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As diversas formas de amar!

Atualizado dia 25/06/2015 12:27:52 em Autoconhecimento
por Flávio Bastos


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"Amo-te sem saber como, nem quando, nem onde, amo-te simplesmente sem problemas nem orgulho: amo-te assim porque não sei amar de outra maneira". (Pablo Neruda)

Relacionamento aberto é a relação afetiva em que os parceiros envolvidos concordam com uma forma de não-monogamia, de modo que relações afetivas/sexuais com terceiros possam não ser consideradas traição ou infidelidade.

Amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo, essa é a proposta poliamorista, relação que se baseia na total liberdade afetiva, sexual e social. Amor sem limites, amor com pleno arbítrio entre os pares, ofertando ao indivíduo todo o direito de viver afetiva e sexualmente múltiplas relações.

Na relação aberta, o contrato se baseia principalmente em um encontro casual, não duradouro, não fixo, sem compromisso. No poliamor, existe o compromisso real e consentido entre os casais, o que não deixa espaço para supostas mentiras.

No entanto, tanto a relação aberta como o poliamor, embora na teoria sejam mais honestas do que uma traição, são bem difíceis de serem vividas na prática, porque exigem maturidade, autoconhecimento, sensatez, boa autoestima, boa percepção e aceitação de risco. O que não ocorre com a monogamia, que pode ser entendida como um valor a ser seguido, apego, importância no sentido ético de respeito ao outro, ao contrato que junto foi estabelecido enquanto responsabilidade ou compromisso conjugal.

Na filosofia tântrica, que tem como objetivo o desenvolvimento integral do ser humano nos seus aspectos físico, mental e espiritual, através de uma visão de amor incondicional, toda pessoa que está centrada nos princípios divinos do amor incondicional e não admite outro tipo de relacionamento que não seja baseado na compreensão, companheirismo, amizade, cumplicidade e carinho, pode passar muito tempo sem ter relações sexuais, sem que isso lhes cause qualquer perturbação, até encontrar um parceiro que divida suas ideias.

Sobre ego e alma, o tantra estabelece a diferença nas relações: "Nosso ego usa o sexo para satisfazer seus desejos e impulsos. Visa o prazer carnal e à reprodução somente. A alma utiliza a energia sexual quando está amando".

E segue: "Nosso ego controla nossos desejos e luxúria, extravasando a energia sexual apenas pelo chacra sexual, sem elevar a função do chacra cardíaco a um propósito divino, como faz nossa alma. Nossa alma busca elevar a energia kundalini para nossa conexão ao alto e para chegar a orgasmos mais satisfatórios, plenos de espiritualidade, além da volúpia carnal, com emoção, responsabilidade e carinho. Quando a alma está presente na relação, o sexo não é mais a satisfação de nossas descargas hormonais, mas um ato legítimo de verdadeiro amor".

CONSIDERAÇÕES

Carl Jung nos trouxe o conceito de anima e animus. O arquétipo de anima constitui o lado feminino no homem, e o arquétipo do animus constitui o lado masculino na psique da mulher. Ambos os sexos possuem aspectos do sexo oposto, não só biologicamente, através dos hormônios e genes, como também psicológicamente, por meio de sentimentos e atitudes. No relacionamento do homem com a mulher acontece o encontro, a entrega para o amor.

"O orgasmo é uma pequena morte, como é o sono, e como é a menstruação, já que este é um pequeno processo de morte que se manifesta quando o óvulo ao morrer se dissolve no sangue mensal. Porém, a morte expõe o simbolismo do Eu e de suas manipulações, para deixarmos que as coisas sigam o seu curso".

O orgasmo é uma "pequena morte" porque pede a morte do eu na fusão com o outro. Ao permanecermos ligados ao nosso Eu, não conseguimos nos entregar ao orgasmo. Abrindo mão do poder e do controle sobre o outro, nós deixamos seguir o seu curso.

A individuação, conforme descrita por Jung, é um processo pelo qual o ser humano evolui de um estado infantil, imaturo, emocionalmente carente de identificação para um estado de maior diferenciação, o que implica uma ampliação da consciência, maturidade emocional e equilíbrio. Através desse processo, o indivíduo identifica-se menos com as condutas e valores encorajados pelo meio social, cultural e familiar; e assim encontra mais com as orientações emanadas do Si-mesmo, do Self, ou podemos simbolicamente relacionar com o Eu Interior, Alma, Divina Presença, Cristo Interno. Considera o Self como a totalidade (consciente e inconsciente) da personalidade e seu centro diretor.

Neste sentido, o tantra nos alerta que a energia sexual é umas das mais poderosas do universo. Tentar controlá-la não é tarefa fácil. Precisamos escolher entre nossa consciência animal e nossa consciência crística.

CONCLUSÃO

Cabe ao indivíduo ter o autoconhecimento para saber que tipo de relação deseja com o seu par. Independente de que modalidade almeje existe a possibilidade de escolha e esta talvez seja o fator mais positivo e significativo para o indivíduo ou para o casal. Escolher a quem amar, se entregar, respeitando o outro e suas limitações são sinais de maturidade, compromisso, respeito e responsabilidade.

Na realidade, não existem fórmulas de amor, de amar, de se viver bem eternamente. Cabe ao indivíduo, ou aos casais, identificar o que deseja entre seus desejos, suas perspectivas relacionadas a si mesmo, ao outro e à relação, bem como é importante estar atento às possibilidades psicoemocionais do par que se disponibiliza, ou não, atender tal demanda, ciente que o diálogo em qualquer modalidade de relação é fundamental, pois evita problemas futuros e fortalece a união.

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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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