Como crescer com Arte?
Autor Nilce Helena Gomes
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 09/11/2006 22:29:42
"Para ser grande, sê inteiro:
nada teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto
és no mínimo que fazes.
Assim, em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive."
Fernando Pessoa
Como ser inteiro? Pondo o quanto és no mínimo que fazes! Para ser inteiro, cres-
ças, em teu interior, busca-te: nas asas frágeis da borboleta que ao enfrentar, no
casulo, a escuridão, ao transmutar, usufruindo do néctar das flores, fecha suas asas
em símbolo de prece, agradecendo essa transformação; na rosa que precisou ser semen-
te, antes na terra com estrume, para depois perfumar jardins; no vento que sopra ve-
leiros para chegarem aos seus destinos; na água que escorre pelas faces quando vês
algo infinitamente belo ou covardemente rude; no fogo que ilumina o caminho, derre-
tendo a vela que cria imagens; na luz, os desenhos das sombras que o corpo traduz em
paredes caiadas de branco, sorrindo do que podes criar transformando sombrias for-
mas em claros contrastes; percebas como é possível, através de teu comando,dessa lu-
minosidade, tornar-te um gigantes ou um ponto no cículo de tua vida! Pinte pontos de
variadas cores nesse centro , vás esparramando até as bordas desse teu círculo construindo na tua mandala, o símbolo que te revela! Cresças cavando, teu inconsci -
ente com ferramentas que lhe são oferecidas, no caminho de busca da tua essência.
Este caminho, a princípio, vi parecer-te tenebroso, poderás até te sentir caindo
em abismo sem fim. Rodopiando, circulando, girando, até mergulhares e começares na-
dar em mar até, então, misterioso. Qual escafrandista em busca do que? Por quê? Pa -
ra que? Calma, respire, relaxe, nades lentamente e vá pegando o que achares interes-
sante, mesmo que receio te assuste ao ver algo que pensavas tão escondido no fun -
do deste lugar, no qual agora mergulhas. Encha tua rede de tudo um pouco, de pouco tudo. Voltes à superfície, respires fundo, inteiro!
Agora, esparrame o que encontras-te e, com paciência, observa o que trouxeste.Co-
loques de um lado o que amas, do outro o que até, então, causa-te estranheza. Tan -
tas coisas guardadas, tanto tesouro escondido, tantas crostas emergiram desse mer -
gulho. Feches os olhos, apalpe, sintas a textura áspera, macia, o incógnito, o des-
conhecido-"conhecido" que em aflição ainda não consegues perceber.
Perguntes: O que é isto? Aonde quero, agora, colocar? Agrada-te ou causa-te me-
do, ainda? A cada forma que vês, tente conscientizar-te! Servem ,ainda, para tí? Se achares que sim, aconchega em teu coração, teu lugar sagrado! se não te serve, dei-
xe que o vento leve, soprando qual folha que, seca, desprende-se da árvore, anti-
ga morada. Como vês, não é impossível, tornar-te inteiro! Crescer! Faça de tua vi -
da uma tela, na qual tú serás o artista , com as cores que escolheres, com as for -
mas que criares, com a profundidade que sua alma contém,com a perspectiva que tua
mente idealiza e que teu coração sente. Quando fores assiná-la, deixe que o Criador
o faça e serás recolhecido como o gênio artista que construiu finalmente uma obra prima, soubeste crescer com arte e criar tua própria vida..."Assim, em cada lago a
lua toda brilha, porque alta vive".
Avaliação: 5 | Votos: 12
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