As terras de Mbaratzyl do Povo Tubakwaassu
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Autor Ramy Shanaytá
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 11/19/2008 1:43:09 PM
“É importante que se faça uma observação, ainda que superficial, sobre a similitude entre Mbaratzyl, do povo Tubakwaassu, e, Brasil, dos portugueses, pois, é bastante próxima a sonoridade e até mesmo a escrita, visto que, antes de ter sofrido uma mudança ortográfica, Brasil se grafava com “z”, como ainda o é em alguns outros idiomas, e, que, possivelmente, o atual “i” também era nessa época “y”, sendo escrito, portanto, Brazyl.
Estudando profundamente o Abanhaeenga, a língua sagrada do povo Tubakwaassu, posso dizer que Brasil, descende em sua raiz idiomática e ortográfica de Mbaratzyl, e que Terra de Vera Cruz, Terra de Santa Cruz e Mbaratzyl, possuem entre si uma unicidade quanto ao sentido da cruz, pois Tzyl no seu significado essencial, também traz o entrecruzamento, que é a própria cruz.
A cruz, em sua origem ancestral, é muito anterior a aqui trazida pelos jesuítas, pois além dos denominados “indígenas”, na referência aos nativos, a cruz já era manifestada como escrita sagrada para identificar o mundo manifestado na força da quaternidade, quatro direções, quatro estações climáticas, quatro elementos da natureza, e, também, como elemento ritualístico dos povos ancestrais de várias tradições cosmológicas. Porém, para o povo Tubakwaassu, a cruz era reconhecida como uma consciência essencial, uma lei gestadora, que ensina sobre o entrecruzamento que parte da unicidade, se estende e se expande. Dessa forma, na cosmologia sagrada a cruz é manifestada de dentro para fora, já, não sendo na cosmologia sagrada é manifestada de fora para dentro, resultando, assim, numa inversão do movimento em sua própria origem.
Na sabedoria desse povo ancestral, a cruz também tem uma relação com a constelação do Cruzeiro do Sul, que na época do descobrimento do Brasil, era base de observação para direcionar a navegação pelos mares do sul, pois o Cruzeiro do Sul está também sobre a América do Sul e principalmente sobre o Brasil. O livro “A natureza ensina... a conexão com a luz da cura”, Ed. KVT, de autoria de Ramy Shanaytá, meu esposo e co-fundador do Instituto KVT e do KVT, Desenvolvimento da Consciência Empresarial, fala sobre a sabedoria do povo Tubakwaassu, que na observação profunda do movimento do Cruzeiro do Sul pelo céu de nossa terra, e do movimento de cada estrela que o compõe, fazia a leitura dos ciclos do tempo, das estações climáticas e dos demais ciclos da vida que sustentam sua continuidade.”
“O Cruzeiro do Sul é constituído de cinco estrelas, sendo que quatro delas formam os braços de uma cruz, e a quinta, que é popularmente conhecida como a “intrometida”, ocupa uma posição aparentemente dentro da cruz, porém deslocada do seu centro. Estas estrelas que, aos nossos olhos, parecem estar próximas entre si, encontram-se, na realidade, anos-luz distantes umas das outras, sendo que a “intrometida” é a que está mais próxima da Terra e, por isto, sempre foi observada como um ponto de referência para grandes navegações pelos mares do Sul.
A observação do Cruzeiro do Sul ensina a sabedoria do tempo e é o calendário dos ciclos naturais, indicando os verdadeiros ciclos das estações do ano. Esta constelação é o eixo vibratório que, em conexão com o nosso sistema solar e em íntima sintonia com a Lua, produz ou espelha (estende) para a Mãe Terra todo o pulsar do cosmo. O Cruzeiro do Sul é um portal de captação de energias cósmicas e um canal transmissor para a Terra.
Na visão que vai além da linear, observa-se o cosmo formado pela malha da Teia Mãe em intenso movimento de reunião e expansão, onde as estrelas manifestam sua sabedoria em amplo aspecto, revelando como a natureza cósmica se encontra e em qual movimento está se apresentando, além das reações que irão produzir no planeta Terra em seus ciclos naturais.”
Extraído do livro “Visão Gestadora – a visão em Teia”, Ramy Arany, Editora KVT, ISBN 978-85-60384-02-0.
Extraído do livro “A Natureza ensina...a conexão com a Luz da Cura”, Ramy Shanaytá, Editora KVT, ISBN 978-85-60384-03-7.
Avaliação: 5 | Votos: 7
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Ramy Shanaytá é co-fundador do Instituto KVT (fundado em 1995) e da Instituição Filantrópica e Cultural Templo Ará Tembayê Tayê da tradição Tubakwaassu, Editora KVT e KVT – Desenvolvimento da consciência empresarial, Escritor, conferencista, professor e pesquisador de plantas medicinais. Outro site: http://www.kvt.org.br E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |