BRASIL: QUEM O AMA SE ENVOLVE
Atualizado dia 7/6/2006 2:17:35 AM em Autoconhecimentopor Jorge Menezes
Começava a Copa e eu falava em uma palestra: "É uma euforia desmedida por alguém que não nos ama. Seria mais feliz se, ao cair a máscara desses representantes dos nossos políticos, o povo não retirasse as bandeirinhas dos carros, das lojas, se as pessoas não parassem de vestir verde e amarelo. Seria uma resposta indicando que os jogadores da seleção brasileira de 2006 não são o povo do Brasil."
Era óbvio que perderiam e as pessoas se perguntaram: será que era marmelada? Como tinham que entregar para a Alemanha já entregaram agora? Não vamos viajar na maionese, como digo em meu livro "Não viaje na maionese: 13 atitudes para acender seu poder interno". Afinal, as pessoas arrumam desculpas para a incompetência. Mas ficou provado pela vitória da Itália sobre a Alemanha, que não havia marmelada ou armação para dar o título para a Alemanha. A seleção do Brasil foi mesmo incompetente e tinha razão o jogador francês que disse: “Enquanto nossos meninos estudam, no Brasil eles não vão à aula para poder jogar futebol”. Pensaram que ele falava dos muitos meninos do Brasil que se dedicam ao futebol em tempo quase integral e que por isso a seleção do Brasil teria mais chances de ser sempre melhor. Não! O jogador francês estava querendo dizer que quem estuda, quem valoriza a cultura e ama seu país, consequentemente valoriza sua pátria.
Na Argentina aplaudiram seus jogadores que voltaram antes. Eles receberam da torcida o mesmo tratamento dado aos alemães. Mas no Brasil: VAIA PARA ELES. E não digo que isso esteja errado. É que falta cultura para o nosso povo. Não priorizam a educação, estando os políticos mais preocupados com seus cargos e seus mensalões. Falta cultura! E logo pudemos constatar quando, confirmando-se minha observação, no dia seguinte à derrota, as bandeiras verde-amarelas sumiram da ruas, como se aquela meia dúzia de jogadores fosse a nossa pátria.
Se nosso povo tivesse um grau de cultura respeitável, não chegariam pessoas tão boçais em nossa seleção. Teríamos jogadores patriotas que suariam a camisa como suaram os franceses, o que não se observou nos jogadores do Parreira. Não existiu espírito de luta como o dos argentinos, dos alemães e por último dos portugueses que, hoje. desembarcaram da final da Copa.
Mas o que será que estou querendo com este texto? Bancar o engenheiro de obra pronta e dizer: eu não disse? Não. Respeito muito o espaço deste site e acho que podemos refletir sobre esse circo que se viu. É que neste ano teremos eleições e muitas outras teremos. Por certo os jogadores dessa nova Copa já estão se escalando. Certamente, como os outros, não suarão a camisa, como não vêm suando suas camisetas ou seus colarinhos brancos.
Penso que a solução passa pela educação. Mas, para surtir efeito, as coisas não podem seguir o ritmo da educação em nosso país, porque a situação já está entrando em uma certa irreversibilidade a curto prazo.
Gostaria que trocassem idéias entre si, com seus amigos, colegas de trabalho. Quem sabe poderíamos fazer uma campanha trazendo as bandeiras de volta para as ruas! Acho que agora eu até colocaria uma em meu carro! Que outras idéias podem existir por aí, dentro dos cérebros milenares de nossos espíritos? Em quantas vidas já nos defrontamos com antipatriotas e os derrotamos com sabedoria e organização?
Coloco-me à disposição para que possamos nos comunicar por e-mail e quem sabe produzir uma mudança concreta para nosso povo. Repito: troquem idéias com seus amigos.
Um abraço a todos e parabéns à equipe do STUM.
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Texto revisado por Cris
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