AS DÍADES DAS DEUSAS
Atualizado dia 7/2/2006 12:49:54 AM em Autoconhecimentopor Fátima Rodrigues Graziottin
A díade ÁRTEMIS-ATENA representa a independência e apresenta um forte contraste, pois uma é a deusa das selvas e a outra a da civilização.
Porém, as duas partilham importantes qualidades comuns: ambas portam armas à maneira masculina dos guerreiros e nenhuma tem companheiro ou amante.
Ambas têm um temperamento mais propenso a viver e trabalhar em solidão do que ao lado de um companheiro.
Mesmo quando casadas precisam de um estilo de relacionamento muito independente, sem grilhões. No mundo antigo elas eram deusas “virgens”, o que significava apenas não-casadas.
Seus mundos diferentes também refletem estilos diferentes de companheirismo.
ATENA é mais extrovertida e gosta de atuar como parte de um grupo de colegas no clima competitivo e tumultuado das cidades.
ÁRTEMIS é mais introvertida, preferindo trabalhar sozinha, longe das multidões aloucadas, talvez com uma ou duas amizades íntimas ou numa comunidade muito especial de pessoas igualmente amantes da solidão.
Porém, por terem um temperamento tão semelhante na mesma independência de espírito os dois aspectos da díade podem se manifestar numa mulher. Por outro lado, no caso de apenas um pólo estar desenvolvido, muitas mulheres acham relativamente fácil desenvolver o outro aspecto.
A díade HERA-PERSÉFONE representa o poder.
A diferença mais extrema é o modo como as duas se relacionam com o mundo interior e o mundo exterior.
É como se HERA, a suprema extrovertida, optasse por ocupar-se apenas do mundo externo.
PERSÉFONE, a introvertida, rejeita o mundo exterior em favor do espaço psíquico interior dos espíritos.
Entretanto, como rainhas dos céus e do mundo avernal, ambas almejam controlar seus respectivos mundos.
Por serem suas visões de mundo muito diferentes e a formação de seus egos tão oposta - o ego de HERA é extremamente forte, o de PERSÉFONE, frágil - é difícil para as duas se apreciarem e se entenderem.
Todavia, terão muito a aprender uma com a outra, se conseguirem deixar de lado seus preconceitos individuais.
HERA muitas vezes precisará voltar-se para dentro e PERSÉFONE, sair de sua casca.
A díade DEMÉTER-AFRODITE representa o amor.
Há nesta díade um contraste sutil no modo como expressam o amor e como vivenciam seu corpo.
DEMÉTER reserva seu amor para os filhos, contendo em si mesma, com abnegação e generosidade, todos aqueles que ama física e espiritualmente.
AFRODITE dá sustento espiritual e físico, mas não pretende conter em si nem proteger maternalmente aqueles a quem ama; o que ela oferece aos seres amados é sua plena maturidade e diversidade. Ela ama o adulto, não a criança.
O estilo de DEMÉTER amar é mais introvertido, trazendo os que ama sempre no coração, não importa onde estejam.
AFRODITE, uma extrovertida, só se sente plena com a presença física daqueles que ama.
Para DEMÉTER, o corpo é um receptáculo sagrado.
Para AFRODITE, um objeto sagrado de amor, algo muito belo.
Pode ser difícil para uma AFRODITE apreciar plenamente uma gravidez, assim como para DEMÉTER pode ser difícil apreciar a estética de seu corpo, pois cada uma vivencia e trata o corpo e suas funções de maneiras radicalmente diferentes.
DEMÉTER foi abençoada com uma salutar mistura de amor introvertido e energia extrovertida para cuidar de seus filhos e de sua família.
AFRODITE também é extremamente pessoal e reclusa em sua intimidade, pois costuma explorar uma forma de auto-análise da alma ou de mútua introversão com seus amantes.
Ainda assim, ambas podem aprender com o estilo de amar e vivenciar o corpo da outra.
Extraído do livro A DEUSA INTERIOR, de Jennifer e Roger Woolger
Texto revisado por Cris
Avaliação: 4 | Votos: 8
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