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Cadeiras na Calçada

Atualizado dia 07/06/2015 23:16:11 em Autoconhecimento
por Cássia Marina Moreira


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Houve um tempo em que pessoas ao cair da tarde pegavam suas cadeiras e bancos da cozinha e iam lá para porta da rua. Sentavam-se e punham a conversa em dia. Cada qual com sua história.

Um falava sobre o filho que ligou de longe ou de onde o neto quase caiu e assim por diante, isso fazia parte do dia, da vida da rua e do bairro. E até que os moradores de todos os pais das famílias chegassem a turma não parava de contar as novidades. Depois todos voltavam aos seus lares e o papo era outro.

Eram tardes entre amigos da vizinhança ou de quem estivesse passando por ali e aproveitava para um dedo de prosa. Uns até sentavam dentro do alpendre, outros de cotovelo na janela. Trocando receitas de bolos, tricô ou de como fazer cair aquela velha verruga, por exemplo.    

Tudo podia ser conversado ali naquela horinha de “relax” ao cair da tarde em frente de casa. Crianças brincando, os meninos correndo atrás da bola, e girando o peão, as meninas no chá com as bonecas, um treino incrível para a vida social que inevitavelmente viria logo mais.

Talvez a música “Gente Humilde” seja um retrato cantado desta época e desta gente que podia ter este luxo na vida, no século passado. Parece que faz tanto tempo! E faz não só parece.

Hoje mal conseguimos “curtir” em alguns poucos clicks o Facebook, Google+, Linkedin ou WhatApp o que os “muitos amigos virtuais” estão curtindo por este mundo afora ou caramba ali mesmo na minha esquina; e eu? Não estou lá.

Novos tempos! Tempos modernos, as coisas mudaram, o mundo muda a gente muda e tudo se adapta. A lei que proíbe fumar em lugares fechados acabou dando uma mãozinha. A outra mãozinha foi dada pela necessidade de humanizar a cidade. Criaram as estações de convivência nas ruas dos bairros.

Onde se pode parar, sentar, fumar, tomar seu sorvete, cerveja ou trocar uma ou duas receitas. Bom, tem ligações WIFI para os celulares até recarrega em tomadas especialmente colocadas por ali. Algumas têm mapas de ginásticas laborais. Mas todas têm o toque de uma minúscula pracinha, a moda antiga; só que tão pequena que lembra bem a porta das casas, o que falta agora é o tempo e aprendermos a ir para lá.

Passei por várias, algumas pessoas, nem sei se estavam juntas de verdade, mas já estavam por lá. O que já é um avanço, em tempos em que só estamos nos falando só por “curtidas” e WhatApp, a tecnologia não pode nos afastar, ela na verdade tem nos aproximado, já nos aproximou de pessoas de quem não tínhamos notícias há muitos anos; as salas de bate-papo, tornaram-se pequenas pracinhas onde podemos “estar” com os amigos de novo, quando são de muito longe.

Então, vamos aproveitar estas oportunidades, sentar e bater papo, não só as virtuais, mas pessoalmente nas estações de convivência que estão por aí.



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Conteúdo desenvolvido por: Cássia Marina Moreira   
Cássia Marina Moreira Psicóloga / Terapeuta Floral - Vibracional Pesquisadora do Sistema das Essências Vibracionais D´Água
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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