CABO DE GUERRA
Autor Maria Lúcia Pellizzaro Gregori
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 13/11/2010 16:48:56
O que nos lembra essa frase?
Um tempo muito bom e divertido quando, ainda crianças, disputávamos uma vitória através da força física e do desejo de vencer. Duas equipes competiam, para ver qual delas tinha mais força, puxando uma corda ou um cabo. Havia uma marca no chão que definia a posição dos jogadores e vencia o time que conseguisse puxar o adversário para depois da linha central ou então quando um deles cometia uma falta.
Perceba como ainda continuamos esse jogo pela vida afora, em muitos momentos da nossa vida.
Queremos amar mas ao mesmo tempo temos medo de nos perdermos no sentimento e tentamos controlá-lo. O desejo puxa de um lado e o medo do outro. Num dado momento um lado ultrapassa a linha central e nos damos mal. Se acreditássemos realmente no amor, soltaríamos a corda e viveríamos a experiência plena.
No amor integral não existe perdas mas liberdade para que todos sejam felizes.
Não há disputas.
Ninguém leva a melhor pois se um fica feliz o outro fica também, mesmo que um fique sozinho.
Na partida existe uma dor, mas junto a ela a recompensa de ver quem se ama seguindo um caminho que, naquele momento, é sua felicidade.
Quando escolhemos uma profissão, seguimos um anseio da alma, uma certeza que existe um chamado interno e um talento a ser manifestado. Mas ao mesmo tempo aparecem os questionamentos sobre os ganhos financeiros, sobre as exigências que aquela carreira exige e muitos outros fatores que multiplicam as dúvidas e atrasam a decisão.
Daí, surge uma vontade paralela de fazer outro curso que dê retornos mais rápidos, onde alguém da família já tenha alcançado sucesso e é só pular dentro da mesma especialidade que tudo será facilitado.
Talvez venha um pensamento em um investimento mais rápido, que deixe mais tempo para diversão, pois existe um conceito que diz: "a vida é curta e precisa ser aproveitada",
Múltiplas possibilidades criam também um cabo de guerra na mente, dificultando a escolha profissional.
Se esses questionamentos forem feitos de forma saudável, respeitando sobretudo a competência pessoal, a sinceridade de um desejo forte de expressar um potencial inato, a escolha profissional terá maiores chances de colocar uma pessoa competente no mercado de trabalho.
Viver não é uma brincadeira infantil mas deve preservar o prazer infantil, a esperança, a confiança nas escolhas, a coragem de amar, de se expressar dentro da verdade, de se ancorar na fraternidade, na divisão amorosa que acaba somando e aumentando créditos em vez de se perder em partes isoladas e solitárias.
Vamos brincar sim, de cabo de guerra, mas que o esforço seja para que todos cheguem à marca central ao mesmo tempo, mostrando ao adversário que unir vale muito mais do que derrubar o outro numa vitória falsa que multiplica as guerras que separam uns dos outros, transformando a humanidade num "campo de derrotados".
Que esse empenho comece dentro de cada um de nós, envolvendo nossa mente e nosso coração num esforço de transformar essa humanidade numa grande roda de mãos dadas.
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