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Cartas para sua alma!

Atualizado dia 09/05/2016 17:43:19 em Autoconhecimento
por Teresa Cristina Pascotto


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A grande maioria das pessoas sente uma enorme necessidade de contar para os outros sobre suas situações de vida, acontecimentos corriqueiros, suas alegrias, sobre seu cotidiano, seus problemas, suas questões e dificuldades que enfrentam em geral. As pessoas sentem, principalmente, extrema necessidade de dividir com os outros suas questões de vida mais difíceis e dolorosas.

Num âmbito geral, muitas pessoas se excedem em pensamentos a respeito de qualquer situação de vida, até mesmo com fatos corriqueiros, porém, quando se trata das questões mais íntimas e profundas, que trazem mais sofrimento, um incessante turbilhão de pensamentos desordenados acomete essas pessoas. Elas acabam ficando prisioneiras da obsessão pela questão, tentando encontrar soluções, sem nunca encontrar. Ou apenas ficam pensando, de maneira obsessiva, sobre um fato ocorrido que as desagradou, girando em torno do mesmo tema, indo e voltando aos mesmos pensamentos, até ficarem exaustas e sem energia de tanto pensar de forma compulsiva e infrutífera.

Quando a mente dessas pessoas fica saturada de tantos pensamentos ininterruptos, elas então precisam, desesperadamente, de alguém para poderem contar sobre suas aflições mentais e emocionais. O que ocorre é que essas pessoas se perdem tanto no turbilhão de pensamentos que elas mesmas criam e alimentam, como num vício, que acabam sentindo um pânico velado de perderem a sanidade e isso as leva, de maneira compulsiva e impulsiva, a buscar pessoas para as quais elas tentam não somente contar sobre suas questões, mas tentam transferir para elas o excesso de energias mentais saturadas, num desespero para “jogar para fora” esse excesso de energias densas, porém, sem a intenção de perderem seus preciosos pensamentos. Se elas quisessem apenas jogar fora o excesso, seria o equivalente a “vomitar os pensamentos”, o que significaria que se desprenderiam desses pensamentos ao “vomitá-los”. Mas o fato é que elas continuam querendo manter seus pensamentos preciosos e viciosos sob seu domínio, elas não querem perder esse poder viciante que eles têm sobre elas, então, transferir para “o ouvido e a mente” do outro, fazendo da mente do outro uma extensão da sua própria mente, seria o mesmo que transferir para a “HD mental” do outro, como forma de armazenar as informações que tão excessivamente já explorou a respeito de sua questão, sem perder o domínio sobre os pensamentos aos quais é tão apegada. Transferindo para a mente do outro, essa pessoa então poderá conversar sobre suas questões com “a outra mente/pessoa”, na intenção de puxar essa pessoa para o seu mundo interior, aprisionando o outro no seu contexto.

Em conversas “sem-fim”, ela vai explorar o outro, tirando opiniões dele, contando inúmeras vezes a mesma história para que, ao contar, possa se ouvir e possa não se perder, pois o outro será sua referência, o outro não se perderá no mar de pensamentos, emoções e sentimentos da pessoa, pois não estará envolvido emocionalmente, somente de maneira energética (o que já agonizante para este outro) porque a pessoa obcecada o puxou para si, o engoliu e o aprisionou no seu contexto energético, mas ainda assim, essa pessoa capturada pela loucura da pensadora compulsiva, conseguirá ficar também em si, para não se perder e conseguirá até tentar ajudar a pessoa desesperada.

O que ocorre aqui, tanto quando se trata de uma situação superficial e banal do dia a dia, quanto numa questão complexa e grave, é que esse tipo de pessoa, além de egoísta, tem uma grande dificuldade em se ouvir, em ter paciência de se perceber e se observar para perceber o que acontece dentro dela quando está envolvida com uma questão simples ou com uma complexa e grave. Ela não consegue parar de pensar e nunca faz uma pausa para se perceber intimamente. Se fizesse isso, não precisaria de outro(s) ouvido(s) e mente(s) para desabafar, dividir, “vomitar” ou transferir suas paranoias incessantes. Ela mesma seria a presença atenta e amorosa que estaria ali, consigo mesma, acolhendo-se, ouvindo-se e se percebendo, enquanto seu ego estivesse num momento de insanidade com uma avalanche desenfreada de pensamentos desconexos.

Por não estar em equilíbrio para se dar o apoio que precisa, busca fora o apoio que acredita precisar e acredita que obterá dos outros. Mas o fato é que ninguém, a não ser ela mesma, poderá ajudá-la de verdade. Até mesmo um terapeuta não poderia absorver para si o excesso de sofrimento e energias maléficas que esse turbilhão de pensamentos traz à pessoa, pois o papel do terapeuta seria o de ouvir e orientar, de forma pontual, sem absorver nada do que é dela, dando a ela apoio energético (dentre inúmeros outros tipos de apoios) para que ela possa, ao falar sobre si, também se ouvir e encontrar suas respostas internas, mesmo que não sejam respostas racionais. Isto também a ajudará para que ela possa aprofundar-se em si mesma para encontrar as raízes de suas questões e não somente ficar pensando infinitamente sobre a questão, repetindo-a incessantemente, sem nunca parar para aceitar os fatos, para então poder descobrir o que poderá fazer de eficaz a respeito da questão.

Porém, este tipo de pessoa tem grande necessidade de sempre prosseguir em seus delírios, obsessões e paranoias em geral, pois é disso que se trata quando uma pessoa vive assim, prisioneira de sua mente, sempre envolvida com pensamentos ininterruptos e, muitas vezes, desconexos e sem sentido.

Nos dias atuais, temos também o fácil acesso às trocas de mensagens escritas e de voz, em vários recursos tecnológicos. Isto também ajuda a potencializar a compulsão e impulsividade das pessoas que estão sempre desesperadas em encontrar alguém que possa “ouvir” o que elas têm para contar sobre suas dificuldades de vida.

Assim, com esta facilidade tecnológica, ficam contando para várias pessoas a mesma história e pedindo para todas as suas opiniões, mas não ouvem ninguém, não prestam atenção a nenhuma opinião, pois querem continuar com a questão, até esgotarem sua mente e a mente dos outros que são envolvidos e enredados por ela. Este tipo de pessoa quer arrastar todos os que conseguir para dentro de sua loucura, de seu turbilhão de pensamentos, não querem se perder sozinhas. Aqueles que são mais fortalecidos energética, espiritual e mentalmente, não se deixam arrastar, apesar de se envolverem com a pessoa (ou a rejeitam totalmente), mas aqueles que são mais sensíveis e mais vulneráveis, muitas vezes se perdem totalmente no turbilhão dessas pessoas que tem o dom de deixar os outros entorpecidos, quase num processo hipnótico, fazendo com que os outros deixem de estar em “sua própria vida”, deixem de estar “em si mesmos”, ela captura as pessoas puxando-as para dentro de sua mente insana. Aqui falo dos tipos mais graves, que deixam os outros “perturbados com suas perturbações”, elas não querem apenas falar sobre seus problemas e envolver os outros nas suas tramas a partir das conversas, mas querem ter a energia dos outros, como um maior apoio, pois sua energia se esvai pelo excesso de atividade mental, assim, elas têm o poder de manipular os outros psiquicamente, fazendo com que os outros não consigam focar em suas próprias questões de vida e em seus afazeres, para então arrastar essas pessoas para dentro de sua mente, para ficarem ali, de apoio energético e mental.

Estes tipos mais graves parecem ser os únicos preocupantes, mas não. Todos os tipos de pessoas que têm a tendência a “viverem no mundo da mente”, sempre envolvidas com seus pensamentos ininterruptos, que podem ser a respeito de um mesmo tema ou ficarem pulando de um tema a outro, também são propensas aos desequilíbrios mentais graves, pois sendo aprisionadas em uma questão de vida grave ou aprisionadas pela mente que nunca para de pensar sobre qualquer coisa, do mesmo jeito estão prisioneiras das perturbações de sua mente.

Assim, mesmo que elas tenham 10 amigos para quem contar sobre suas questões e tenham até mesmo um terapeuta, ainda assim, se continuarem apenas a buscar os outros como compensações e “lixeiras” para seus excessos, sem nunca se desapegarem desse padrão alucinante de pensamentos, elas nunca conseguirão mudar esse padrão, pois se trata de um vício gravíssimo, de uma condição patológica.
É preciso prestar atenção ao fato de que você poderá pensar que não se enquadra neste “tipo de pessoas”, porque não tem esse perfil específico mais grave. Se você é um pensador compulsivo, você já está enquadrado neste contexto de desequilíbrio grave.
Um bom começo para melhorar esse padrão de vício e caminhar para a cura, para todas as pessoas que vivem perdidas em seus pensamentos, de forma superficial e aparentemente “normal” ou de forma mais grave e perturbadora, seria começar a escrever “cartas para sua alma”. Ou conversar verbalmente com sua alma e gravar suas conversas.

Desta forma, a pessoa começaria a frear seus impulsos e compulsões de buscar outras pessoas para fazer delas seu “ouvido e sua extensão de mente”. Sempre que estiver percebendo os pensamentos que não cessam, a pessoa deve se dirigir para um computador ou um caderno e começar a escrever para sua alma. Sim, sua alma é sua inteligência sagrada, é sua essência, sua presença, somente ela poderá realmente ajudar a pessoa em qualquer contexto, mas principalmente no caso desta tendência a querer jogar sobre os outros os seus excessos de pensamentos. Aqui a pessoa já aprenderia a se perceber e a se conter, para que, ao invés de buscar a tecnologia, p.ex., para escrever para outra pessoa e contar sobre o que está ocorrendo em sua vida, ela usaria esse mesmo recurso, ou a escrita manual, para contar para sua alma sobre tudo o que contaria para os outros.

Se aprender a fazer isso e a deixar a escrita fluir, poderá dar vazão aos seus impulsos ocultos e sombrios, e também brigar com a alma, pois o ego sente raiva da alma por achar que a culpa de seus males é dela, pois foi ela que escolheu sua jornada nesta vida. Poderá desabafar, chorar, fazer perguntas ou apenas “falar sem parar”, registrando tudo num caderno ou na tela do computador. Quando a mente vê seus pensamentos definidos e (des)ordenados no papel ou na tela do computador, ela tende a parar de tagarelar. Se a pessoa se permitir e der total vazão aos seus excessos, sem parar para pensar sobre o que está escrevendo, mas apenas deixando fluir, em algum momento ela esgotará os pensamentos, pelo menos neste momento deste exercício. Ela sentirá vontade de parar de pensar! Quando isto ocorrer, ela deverá se propor a ler o que escreveu ou a ouvir o que falou e gravou. Provavelmente ficará desconfortável ou até mesmo irritada ao ler o que escreveu, pois como tudo não passou de um extravasar das insanidades da mente, muito do que estará escrito não fará sentido para a pessoa. Obviamente que algumas coisas que ela escreveu, contém partes de uma verdade para a alma, mas falo dos excessos, que é quando se vai além do que era saudável expressar, a respeito de uma questão de vida.

Mesmo que a pessoa sinta irritabilidade ao ler o que escreveu, ela deverá prosseguir na leitura, pois tudo isto, naturalmente, será um excelente exercício para que sua mente possa perceber seus excessos, seria como se o louco, num lapso de consciência, se desse conta de sua loucura.

Mesmo para as pessoas que são mais recolhidas e não costumam dividir suas questões de vida com os outros, mas que se excedem nos pensamentos a respeito destas questões, também será de extremo valor este exercício de se dirigir à sua alma, como forma de expressar seus pensamentos e sentimentos a respeito de sua vida interior.

Quanto mais a pessoa exercitar esse processo de escrever cartas para sua alma para desabafar, contar sobre suas conquistas, brigar com ela, choramingar como uma criança ou como uma vítima, reclamar da vida ou explodir de ódio contando sobre um fato cotidiano, etc, mais ela começará a se perceber e mais começará a sentir que não precisa dos outros para dividir seus pensamentos e sua vida. A pessoa começará a ter uma relação com sua alma e encontrará nela não somente o apoio mais fundamental de que necessita em verdade, mas também começará a ter fortes intuições por conta das sugestões sutis que sua alma lhe oferecerá.

Com esta conquista, um novo padrão de pensamentos começará a se estabelecer e a pessoa ficará mais centrada. Desta forma, quando tiver algumas questões de vida em que perceber que tem a ver com questões internas e mais dolorosas, e sentir que sozinha não conseguirá se equilibrar, poderá buscar a ajuda de um terapeuta que, de forma pontual, focando apenas nos aspectos em que a pessoa não está capacitada para se dar o apoio que precisa, poderá oferecer à pessoa ferramentas e recursos para que se aprofunde mais em seu inconsciente para buscar respostas que estão dentro dela, guardadas e escondidas profundamente por seu ego. Aqui sim esta pessoa terá buscado de forma adequada e saudável a ajuda de alguém apenas para que este alguém possa conduzi-la de forma segura de encontro às suas verdades ocultas e à ativação de seus recursos internos que aflorarão naturalmente após a ajuda terapêutica.
Se a pessoa, ainda assim, sentir o impulso de ter que contar para alguém, p. ex., sobre seus avanços após o recurso da terapia, então ela deverá fazer um esforço para se conter e deverá se dirigir a um recurso de escrita – ou poderá querer gravar-se falando para sua alma – e escrever para sua alma, tudo aquilo que, em sua compulsão, estava se preparando para escrever para outra pessoa.

Este é um divino aprendizado que, independentemente, de uma pessoa ser obsessiva e compulsiva em seus processos de pensamentos incessantes ou ser apenas uma pensadora consciente, todos deveriam praticar. Muitas relações se desgastam justamente porque um está sempre querendo jogar sobre o outro a carga de seus excessos de energias negativas provenientes de seus pensamentos densos. Mesmo aquelas pessoas que aparentemente não são “pensadoras compulsivas”, precisam se pesquisar para perceber que podem não ter consciência dos pensamentos excessivos que sua mente gera, mas que isto não significa que não estejam pensando. São pessoas que “pensam sem pensar que pensam” e fazem isso em excesso, sem nunca se darem conta disso. Estas são até mais perigosas do que as que são conscientemente viciadas em pensar.
Exercite esse tipo de experiência de se relacionar com sua alma, escrevendo ou conversando com ela. Quanto mais você conseguir vivenciar esta experiência, sem precisar de outros ouvidos e mentes para jogar seus excessos e buscar a falsa ajuda que isso traz, mais você se tornará autossuficiente e independente emocional, mental e espiritualmente. Sua alma está à sua disposição, sempre. Está sempre esperando que você finalmente encontre nela tudo o que você precisa e que ela tem a lhe oferecer.

Tendo esta boa relação com sua alma, suas relações com as pessoas, principalmente seu relacionamento amoroso, tenderá a melhorar poderosamente, pois não estará mais vendo os outros como recursos para seus interesses mesquinhos e egoístas, mas verá os outros como parceiros, companheiros e amigos, enfim, como alegrias em sua vida e não como apoios de dependência.

Proponha-se a esta prática, independentemente de seu ego ter permitido que você se identificasse com o que foi exposto no texto ou não. Seu ego é muito esperto e fará de tudo para que você acredite que não é “esse tipo de pensador compulsivo”, quando, na verdade, muito provavelmente você é o maior dos pensadores compulsivos que existe! Não se deixe enganar e, se seu ego conseguir enganá-lo e você realmente acreditar que não se identifica com o que foi exposto aqui, mesmo assim, pratique esse exercício de conversar com sua alma. Esta é uma prática muito saudável a todos, independentemente do nível de despertar de consciência em que se encontrem.

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Conteúdo desenvolvido por: Teresa Cristina Pascotto   
Atuo a partir de meus dons naturais, sou sensitiva, possuo uma capacidade de percepção extrassensorial transcendente. Desenvolvi a Terapia Transcendente, que objetiva conduzir à Cura Real. Atuo em níveis profundos do inconsciente e nas realidades paralelas em inúmeras dimensôes. Acesso as multidimensionalidades Estelares. Trago Verdades Sagradas.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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