astrologia e psicanálise
Atualizado dia 4/24/2006 12:18:23 PM em Autoconhecimentopor Walter Luis Bastos Doege
O inconsciente está inscrito em nossa angústia, inibições, sintomas, dor, sofrimentos, alegrias.
Os 10 planetas são 10 manifestações da energia vital. Como substantivos e verbos são qualificados pelos 12 signos, que operam como adjetivos e advérbios. Esta energia manifesta-se no mundo a partir das casas onde os planetas e signos se encontram. Por outro prisma os planetas representam e reapresentam os 10 planos da alma (planetas, pequenos planos).
O astrólogo interpreta o mapa astrológico. O psicanalista interpreta o sujeito assujeitado ao inconsciente.
O astrólogo ocupa-se no mapa natal dos aspectos e do significado destes aspectos. Estes aspectos, enquanto significantes, remetem a outros significantes que tornam o mapa natal uma manifestação singular do ser. Ao se ocupar dos trânsitos (mapa da revolução solar, progressões, sinastria, mapa composto, astrologia horária, astrologia kármica...) o astrólogo se depara com o movimento perpétuo dos planetas e sua influência nas pessoas. Ao interpretar aspectos e trânsitos informa fatos e possibilidades.
O psicanalista ao interpretar o inconsciente e suas manifestações, ao interpretar o sujeito do inconsciente, por oposição ao sujeito da consciência, também informa fatos e possibilidades.
A interpretação é o elemento, a ferramenta hermenêutica comum, ainda que com métodos próprios de cada campo do saber. Daí o cuidado e a ética com a clínica astrológica e com a clínica psicanalitica. Cada pessoa que procura o astrólogo e/ou o psicanalista procura-os porque sofre, procura-os para uma interlocução privilegiada.
Somente ambos, astrólogo e psicanalista, operam entre o livre-arbítrio e o destino, neste ponto indefinido e difuso, onde o livre-arbítrio e a vontade não são livres nem o destino é fatal. Testemunhas nem tão silenciosas das manifestações do ser humano.
Um aspecto de Plutão em quadratura com Sol natal é potencialmente doloroso. Cabe ao astrólogo interpretar e informar; cabe ao consulente decidir. E decidir entre interrogar o sofrimento ou acomodar o sofrimento na alma, entre seguir interrogando a razão do sofrimento ou como sofrer o sofrimento como oportunidade de aprendizado existencial.
A angústia é angustiante e oblitera a capacidade de amar. Cabe ao psicanalista testemunhar com sua presença e sua palavra uma outra forma de viver e ver a vida, apesar da angústia, do medo, da culpa.
O espírito aprende com o sofrimento e evolui na alegria.
Walter Doege, médico, psiquiatra, psicanalista, astrólogo amador.
Texto revisado por: Cris
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