COMO ANDA A SUA ÉTICA?
Atualizado dia 5/9/2007 2:28:30 PM em Autoconhecimentopor Andréa Oliveira
Na maior parte dos casos observei certa dificuldade das pessoas de se manterem firmes em suas crenças e convicções, quase sempre se deixando confundir por modelos sociais desconectados de valores e princípios mais nobres. O que vejo é a predominância da “lei de Gerson”, onde tirar vantagem é sinônimo de esperteza e aqueles que são honestos e pacíficos recebem facilmente o rótulo de “bobos” e “ingênuos”.
Tais atitudes demonstram que estes seres se encontram muito distantes de seu próprio centro e de seu verdadeiro Eu, revelando características de personalidade superficiais e que não refletem um senso ético bem definido. Notei ainda que existe uma grande sensação de que de alguma forma estão sendo oprimidos e podados pela vida.
Compreendo ética como sendo um conjunto de crenças, valores morais, regras de conduta, opiniões e sentimentos próprios de cada indivíduo; aquilo em que acredito que seja adequado ou inadequado, bom ou mau, agradável ou desagradável na minha ótica, independentemente do que pensam os outros.
É evidente que dentro de nós estão gravados os padrões estabelecidos pelo meio em que vivemos e são eles que auxiliam a boa convivência social e a manutenção da harmonia e da paz. A partir desses modelos elaboramos um código pessoal com as influências do meio familiar, educacional e outras vivências. Este código pessoal ou ética pessoal faz com que nos diferenciemos do mundo – apesar de nos sentirmos pertencentes a ele – orientando nossas ações para a realização do que é necessário para a nossa evolução individual.
A meu ver, essa falta de ética decorre de um enfraquecimento da auto-estima, gerado por sentimentos de incompreensão e desconhecimento de si mesmo. Assim, tudo aquilo que emerge do seu interior é visto com desconfiança e descrédito, valorizando-se sobremaneira o que é estimulado ou mesmo impelido pelo exterior.
Esse tipo de padrão geralmente se configura desde as vivências infantis, principalmente num meio familiar onde as estruturas se manifestam de modo bastante rígido e restritivo e com diversas informações veladas e truncadas. Nesses casos a criança não desenvolve uma compreensão clara de suas percepções, estabelecendo assim um estado de dependência e uma constante necessidade de aprovação do outro.
Certamente aquele que sabe seus limites e respeita suas necessidades e vontades, desenvolve princípios mais sólidos e assume uma posição social mais definida e com maior segurança.
O tema abordado aqui é bastante amplo, mas meu interesse é apenas questionar como estamos equacionando dentro de nós as influências que recebemos do mundo e as percepções advindas de nossa alma, que muitas vezes teimamos em encobrir. Aproveite este momento para analisar como anda a sua ética pessoal partindo das seguintes questões:
• Você tem acolhido com amor e sinceridade os ecos do seu coração?
• Em seu trabalho tem priorizado o sentido de equipe sem permitir ser manipulado ou massificado?
• Suas idéias e pensamentos estão sendo ouvidos e expressos naturalmente por você e pelo outro?
• Durante o seu dia existe tempo disponível para você?
• Em seus relacionamentos você age de forma submissa – idealizando o outro - ou busca uma interação de alteridade, reforçando a posição de igualdade entre os seres?
A Yoga estabelece um conjunto de disciplinas éticas que regulam o equilíbrio interior e nossa relação com o mundo denominado os “YAMAS e NYAMAS”.
O primeiro deles é a “A-RINSA” considerado como o carro-chefe por andar de mãos dadas com os demais, pois é o princípio que vem nos falar da não violência. Essa não-violência diz respeito às agressões físicas e morais dirigidas aos outros, mas principalmente nos sinaliza que precisamos nos tratar sempre de modo amoroso e acolhedor. E assim nos conduz a olhar mais para o que sentimos e pensamos diante das diversas situações do cotidiano, fortalecendo uma atitude mais coerente e sincera.
Então, primeiramente seja ético consigo próprio, pratique a “A-RINSA” e verdadeiramente se sentirá muito mais feliz, podendo conscientemente contagiar o mundo com essa energia.
Namastê! (O Deus que habita em mim saúda o Deus que habita em ti).
Se você quiser comentar o texto e trocar idéias é só escrever.
Texto revisado por Cris
Avaliação: 5 | Votos: 9
Conteúdo desenvolvido por: Andréa Oliveira Sou Pedagoga, Terapeuta Transpessoal e Mestre de Reiki Usui Tibetano. Faço atendimentos em Terapia Transpessoal, Reikiterapia, Tarô Terapêutico, e ministro cursos de iniciação em Reiki. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |