Como é o fazer.



Autor Paulo Salvio Antolini
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 3/27/2012 11:00:24 AM
Como é o fazer.
Como é o fazer? Inúmeras são as vezes em que esta pergunta se repete em um consultório. E abre-se um leque de explicações e teorias para se responder o óbvio: Fazendo!
É simples assim, o que não significa, entretanto, que seja fácil. Muitas vezes as pessoas sabem o que devem fazer, mas não conseguem. A explicação? Muitas, mas uma das mais presentes é o conflito entre as forças inconscientes e as conscientes. Há uma energia mais intensa que faz com que as forças da vontade se enfraqueçam, impedindo assim, as ações na direção que se diz pretender. Nós temos muitos comportamentos e desconhecemos o que mantém a maioria deles e damos-lhes uma importância não aparente que pode mantê-los indefinidamente, tudo isso inconscientemente. Exemplo? A pessoa quer emagrecer, porém suas tentativas sempre se esvaem, não se obtendo resultado satisfatório, que é o de eliminar peso. Por trás desse não conseguir, pode estar o fato da pessoa, inconscientemente, achar que, enquanto for "gordinha", terá o amor e o "dengo" daqueles que a cercam. Então os "benefícios ocultos" acabam se tornando muito mais fortes e importantes para a pessoa, mesmo que ela não tenha consciência acerca do que ela diz querer.
Conhecemos muitas pessoas que são extremamente dedicadas, trabalhadoras e que, apesar disso, mesmo "sem reclamar", sempre expressam que a vida para si é muito difícil e que por essa razão as coisas não deslancham. Também inconscientemente podem estar justificando o porquê de sua vida não "dar certo" como os demais vêem e reconhecem que poderia, aí um sentimento de compaixão toma conta de todos e pronto: eis o benefício oculto sendo atendido.
Se as pessoas forem esperar, primeiro, identificar quais são as forças interiores que as estão mantendo no que dizem não querer, permanecerão longa data, talvez toda a vida, sem se modificarem. Nem todos podem ir a um terapeuta. Muitos não conseguem "mergulhar" nos meandros de seu inconsciente, então permanecem tal e qual estavam.
Vocês já disseram ou já ouviram dizer: "Não sei o que quero, mas sei o que não quero!"? A partir desta afirmação a pessoa, quando coerente, vai se afastando de tudo o que não quer, dando espaço para que surja, com muito mais força, aquilo que busca. Podemos dizer que, mesmo sem saber o que nos leva a assumir alguns comportamentos, se nos determinarmos, poderemos começar a mudá-los, mesmo que não tenhamos todo o entendimento do ocorrido.
É o fazer! O transformar a "força de vontade" em algo maior que os fatores inconscientes que atuam, enfraquecendo nossas atuações ou intenções. Importante alertar para o fato de que, como são fatores inconscientes e que nós somos nossos próprios sabotadores, quando estamos firmando uma situação, surgimos com outra nova que tenta jogar por terra todos os esforços feitos. A determinação, a persistência, a consciência real do seu querer é que vão fazer com que se persista no que foi proposto.
Fazer é ir dando um passo após outro passo, superando os obstáculos e tomando consciência de que existe um amanhã que será diferente do hoje e, para melhor, pois será para o que nos propusemos. A insegurança é também um dos principais fatores que atuam "na surdina", pois se não fazemos, não nos deparamos com o novo, com o desconhecido, com o inesperado, mesmo que imaginado.
Portanto, se você quer realmente modificar algo em você, em sua vida, defina bem o que quer e inicie o movimento, sem se deixar abater pelos temores que poderão surgir e sem desanimar pelos "esquecimentos", pois este é um dos recursos que utilizamos para nos boicotar.
O mineiro diz assim: "Fazer é fazer, uai!" e é isso mesmo. Faça! Descubra o que é realmente importante e ponha mãos à obra em sua vida!









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