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Busque aquilo que não morre

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Autor Paulo Tavarez

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 10/14/2023 11:54:23 AM


Vocês já perceberam quantos esforços empreendemos em vão, no afã de conquistarmos bens materiais, posições sociais elevadas e destaque no mundo? Conseguem notar o desespero absurdo que expressamos, quando nos lançamos de forma cega em busca de uma conquista qualquer, percebem o quanto nos envolvemos com essa experiência efêmera e ilusória? É como se quiséssemos preencher o vazio de um buraco que não tem fundo, como no castigo das Danaides: passamos a eternidade enchendo um tonel de água sem percebermos que ele está furado.

Isso lembra, também, um daqueles contos de Ariano Suassuna, pois lutamos com todas as nossas forças para nos apoderarmos de uma porca cheia de dinheiro e quando alcançamos nossos objetivos, percebemos decepcionados que as moedas guardadas em seu interior já não valem mais nada.

Assim é a nossa vida: despendemos recursos energéticos preciosíssimos na conquista de fumaças, sempre insaciáveis, sem percebermos que tudo aquilo que mais valorizamos é impermanente e transitório.

O homem ainda não aprendeu a buscar aquilo que não morre, insiste equivocadamente em continuar juntando coisas e não acordou para o fato de que as verdadeiras conquistas são aquelas da própria alma e que só assim ele conseguirá preencher esse vazio. Prosperar é algo divino, não há nada de errado em possuir coisas, mas está claro que é um grande equívoco fazer disso a única razão da existência. O homem deveria se interessar primeiro por aquilo que não morre, o resto, com nos ensinam as escrituras, virá por acréscimo. O que não morre é a única realidade a ser buscada e representa a toda a essência eterna e perfeita do ser. É preciso compreender, portanto, que todo o resto é consequência.

As outras coisas não deveriam ter tanta importância, pois são apenas ornamentos em nossa experiência, não deveriam moldar o nosso caráter e nos entorpecer com tanta força. Enquanto estivermos sonhando com poder e conforto, estaremos cegos, tateando no escuro, tentando estocar coisas que se desfazem como bolhas de sabão aos olhos de uma criança.

Esse é um mundo de representações, como diria o filósofo alemão Arthur Schopenhauer, uma verdadeira Matrix, um campo de projeção de todos os conteúdos da sombra humana, enquanto não percebermos que nosso lugar não é nesse palco, atuando em tramas ilusórias, mas na plateia, como meros espectadores, estaremos presos na Roda de Samsara, sujeitos a idas e vindas ao corpo e presos na terceira dimensão.

Os antigos diziam àqueles que se apegam demais às suas posses: "Cuidado, caixão não tem gavetas!" e isso é a mais pura verdade. As únicas conquistas que seguirão conosco serão percebidas através do desenvolvimento das nossas virtudes, ou seja, quão mais virtuosos nos tornamos.

A vida promove uma lapidação natural no indivíduo para que ele, através de muitas experiências, manifeste a sua verdadeira natureza e possa expressar a sua perfeição. Estamos aqui para nos submetermos a esse processo de lapidação e, assim, desenvolvermos a humildade, a confiança, a alegria, a coragem, a perseverança, a serenidade e a renúncia. Tudo que poderemos levar conosco é justamente o quanto foi possível avançar nesse desenvolvimento.

Procure por aquilo que não morre e você irá encontrar-se. Enquanto você insistir em inflar a sua personalidade de importância e viver em busca de uma condição de grandeza e destaque, você estará no caminho errado. É preciso perder a vida para encontrá-la. Zaqueu subiu num sicômoro; esse ato representa a inflação do ego, pois ele queria ser maior, queria enxergar Jesus, mas o próprio Jesus pediu para ele descer, diminuir o seu tamanho e desinflar o ego. Nesse momento, diante do Nazareno, a salvação aconteceu.

Aqueles que vivem uma vida de profundas realizações, experimentando sucesso e fama, tornando-se ícones e marcando a experiência da vida com toda a intensidade possível, estejam certos, terão dificuldade de desvencilhar-se do impressões dessa experiência. Na verdade, quanto mais profundas forem as nossa pegadas, mais trabalhos teremos para removê-las.

A lógica da realização é o oposto daquilo que imaginamos. Não encontraremos a felicidade ou a plenitude em nosso ser enquanto estivermos carregados de desejos e necessidades, mas apenas quando todo o interesse pelo mundo desaparecer. Será preciso aprender a viver no mundo sem ser do mundo.

Tudo aquilo que precisamos conquistar já existe, está pronto dentro de gente, como um pai amoroso, de braços abertos, a espera do filho pródigo. Só precisamos aprender a ser o que já somos, mas para isso, será preciso desconstruir a identificação com aquilo que não somos, com esse falso eu que reina em nosso ser e a compreensão da nossa grandeza virá.


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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Paulo Tavarez   
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