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Como lidar com o abuso

Atualizado dia 26/09/2024 23:45:23 em Autoconhecimento
por Patricia M. Barros


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Como lidar com o abuso? É difícil, dolorido, não é um processo fácil ou rápido. Este artigo tem como objetivo apenas oferecer algumas reflexões ou direcionamentos, mas é claro que em casos de abuso a terapia é recomendável.

Em primeiro lugar é essencial o fortalecimento da autoestima, o fortalecimento do ego. É muito importante que aos poucos a vítima do abuso passe a se sentir uma pessoa mais forte, mais centrada. Então ela(e) pode chegar a pensar “eu sou maior do que o que me aconteceu”.

É muito comum que a vítima se sinta culpada, mas é claro que não tem culpa de nada. Também é comum que a vítima diga “sinto-me suja(o)”. É evidente que não há motivo para sentir-se assim, é o outro que agiu de maneira reprovável. Os sentimentos e pensamentos da vítima devem ser validados, mas é importante olhar para si mesma(o) com amor.

Também pode ser útil encarar os fatos com algum distanciamento. Afinal, a vítima já não é mais aquela pessoa que um dia foi. É uma pessoa diferente, talvez mais madura, mais forte. E, como já foi observado, é essencial olhar para o “eu” do passado com carinho, com amor. Assim aos poucos pode se tornar possível deixar ir.

Outra reflexão fundamental: “a negatividade é do outro, não é minha”. Este insight é libertador.

Em casos de abuso, é claro que a raiva é legítima e até mesmo necessária, pois é uma maneira natural de reagir a algo que não é aceitável, é uma maneira de exteriorizar a emoção. Bater em um travesseiro, fazer exercícios físicos, escrever e depois queimar o papel em que se escreveu são algumas maneiras recomendáveis de exteriorizar a raiva.

Depois de um longo processo de fortalecimento interior e de lidar com a dor e a raiva chega o momento em que é preciso deixar ir os sentimentos negativos que ainda podem estar presentes. Sim, deixar ir é necessário, pois estas emoções são venenos, corroem interiormente quem as sente.
Em certas situações a palavra “perdão” pode parecer descabida, pode soar como se o que o outro fez fosse justificável, aceitável.
Não, o perdão é apenas deixar ir os sentimentos negativos.
“Deixar ir” pode parecer uma expressão mais aceitável. Deixar ir porque a vítima não merece se sentir mal, deixar ir porque é melhor focar no ser de luz que a vítima é…
Deixar ir porque, como já se observou anteriormente, a negatividade não é da vítima, é do outro. É melhor deixar com o outro o que é do outro. E se for possível olhar para o(a) agressor(a) com os olhos da centelha divina que existe em cada um de nós, ótimo. Enquanto isso não for possível, tudo bem, os sentimentos de raiva e dor são válidos.
Texto Revisado



 

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Conteúdo desenvolvido por: Patricia M. Barros   
Sou jornalista e advogada. Atualmente sou funcionária pública e estudante de psicologia e psicanálise. Sempre me interessei por questões que envolvem comportamento e o desenvolvimento pessoal. Espero contribuir um pouco para o bem-estar e felicidade de algumas pessoas!
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