento em cada indivíduo que certamente todos podem reconhecer. É uma tendência a buscarmos quem concorde conosco em algo que acreditamos. Fazemos isso mesmo sem perceber, quando contamos a alguém sobre algo que vivenciamos juntamente com nossa opinião sobre o que ocorreu. Inconscientemente, estamos esperando que o outro concorde conosco para nos sentirmos apoiados e certos sobre nosso posicionamento na vida.
Baixa autoestima e pouca autoconfiança, foco no preenchimento interior com artifícios externos, culpas, vergonhas e uma postura vitimista estão entre as razões por que fazemos isso. Assim, buscando "afiliados" aos nossos pontos de vista, logo as formas-pensamento e energias em torno das nossas dificuldades e escolhas pessoais ganham proporções maiores, incluindo cidades, países e até todo o planeta.
Estas massas densas de energia programada negativamente com posicionamentos sobre diversos assuntos estão disponíveis a todos, sendo contactadas e alimentadas em todo momento que nos sintonizamos com alguma questão que permeie a mente coletiva, seja isso consciente ou inconsciente. Assim, todos os assuntos que envolvem opiniões são muito atraentes para as negatividades como feridas e sofrimentos que trazemos em nós. São como imãs para o nosso envolvimento emocional com eles, instigando a nossa participação e criando laços difíceis de serem rompidos.
Assim, questões como medos gerais, política, religião, filosofias de vida, tendências, modas, negócios, desejos, ativismos, reclamações e lutas como veganismo, feminismo, machismo, antipreconceito, antimiséria, antiviolência etc. são muito atraentes para quem passa por uma experiência sofrida em alguma delas. Ainda que muitas lutas possam ter uma intenção positiva, trazem muita negatividade em si e nossa associação a elas se dará sempre através da própria negatividade e sofrimento em nós, ou seja, estamos tentando curar o nosso medo, culpa ou dor combatendo o mal que vemos no outro. Isso nunca funcionou e nunca funcionará.
É importante prestarmos atenção ao que estamos nos associando, pois muitas vezes acreditamos que fazemos bem em apoiar algo quando energeticamente estamos apenas alimentando os sofrimentos do coletivo e postura vitimista que trazemos em nós. Preste atenção como é fácil para nós entrarmos em algum diálogo mental com alguém que muitas vezes nem conhecemos, mas nos achamos no direito de dar broncas nele. Fazemos isso naturalmente com políticos, criminosos, chefes ou quem quer que seja que nos lembre do nosso sofrimento, frustrações, fracassos e daquilo que queremos evitar.
Todas as grandes mudanças positivas nos governos e comportamento público, por exemplo, se deram pela mudança de consciência da maioria dos indivíduos sobre algum assunto. Se houveram lutas para que algo mudasse, foi apenas pela falta de confiança dos envolvidos, inconscientes da existência de sua própria alma e do criador que são. A luta foi uma experiência que escolheram passar para descarregarem suas raivas e terem uma sensação de redenção ou poder com a vitória, em nenhum momento foi necessária para a mudança de padrão.
Tudo o que queremos mudar no outro ou no mundo gera resistência, por isso a melhor estratégia é mudar a si mesmo e assim naturalmente vibrar na frequência do comportamento, emoção ou situação já resolvidos interiormente no Amor e Consciência. Desta forma, cuidando do nosso mundo interior e não alimentando mais julgamentos e discórdias, paramos de contribuir com as negatividades, dificuldades e lutas do coletivo.
Assim, através das vibrações de Amor e Luz emitidas naturalmente por cada um que passou por uma mudança interior, cada integrante do coletivo passa a ter acesso a uma realidade melhor e tem condições de escolher isso para sua vida também. É assim, sem nenhum desrespeito ao livre-arbítrio alheio, que um dia todos perderão o interesse no mal, na violência, na corrupção, na ganância, no poder sobre o outro etc.
Que possamos tomar consciência de como estamos escolhendo viver a nossa vida e da nossa real participação no mundo!
Em Paz,
Rodrigo Durante.
Avaliação: 5 | Votos: 22
|
Conteúdo desenvolvido pelo Autor Rodrigo Durante Aprendendo a ser feliz e compartilhando tudo o que me faz bem! Atendimentos e workshops. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
