BUSCANDO O OUTRO ATRAVÉS DE SI MESMO.
Autor Tania Paupitz
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 7/18/2008 10:39:35 PM
Homens e mulheres sempre foram diferentes, pois além das diferenças anatômicas externas, dos caracteres sexuais, já se comprovou cientificamente que, também existem outras diferenças sutis na relação, pois ambos , possuem uma forma diferenciada de processar a linguagem, as informações, as emoções, o seu pensar, o conhecimento e, sobretudo, a maneira de cada um agir-reagir, dentro das mais variadas situações do dia-a-dia.
A mulher, por exemplo, tem mais dificuldade em lidar com seu senso de direção, porque dentro de sua educação, ela foi direcionada para ser protegida do mundo externo, sendo dessa forma, bastante tolhida, quando tem que se localizar dentro do espaço externo.
No caso do homem, devido a sua educação e formação cultural sua visão de vida, acabou sendo mais direcionada para a ação, ou seja, ele foi inserido, mais rapidamente dentro de um contexto, que tinha por objetivo, levá-lo a encarar os desafios do mundo lá fora.
A maioria das pessoas que se casam , pensam que , uma mulher acaba se juntando a um parceiro acreditando que o mesmo, com o tempo, irá mudar, mas ele não muda. Ao contrário da mulher, o homem sempre tem a esperança de que sua companheira não mude, mas com o passar do tempo, o nascimento dos filhos, o acumulo de vários afazeres domésticos, ela acaba mudando e, algumas vezes, para pior.
Muitas acabam tornando-se relaxadas consigo próprias (engordam, não procuram mais se arrumar,deixando de investir em si mesmas), ficando na dependência do pouco que o outro oferece, tanto, afetiva, emocional, quanto financeiramente. Esquecem de si mesmas, passando a viver a vida em função da casa, da rotina doméstica e basicamente dos filhos, que acabam muitas vezes, preenchendo totalmente o espaço do seu dia-a-dia.
Com a chegada dos filhos, o homem perde um pouco da exclusividade que tinha de inicio, com relação a sua companheira, pois para a grande maioria das mulheres, os filhos normalmente, acabam ficando em primeiro lugar, isso em razão, da proteção e cuidados que ela tem com os mesmos, coisa que automaticamente, já faz parte da sua natureza biológica e feminina.
Com relação aos sentimentos afetivos, por exemplo, a mulher é muito mais emotiva, gosta de ouvir elogios, palavras carinhosas, têm uma maior sensibilidade e quando quer conversar ou desabafar sobre algum assunto que lhe ocorreu, ela se torna detalhista, querendo, sobretudo, que alguém a apóie e valide suas necessidades básicas, que é a de ser ouvida e compreendida. Para ela ser ouvida é como um exercício de compreensão, carinho, validação e amor. Uma necessidade muito importante, que faz com que ela se aproxime mais afetivamente do parceiro.
O homem, por sua vez, com sua mente racional e lógica, é muito mais objetivo e propenso a não se deter muito a detalhes, como no caso da mulher. Por isso ele age de forma muito mais prática, com o objetivo de resolver os problemas mais eficientemente e, sem muitas delongas. Ouvir o outro é algo essencial para que as relações perdurem, assim como, as criticas, são devastadoras para desunião dos parceiros.
Alguns homens têm bastante dificuldade em lidar com seus sentimentos afetivos e dificilmente sabem expressa-los, tão bem ,quanto às mulheres o fazem, naturalmente. Ele não vai ser afetivo como a maioria de suas mulheres gostaria, pois isso não faz parte de sua natureza cultural. Para o homem é mais complicado falar, pois sua natureza é mais direcionada para a ação.
Normalmente, dentre as muitas maneiras que o homem tem de demonstrar seu afeto para a mulher que ama é, contribuir de alguma forma com as coisas que procura fazer no sentido de agradá-la , podendo ser desde, uma ajuda nas tarefas da casa ou no preparo de uma comida e, até mesmo, surpreendê-la com um jantar romântico a luz de velas.
Outro ponto fundamental para se ter uma relação saudável é ir, aos poucos interagindo com outro, procurando exercitar mais a arte da compreensão e aceitação. O homem é muito mais visual do que a mulher, que dentro da Programação Neurolinguistica é muito mais cinestésica, ou seja, ligada à sensação do toque.
Com relação ao sexo,normalmente alguns homens vão direto ao assunto, sem muitos preliminares ou coisa parecida, porem, com as conversas e o dialogo aberto entre os parceiros, ele acaba percebendo que o ato de amor não pode ser uma coisa tão mecânica, ou seja, deve sempre estar vinculado às emoções, sensações recíprocas de prazer e, acima de tudo o amor.
As discussões entre casais em grande parte, são geradas por disputas de poder, aonde um tenta dominar o outro e isso, acaba se tornando, para ambos, uma grande competição, que além de trazer um enorme desgaste emocional, também acaba afetando a relação. Para os dois, ter a ultima palavra numa discussão passa a ser uma questão de honra, de fazer prevalecer o seu poder sobre o outro, mesmo que ele ou ela, saiba estar errado em determinada situação. É cada um com a sua verdade, querendo que ela prevaleça acima de tudo.
Qualquer coisa que se comentar após esse episódio, é o inicio para uma nova discussão, que chega a ser interminável, pois, no final, não se sabe aonde tudo começou e, como vai terminar, pois muitas vezes, acaba-se perdendo o fio da meada e o real motivo que gerou toda discussão. Algumas mulheres, nesse caso, acabam esquecendo o seu lado feminino, tornando-se agressivas, deixando seu lado masculino extravasar e com isso, terminam batendo de frente com seus parceiros, o que não me parece uma coisa positiva, dentro de uma relação saudável.
Ter força não é bater de frente com outro e, isso vale para ambos os parceiros que tem o dever de, acima de tudo manter o respeito e aceitação pelo outro.
Homem algum irá tapar as carências afetivas de uma mulher, que não se valoriza e não se ama o suficiente para se bancar, perante ele e perante si mesma. É a situação daquela mulher que se faz de “vítima-carente”, suplicando pelo carinho, atenção e amor do companheiro. Esse tipo de energia é péssimo para o relacionamento, pois demonstra o total desamor que a mulher sente por si mesma. Então, como podemos amar alguém, que não se ama ou, tampouco, se valoriza?
A competição entre parceiros, com objetivo de manter a hierarquia do poder, nos prova mais uma vez, o quanto hoje se torna imprescindível, a necessidade de revermos todos esses papéis – homem e mulher juntos, para que o relacionamento, dito saudável, se mantenha através do crescimento e prazer, que, aliás, só cresce e evolui na medida em que interagimos com o outro.
Todo relacionamento parte do eu - você e não do eu - isso, se sobrepondo, interpenetrando, num sentido independente. “Khalil Gibram diz”: “ Sejam como dois pilares que sustentam o mesmo teto, mas não comece a possuir o outro; deixe o outro independente”. Sustentem o mesmo teto: esse teto é o amor.
Duas pessoas independentes e enamoradas sustentam algo imensamente valioso: certo encantamento no ar, uma musica que sensibiliza a ambos, um olhar que não precisa de palavras, pois diz, o fundamental. Eles se apóiam e podem se expor um ao outro, sem medos ou receios de se perderem de si , pois sabem quem são de fato. Conhecem a si mesmos.
Avaliação: 5 | Votos: 9
Tânia Paupitz é Artista Plástica e Professora de Artes, há 37 anos, sendo sua marca registrada as cores fortes e vibrantes, influência dos estudos de vários artistas Impressionistas. Cursos de Pintura em Óleo sobre tela, para iniciantes, adultos, terceira idade. www.taniapaupitzartes.blogspot.com waths - 48 9997234 E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
