CALOR HUMANO
Autor Christina Nunes
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 9/18/2004 11:17:40 AM
Recebemos esta semana dois belos e-mails de amigos, contendo duas mensagens ricas de calor humano. Algo meio em desuso, ou pelo menos em descrédito, nestes dias de pessoas eficientes na arte de competir.
Com textos diferentes, contudo, versavam sobre a mesma coisa: sobre aquela capacidade sublime de doação de si mesmo, no sentido mais depurado. Na conotação de doação do coração, da alma; daqueles sentimentos magníficos que possuem o potencial milagroso de curar males do corpo e do espírito, desvelando, em cada ser, a sua essência única, que nos irmana em qualidade em Deus.
Um texto, "Grãos de Areia", de Leticia Thompson, enviado pelo querido articulista deste site, SOL, (sempre nos brindando, a cada manhã, com as pérolas da sua sensibilidade, numa demonstração inequívoca do que vem a ser o calor humano na sua melhor forma), nos comparava a todos, a cada ser, com os minúsculos, porém importantes "grãos de areia no mar da vida", compartilhando sentimentos, dores, dúvidas, alegrias, vertendo lágrimas e sorrisos de maneira idêntica; mas, ainda assim, defrontando a dificuldade de reconhecer no outro a identidade de existência e de sensações, no oceano das experiências da vida. Fechados no nosso mundo, julgamos, por vezes, sermos os únicos a experimentar todas estas nuances de vivências, esquecidos de que não somos sozinhos, tão somente porque os que nos cercam comungam conosco de todas estas peripécias, de maneira absoluta, em gênero, número e grau, não importanto em qual quadrante do globo, ou em articulando esta ou aquela língua, ou de dentro deste ou daquele biotipo. Nada disso é relevante na hora de reconhecermos, finalmente, a nossa igualdade em importância perante Deus, e que por isto mesmo não somos sós; e que por isso mesmo precisamos tanto da harmonização mútua, a despeito e além das aparentes "diferenças".
O segundo texto é a belíssima constatação disso. O nome do texto é "Um Abraço pra Você", presente virtual do amigo Vítor. Relata, de forma breve, o caso impressionante das irmãzinhas gêmeas; tendo uma nascida desenganada, a enfermeira afrontou o regulamento do hospital, e acomodou ambos os bebês juntos, lado a lado. A foto maravilhosa atesta o momento: uma das gêmeas - a saudável - deitada no leito de bruços, como a irmã, abraça a doentinha. O texto conta que, ao fazer isto, gradativamente regulou-se a temperatura do corpo da segunda menina, em acordo com o da primeira, e o pulso dessa aos poucos se estabilizou. A gêmea desenganada sobreviveu, "salva" pelo primeiro laivo de "calor humano" oferecido pela irmãzinha ainda em idade tão incipiente, mas certamente compelida por esta excelsitude de sentimentos humanos que produzem volte e meia este tipo de "milagre", nas mais variadas situações.
É simples assim a ação do calor humano. No entanto, imersos na era das máquinas e da tecnologia, um fenômeno perverso, e de consequências imprevisíveis, vem se dando. Na supervalorização do "ter", e do "vencer materialmente", em detrimento do "ser", exige-se, inversamente, dos seres humanos, que se igualem às máquinas. Descarta-se o extrato da sensibilidade como ítem inadequado, e em urgência de ser descartado como sucata da realidade humana, em favor de seres ditos "funcionais", mas isentos daquilo que os distingue como dotados de alma, e por conseguinte da sua herança, na qual repousa a sua condição de filhos de Deus em essência e em eternidade, com vistas a um futuro magnânimo no qual, inexorávelmente, serão descartadas, sim, as coisas "de César". Mas jamais o que sobrexistirá, e que definirá, em qualquer época, a dignidade espiritual dos seres: a capacidade de sentir. De receber e doar o "calor humano", tão fora de moda na nossa época mecanicista, mas sempre e tão necessário à manutenção da vida, em qualquer tempo em que se viva!
Com amor,
Lucilla e Caio Fábio
"Elysium"
https://www.elysium.com.br
Lucilla é autora do romance psicografado lançado este mês, "O PRETORIANO", pela editora MUNDO MAIOR (www.mundomaior.com.br). Leitura fácil e envolvente, de autoria espiritual de Caio Fabio Quinto, o conteúdo trata de uma das vidas passadas vividas pela médium e pelo seu mentor, na Roma de Júlio César, de cujos exércitos Caio foi um dos comandantes, narrando lances de convivência no cotidiano dos personagens, ricos de ensinamentos ilustrativos da Codificação Espírita de Kardec, das leis de causa e efeito, e do aprendizado espiritual que a todos nós envolve no decorrer do nosso trajeto evolutivo durante as reencarnações terrenas.
Os direitos autorais estão revertidos às obras assistenciais da FUNDAÇÃO ANDRÉ LUIZ, no amparo aos deficientes.
Aos interessados, maiores informações para compra no site da editora, ou no da FUNDAÇÃO ESPÍRITA ANDRÉ LUIZ: link
Avaliação: 5 | Votos: 17
Chris Mohammed (Christina Nunes) é escritora com doze romances espiritualistas publicados. Identificada de longa data com o Sufismo, abraçou o Islam, e hoje escreve em livre criação, sem o que define com humor como as tornozeleiras eletrônicas dos compromissos da carreira de uma escritora profissional. Também é musicista nas horas vagas. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
