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ASSIM NA ESCOLA COMO NA VIDA...

Atualizado dia 28/08/2005 11:51:31 em Autoconhecimento
por Flávio Bastos


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"Vamos deixar claro para nós mesmos qual a tarefa mais imediata da Educação. A criança deve aprender a dominar seus instintos. É impossível lhe dar liberdade para seguir, sem restrições, seus impulsos. Seria uma experiência muito instrutiva para os psicólogos de crianças, mas os pais não poderiam viver em paz, e as crianças mesmo teriam grande prejuízo, de imediato e com o passar do tempo. Logo, a educação tem que inibir, proibir, reprimir e assim fez em todos os tempos".

Estas afirmações de Freud, extraídas de "Conferências Introdutórias à Psicanálise", nos introduzem o tema da relação entre Psicanálise e Educação e da complexidade da "missão" do educador.

Quando nasceu a Psicanálise os educadores progressistas se entusiasmaram com a possibilidade de uma nova pedagogia que, possuindo mais compreensão e concedendo mais liberdade à criança, impedisse o surgimento das angústias e das neuroses. Com o aprofundamento da pesquisa psicanalítica, logo se percebeu que essas esperanças iriam produzir delinquentes em vez de crianças saudáveis. As angústias são inevitáveis; mesmo a infância mais feliz tem seu grão de angústia.

Mas a repressão excessiva dos impulsos, como bem sabemos, pode dar origem a distúrbios neuróticos. O problema, portanto, é encontrar um equilíbrio entre proibição e permissão. Como ajudar esses "monstrinhos" a se transformarem em cidadãos capazes de amar e trabalhar? Eis a questão fundamental da Educação.

As limitações do fazer pedagógico decorrem da própria complexidade da psique humana, dos muitos obstáculos interiores ao processo de amadurecimento, do conflito entre o desejo individual e as exigências da vida em comunidade. Afinal, como sempre lembrava Freud, em alguns anos a criança tem que se apropriar dos resultados de milhares de anos de evolução cultural humana.

Destacando-se o fenômeno da transferência, o aluno transfere para o professor os sentimentos carinhosos ou agressivos de sua relação com os pais. Conscientemente ou não, o professor utiliza a ascendência que assim adquire sobre o aluno, para transmitir ensinamentos, valores, inquietações. Pois não é verdade que os professores de quem mais nos recordamos, com quem mais aprendemos, são aqueles que melhor nos seduziram? Na escola como na vida, nós aprendemos por amor a alguém.

Abordagem conclusiva de pesquisa sobre o tema "Educação e Psicanálise", painel apresentado em seminário psicanalítico realizado em junho de 2002 na cidade de Porto Alegre/RS.

Psicanalista Clínico e Reencarnacionista.
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Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
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