Cavaleiro medieval
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Autor Flávio Bastos
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 10/8/2009 11:27:29 PM
Uma armadura de ferro, uma espada, um escudo e um ideal. Dessa forma, na velha Europa, milhões de indivíduos sacrificaram as suas vidas por acreditarem em idéias, valores ou por confiarem cegamente em seus comandantes que representavam o poder do rei e da Igreja, ou rebeldes contrários a esse poder.
Passados séculos das últimas batalhas sangrentas dos cavaleiros medievais, muitos indivíduos ainda não se livraram de sua armadura, espada, escudo e ideal. Permanecem cativos de um comportamento onde a rigidez e a prontidão para o ataque e a defesa substituem a espada e o escudo que perderam-se nos sombrios tempos da idade média.
São indivíduos que permanecem escondidos e que se sentem protegidos em suas armaduras de ferro. Viveram naquela época assim... cultivaram valores guerreiros... saíram-se das batalhas derrotados ou vitoriosos, vivos ou mortos. Portanto, carregam consigo até hoje, o orgulho das conquistas ou o trauma das guerras perdidas e da humilhação...
Carregam ainda consigo, dentro da armadura do inconsciente profundo e da memória extracerebral, os símbolos e as idéias que defenderam, fortes impressões de batalhas, insights de clandestinas e fulminantes paixões afetivas, imagens de famílias desestruturadas pelos horrores da guerra, traições... deserções, heroísmo, entrega e desespero...
No entanto, preferem permanecer assim porque é mais cômodo e porque o novo os incomoda. Vivem o passado no presente, sempre protegidos por suas armaduras e armas na espera do inimigo ou na expectativa do ataque consagrador...
Vivem o dia a dia como se fosse uma rotina de treinamento para a guerra. Nas relações interpessoais não se revelam por inteiro... se preservam, desconfiam, sentem medo e, ao mesmo tempo, ira. São competidores natos e observam o outro como um estrategista observa o inimigo em campo de batalha.
No amor não se entregam por completo, pois permanece a forte impressão de que as relações amorosas são efêmeras e que por isso, de nada adianta o cultivo do afeto, do carinho e da estabilidade nas relações. "Amanhã onde estarei? Estarei vivo ou morto?" Perguntam-se através de suas máscaras de ferro...
Em pleno século XXI, o homem ainda tenta se libertar das amarras do passado. Elos de ligação que vida após vida mantém inúmeros indivíduos em sintonia com valores arcaicos de uma época guerreira que marcou a humanidade a ferro, sangue e fogo.
No entanto, essa transformação... essa aceitação do novo apresenta-se complicada e confusa para muitos que ainda dependem de seus símbolos guerreiros para se sentirem seguros e protegidos. Eles vislumbram a vida por dentro de suas armaduras, espadas e escudos, mas ficam receosos da libertação, porque expostos se tornariam vulneráveis...
Envolvidos pelo cipoal de emoções, sentimentos e valores arraigados ao remoto pretérito, os cavaleiros medievais resistem o que podem como se estivessem ainda em época de guerras. Identificam-se pelo dogmatismo de suas idéias e pela rigidez de seus princípios. Conservadores ou revolucionários, não percebem que o seu tempo já passou, e que os novos tempos são direcionados para a expansão da consciência através do processo de libertação de si mesmo pelo autoconhecimento.
Entre as sombras e a luz, preferem as névoas dos tempos medievais. Entre a libertação e a máscara de ferro, preferem a máscara encobridora da verdade sobre si mesmo. Entre a espada e a mão estendida ao próximo, preferem a desconfiança, o orgulho, o escudo e a espada...
Fiéis a uma época de ferro, sangue e fogo, não veem na energia libertadora do amor, valor que pertença ao código de valores de um guerreiro medieval. Seguem princípios norteadores envoltos pela energia do medo do outro e pela energia do ódio dissimulada no cenário de luta diária...
Contudo, mesmo sem perceberem, vida após vida, o desafio não mais da luta contra o irmão, mas o desafio da luta consigo mesmo, permanece latente, pedindo passagem, exercendo pressão de dentro pra fora do ego, exigindo libertação, luz e expansão...
Até quando os cavaleiros medievais do século XXI irão resistir, protegidos pelos seus símbolos de guerra?
Quando irão despertar dos calabouços, campos de batalhas ou de suas célebres marchas pelos campos e montanhas da velha Europa?
Quando irão despertar do orgulho das grandes conquistas ou dos traumas das humilhantes derrotas?
Quando iremos acordar para o fluir e a leveza da vida sem o peso da consciência de uma época em que imperou a face obscura do homem?
São questionamentos que estimulam os cavaleiros medievais do presente a continuarem as suas marchas rumo a horizontes repletos de novos desafios. Desafios que serão decisivos para uma nova derrota ou para a conquista definitiva da liberdade de consciência.
Psicoterapeuta Interdimensional.
flaviobastos
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |