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AUTO-ESTIMA. O QUE É? COMO SE FORMA?

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Autor Rose Romero

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 8/3/2004 12:43:24 PM


A auto-estima é a valorização que uma pessoa dá a si mesma, aos seus sentimentos, idéias, pensamentos, criações físicas ou mentais.
Este grande sistema de valores começa a se formar em nós ainda no útero da mãe, onde ainda formamos uma unidade com ela. Absorvemos tudo da mãe no útero: suas dúvidas, seus altos e baixos, coerências e incoerências, assim como a auto imagem que a mãe quer de nós (consciente ou não) e a sua própria auto estima, ou seja, o modo positivo ou negativo como ela se vê e a todos os seus sentimentos pensamentos, seu corpo, idéias... etc.
Portanto desde muito cedo se estabelece em nós, ou não, o sentimento de confiança básica.

Con-fiar significa entregar com segurança, acreditar, ter fé, fiar junto, fiar com alguém que se tenha fé, segurança, em quem realmente se acredite.
Bem, todo ser humano é tecido, gerado, criado, fiado, no ventre de sua mãe. Esta, por tal tarefa tem em sua natureza a possibilidade de ser o primeiro ser no qual todo ser humano deposita e recebe o sentido de segurança, autoconfiança e auto-estima.
Tendo a confiança fundamental sido estabelecida, a criança está na posição de desenvolver a vergonha.E esta pode ser saudável ou tóxica, o que vai gerar uma auto estima alta, ou uma auto estima baixa.
Se uma criança for protegida por limites firmes, porém compassivos, se puder explorar, experimentar, ser diferente dos pais, sem que estes retirem seu amor, sem que retirem a ponte interpessoal, a criança pode desenvolver um senso saudável de vergonha, expressos em momentos de embaraço por causa de uma falha normal, ou timidez e acanhamento frente a situações desconhecidas etc... Pode desenvolver um sistema de valores positivos sobre si mesma que a impulsiona a viver a vida com alegria e confiança em si mesma e principalmente sem medo e culpa.
Mas se o contrário se estabelece, desenvolve-se a vergonha tóxica, que é a vergonha de si mesmo, a ferida profunda que sentida interiormente nos separa de nós mesmos e dos outros. A vergonha tóxica, a vergonha que nos escraviza, é vivenciada como a sensação difusa de que sou imperfeito e defeituoso como ser humano; não é mais uma emoção que sinaliza nossos limites, é um estado existencial, uma identidade pessoal essencial. Um sentimento de baixo valor como pessoa.
Desta forma nos vemos como objeto do próprio desprezo, no qual não podemos confiar, vivenciamos a nós mesmos como não sendo dignos de confiança, cuidado e amor. E uma pessoa com uma base de vergonha, sentirá como se um sangramento interno não tivesse fim, uma ferida aberta não pudesse ser fechada, sempre purgando... e assim ela não poderá se expor, expor seu interior tão feio e machucado, tão desvalido e desvalorizado para ninguém, nem para si mesma.
Essa auto rejeição geralmente cria um disfarce, a criação de um falso eu que em ultima instância não nos engana, mas tb não nos satisfaz, pois a nossa verdadeira natureza: a Verdade, o Amor e a Sabedoria sempre clamam pela sua Consciência. Daí um sentimento estranho e contínuo de insatisfação.
E de forma prática como identifica-se uma baixa auto estima?

De uma forma geral quando nos auto sabotamos e nos colocamos em segundo plano. Quando caímos nas mesmas armadilhas criadas por nós mesmos através do sentimento de culpa, vergonha e medo. Quando nos acostumamos a dizer sim quando gostaríamos de dizer não. Quando por receio de desagradar as pessoas com quem temos contato e para evitar conflitos não somos sinceros e nos escondemos para não sermos rejeitados. Quando omitimos nossas opiniões em discussões para não pôr em risco nosso “espaço”.
Quando ao agirmos de forma agressiva, e responder muito vigorosamente, com rispidez, causando forte impressão negativa, nos culparmos interiormente de forma mais cruel que 100 juízes e, mais tarde, nos arrependermos de ter agido assim. E também quando passamos pela vida cheia de inibições, cedendo à vontade alheia e acabamos guardando desejos e sonhos sem jamais tentar realizá-los.
Uma imagem corporal distorcida é também um sinal de baixa auto estima, pois quando a auto estima é saudável você se aceita como é e não pauta seu corpo pela tendência do meio em que você vive.

Você se valoriza pelo todo que você é e experimenta em sua vida.
Você expressa seus sentimentos com espontaneidade, naturalidade e calma. Adota uma posição clara e transparente, sem disfarces ou máscaras. Diz sim ou não como decorrência de análise imparcial e jamais tendenciosa. Enfrenta o problema e não a pessoa; seu foco é o “fato” e não o “agente do fato”. Você é firme, quando necessário, sem ferir ninguém. Sabe ser flexível, sem abandonar seu espaço vital nem invadir o do outro. Faz valer os seus direitos sem, contudo, negar os direitos dos outros, que considera tão importantes quanto os seus. E finalmente sente-se bela e especial por ser e viver quem você realmente é.
Para se elevar a auto estima antes de mais nada é preciso comprometer-se diariamente a dar uma hora de atenção especial e amorosa a você mesmo de forma a honrar seu eu interior e descobrir os tesouros enterrados no mais profundo de seu ser. Promover encontros diários com seu eu mais profundo e escondido a fim de encontrar, aceitar e manifestar sua própria força, seu poder pessoal.

Nem sempre é fácil nos enxergarmos e expressarmos de forma clara porque, desde pequenos, nos ensinaram que a passividade, a omissão e até mesmo a submissão, em alguns casos, seriam nossas aliadas para viver em paz e longe dos conflitos. Essa cultura é o maior obstáculo para que adotemos atitudes assertivas no nosso dia-a-dia. Geralmente engolimos muitos “nãos” e os dizemos apenas para nós mesmos.
O “não” representa a quebra de uma expectativa. Ninguém gosta de ouvir um “não”, porque “não” é rejeição, e ninguém gosta de ser rejeitado. Nós não somos educados para aceitar a rejeição como uma circunstância normal da vida. Dizer “não” é sempre arriscado, embora, muitas e muitas vezes, seja necessário, imperioso, urgente, adequado e conveniente.
O grande segredo é “aprender a dizer não” e “aprender a ouvir não”, porque a forma de dizer e a forma de ouvir podem fazer a diferença entre o prazer e o desencanto, entre a harmonia e o conflito. Entre se ver e se sentir uma pessoa de valor com uma boa auto estima ou alguém com a auto estima ao pé do chão que não tem o direito nem o merecimento de abrir a boca nem para falar um “sim”.

O ser humano precisa aprender a conviver com o “não” como uma contingência natural do convívio e, a partir dessa regra, jogar o jogo da vida com as cartas de que dispõe, com os limites que reconhece serem seus e com a confiança de que passo a passo, contando com seu potencial, pode superar seus obstáculos.
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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Rose Romero   
Psicóloga Junguiana, Teóloga e Facilitadora das Oficinas ArteVida de Meditação do Projeto Labirinto
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