Como as vidas passadas podem atuar beneficamente na vida atual
Atualizado dia 21/05/2021 11:51:16 em Autoconhecimentopor Flávio Bastos
Na verdade, não há um fim, mas há um recomeço, mais uma fase de um processo vital na trajetória do espírito imortal, que muda de aparência física e identidade, mas a essência permanece a mesma na busca de um sentido para a vida.
Somos elos partidos de uma corrente que procura a ligação para dar significado a uma experiência vital sem tempo determinado ou data definida para o seu final. Viajantes do tempo e do espaço, vamos definindo e redefinindo o nosso próprio rumo de forma lúcida ou parcialmente lúcida, sem termos muita clareza do objetivo de nossa longa jornada. E entre uma e outra vivência na matéria, buscamos entender o significado e o sentido da vida, sem nos darmos conta de que passamos inúmeras vezes por essa experiência. Por isso, o autoconhecimento é um processo lento, que depende exclusivamente de nossa percepção mais apurada em relação a si mesmo inserido na extraordinária dinâmica da vida.
Nesta lógica, à medida que vamos apurando a percepção, mais informações de nossa desconhecida realidade existencial começa a emergir do inconsciente profundo para a luz da consciência, tornando o que era inacessível, um material pronto para a nossa devida elaboração autoconsciente. O acesso ao material de vidas passadas pode nos ajudar se as informações que fluírem da memória extracerebral, forem trabalhadas dentro de um contexto psicoterapêutico para que a experiência seja rica em elaborações.
As minhas experiências regressivas à vidas passadas foram enriquecedoras no sentido de compreender o motivo de certos hábitos, preferências e posturas de vida. A maioria das regressões ocorreram involuntariamente através da atividade onírica, numa sequência de aproximadamente sessenta dias, pra depois cessarem completamente. Com um facilitador, tive uma única experiência quando frequentava um curso de formação profissional da área da psicoterapia interdimensional.
Na primeira vivência pregressa, visualizei uma senhora idosa com traços indígenas, que me orientou a concentrar a atenção num tacho no qual mexia uma grande colher em movimento circular. À medida que concentrei o foco, fui transferido para uma vida na qual via-me como um índio da nação Sioux, que habitava o território que atualmente é os Estados Unidos. A minha tribo estava em guerra contra a invasão dos colonizadores em território sioux. Eu era um líder guerreiro, irmão do chefe guerreiro chamado Big Bear, e a minha missão de momento era liderar ataques às caravanas de colonos que passavam por terra indígena.
Numa estratégia -que depois fiquei sabendo que era usada pelos índios norte americanos- , ao cair da tarde, numa planície com vegetação alta e seca, ordenei aos guerreiros que ateassem fogo em volta do acampamento no qual a caravana iria passar a noite. À medida que o fogo avançava favorecido pela direção do vento, ao encontro dos acampados que estavam posicionados em círculo, começou a luta de flechas e lanças contra tiros de armas de fogo. E dessa forma, ocorreram inúmeros encontros sangrentos entre índios e colonos como descreve a própria história norte americana.
Com o passar do tempo, a guerra pelo domínio territorial dos índios, envolveu a cavalaria dos "caras pálidas" contra a resistência dos "peles vermelhas", e foi numa dessa batalhas que me vi montado num cavalo, e depois de muita luta, alvejado mortalmente por um projétil de arma de fogo.
O relato dessa primeira experiência regressiva, é para alertar sobre vícios comportamentais que carregamos desde a infância, sem termos uma compreensão de suas origens que podem estar num passado distante. Eu, por exemplo, desde criança não podia ver uma queimada de campo ou de mato, sem tomar a iniciativa de somar a outras pessoas no combate ao fogo, por mais arriscada que fosse a tentativa de controlar o incêndio. A experiência regressiva estabeleceu o elo de ligação entre um sentimento de culpa fixado no passado remoto e uma atitude compulsiva da vida atual, ou seja, "preciso apagar aquele fogo para que vidas humanas sejam salvas".
Portanto, a vivência estabeleceu a conexão entre duas vidas de um mesmo espírito, e a elaboração da experiência tratou de curar a ferida do remorso, ao conscientizar que a "estratégia" era um ato de resistência inserida na disputa entre dominação e afirmação de uma cultura milenar e de sobrevivência. A experiência também conectou o fascínio que a natureza selvagem exercia sobre a minha pessoa, e a forma "muito à vontade", ou seja, de integração neste ambiente natural.
Quando bem orientada por profissional capacitado, a regressão de memória extracerebral pode ser esclarecedora de situações de vida às quais não compreenderíamos se fosse através da psicoterapia tradicional, cujo limite esbarra na vivência intrauterina. Somos a consequência do que fomos, e essa longa história pode ser resgatada em benefício da autodescoberta.
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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva, Psicoterapia Reencarnacionista, Terapia Floral, Psicoterapia Holística, Parapsicologia, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |