Boa vontade só não basta.



Autor Paulo Salvio Antolini
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 5/27/2012 2:30:21 PM
Boa vontade só não basta.
Neste final de semana participei de alguns eventos e em um deles, durante o almoço, observei que, mesmo tendo boa vontade, as pessoas ainda deixam a desejar. A pessoa da mesa ao lado pediu para uma atendente que tinha, no máximo, 18 anos, uma cerveja e uma água. Ela, muito solícita e rápida, trouxe o pedido e virou-se para ir atender outra mesa. O casal ficou aproximadamente cinco minutos tentando chamar alguém que lhe trouxesse os copos que não vieram. Ela mesma os atendeu novamente, com a mesma presteza. A partir daí observei que ela já trazia, para cada pedido de bebidas, os copos correspondentes.
Num evento beneficente organizado por um grande número de pessoas, pude presenciar cenas de desagrado entre os componentes das equipes, pois o combinado antes não estava sendo cumprido. Ao final do evento, não havia ninguém da equipe responsável pela arrumação do local. Outros componentes é que a fizeram.
Na volta para casa, refleti sobre o acontecido e verifiquei que fatos como estes têm ocorrido muito amiúde em todos os tipos de situação, inclusive e principalmente na área profissional.
Sem atentarem para as conseqüências desta forma de administrar custos e despesas, onde as coisas não acontecem de uma maneira "lisa", harmoniosa, o ambiente vai se tornando também carregado de uma certa tensão e rispidez não identificadas. Observamos isso quando as pessoas fazem, freqüentemente, citações sobre "esta situação está cada vez pior". As pessoas têm plena convicção de que fizeram o melhor, porém os resultados não estão satisfatórios. Não conseguem perceber que uma decisão pode resolver uma situação de imediato, mas pode gerar um grande conflito ou problema a médio e/ou longo prazo. Não identificam a relação de sua decisão no passado próximo com o problema atual.
No âmbito pessoal, a insatisfação vai num crescente. O mal-estar e o sentimento de inadequação vão ganhando vulto e quando se dá conta, foram tomadas decisões que, se percebidas em suas origens verdadeiras, não teriam sido cogitadas. Exemplo? Pedir demissão por não suportar mais o clima existente. Pedir a separação pela dificuldade de comunicação e entendimento.
Em todos os casos, encontramos a boa vontade presente, o desejo de que as coisas dêem certo e o esforço para tal. Situação igual à da mocinha que trouxe a água e a cerveja com rapidez, mas sem os copos. Ela foi eficiente, mas não eficaz, porque não recebeu o treinamento adequado. Boa vontade só não basta. É preciso também que haja uma movimentação direcionada para aquilo que se pretende. É preciso que as pessoas se preparem, conheçam o que vão fazer, saibam o que é esperado delas e identifiquem suas dificuldades e o que precisam para superá-las. E então que isso seja atendido. Caso contrário, é como colocar alguém na jaula do leão com um chicote e uma cadeira na mão, como se isso fosse suficiente para torná-la uma domadora de animais selvagens. Portanto, devemos analisar o que já fizemos e não deu certo, verificando se não cometemos o erro de nos aventurarmos apenas com a boa vontade e sem nenhum outro apoio e suporte para o que nos propomos. Para fazer um bom bolo, precisamos conhecer a receita, possuir os ingredientes e saber manipulá-los.









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