Autoconhecimento para o início dos trabalhos com a espiritualidade
Atualizado dia 9/26/2017 1:45:44 PM em Autoconhecimentopor Clements
No último texto, contei um pouco sobre o despertar da minha mediunidade. Não sei como é para cada pessoa, mas a abertura do meu canal mediúnico foi tão rápida que corpo e mente sofreram bastante na época (hoje não é mil maravilhas não, longe disso. Somente é bem mais fácil lidar com as situações).
Na última reunião em que colaborei com os trabalhos da casa que frequento, o dirigente falou para uma jovem mulher - em atendimento - que se ela abrisse ainda mais o canal mediúnico sem uma base sólida de aprendizados e estudos poderia ter consequências ruins. Lembrei na hora do meu caso, mas essa história fica para uma conversa em textos futuros.
Minha outra lembrança é de quando comecei a fazer terapia holística com o Wilson Francisco. Não me sentia confortável em me abrir com quem não conhecia e tinha certo receio de terapias, mas eu queria entender tudo o que se passava comigo, principalmente pelas sensações ruins e me sentia mal em vários dias. Wilson é um terapeuta com uma percepção gigante e foi trabalhando para eu me reestabelecer como encarnado e espírito. Após a primeira sessão, fiz uma reflexão do ocorrido naquela 1h30 de um mundo novo para mim. Decidi voltar para a próxima sessão.
No começo ficava acanhado em falar as coisas (imagino que seja o mesmo para todo mundo) e aprendi que a espiritualidade nos respeita e mostra – para quem nos quer ajudar – o necessário, sem constrangimentos. Fui incentivado a estudar por meio de livros de espiritismo, xamanismo, umbanda e espiritualidade em geral.
Um adendo: vários médiuns recomendavam (nos lugares que colaborei com trabalhos) as leituras dos cinco livros fundamentais do Espiritismo e do Chico Xavier, pois são leituras com energias de amor e bons fluídos, além de limpar de egos, vaidades e outros sentimentos que ficam impregnados em cada frase. Porém, cada um deve saber como proceder em suas leituras, respeitando o livre-arbítrio.
Os aprendizados com as obras literárias colaboraram para formar uma base para começar a trabalhar nas percepções mediúnicas estimuladas nas sessões do Wilson, além de estabilizar a minha energia para não ficar à mercê de situações ruins. Eu tinha sensações energéticas para ir percebendo o que estava ao meu redor e os aprendizados para conexão com o meu “Ser Divino” (todos nós somos seres divinos). Essa conexão foi muito importante para ir entendendo como a mediunidade se manifesta nas pessoas.
Outro procedimento importante foi ter percepções visuais fechando os olhos e visualizando vultos e formas energéticas que não eram possíveis com os olhos abertos. Wilson facilitava as conexões para eu ir aprendendo a trabalhar comigo mesmo (esse procedimento apenas é possível quando estou em ambiente iluminado natural ou artificialmente, mas para cada pessoa pode ser de um jeito diferente).
A terapia me ajudou no equilíbrio emocional e energético. Era - e ainda é – complicado quando a minha energia baixa (sejam por pensamentos, lugares visitados, pessoas com energias ruins, egrégoras de lugares/pessoas que não conciliam com a minha, entre outras). Como não somos perfeitos sempre vamos cair nesses pequenos problemas que nos tiram do eixo, mas é necessário aprender a se refazer rapidamente. Inúmeros dias eu estava com sensações ruins e tinha que mostrar que estava bem. Muitas vezes pelas circunstancias que as pessoas não entenderiam os motivos ou porque não queria preocupar ninguém. As sensações vão de dores no corpo, dores em alguns chacras, pensamentos ruins, medo de situações, vontade de querer ficar na sua mesmo (não digo trancado em um quarto, mas quieto fazendo as coisas), estômago fica meio revirado, entre outros sintomas.
A experiência do Wilson, além de sua percepção, mostrou que eu precisava começar a trabalhar em reuniões com a espiritualidade para fazer “rodar a energia” e me desenvolver melhor. Ele fez o convite para ir no sábado em uma reunião que era coordenada por sua esposa e o amigo Baltazar. Lá fui eu ver “o que iria acontecer” e como poderia ficar melhor para não ter mais sensações e pensamentos ruins.
Chegou sábado e eu fui a uma reunião de trabalhos espirituais sem conhecer ninguém. Fui recepcionado pela esposa do Wilson e conversou comigo para saber quem eu era. O pessoal foi chegando e todos muito legais comigo. A reunião era fechada para médiuns e pessoas com percepções ou sentitivos, sendo os atendimentos como uma escola de aprendizes. Não havia uma religião ou linha específica de trabalhos. Todos poderiam colaborar - encarnados ou desencarnados - visando o bem maior e trabalhando de acordo com os propósitos de Deus.
Cada atendimento era com uma pessoa sentada na cadeira e a esposa do Wilson dirigindo os trabalhos dos médiuns e sensitivos. Ela tinha percepção visual e desenvolvia as percepções - de vários tipos - dos presentes com os trabalhos realizados (quando não estavam incorporados). Vou dizer que me assustei um pouco quando vi duas incorporações de médiuns. Ali eu conhecia o Baltazar e o seu amigo que aparecia quando ele incorporava no corpo do médium. Posso dizer que esse amigo do Baltazar é muito gente boa. Ele não alivia para nada, mas você aprende (desse jeito) muito com ele e sou grato por toda a ajuda que oferece em reuniões.
Nessa reunião eu mais prestei atenção nas coisas novas do que trabalhei em si. Você não chega trabalhando como Chico Xavier ou sai incorporando logo de cara. Você precisa se equilibrar energeticamente e estudar antes de começar a trabalhar. Precisa ter uma base para ficar centrado em ajudar da maneira correta.
Fui convidado a voltar na próxima reunião e, como aconteceu na terapia, eu iria novamente. Sempre trabalhava transmitindo boas energias para colaborar com os atendimentos. Pediram-me a leitura do Evangelho Espírita para melhorar meu equilíbrio energético. Ai eu fiz uma pergunta:
- Faço uma vez por semana?
- Você precisa fazer todos os dias, disse a esposa do Wilson
- Todos os dias?
- Sim! Todos os dias até você ficar melhor!
(ela era meio brava, mas de um coração enorme).
Baltazar falou meio rindo que ela tinha sugerido isso há diversos anos e até hoje ele faz o Evangelho todos os dias. Bom... tinha entendido o recado.
Os primeiros meses foram trabalhando aos poucos e eu nem sabia como era a minha mediunidade. Era necessário seguir nessa linha sugerida pela dirigente. Eu fazia Evangelho todos os dias e ia lendo livros para ir aprendendo mais. Não podia colocar a carroça na frente dos bois e isso foi importante para o meu desenvolvimento correto.
Após algumas reuniões, Baltazar constatou que a minha energia tinha mudado quase nada e perguntou se eu estava fazendo o Evangelho da maneira correta e se era realizado todos os dias. Eu respondi positivamente e ele pediu para eu fazer o procedimento no término da reunião. Lógico que eu estava fazendo errado, pois a energia melhora com uma ou duas semanas. Eu estava lendo os textos pelo celular (o certo é ler o livro físico), deitado e displicente. Tomei “bronca”.
Foi-me ensinado o passo-a-passo para fazer o evangelho em casa e a energia foi melhorando aos poucos. Isso colaborou para o meu equilíbrio e desenvolvimento.
No próximo texto, vou contar com detalhes as minhas primeiras experiências dos trabalhos espirituais e como isso influencia o meu cotidiano fora das reuniões. Não somos médiuns apenas em reuniões, mas sim 24 horas por dia. Devemos tomar cuidados e procurar melhorar nossa conduta ao longo das semanas.
Obrigado pela atenção.
Texto Revisado
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