Como sobreviver com a eterna sensação de que não se dará conta do que a vida vier a nos propor como desafios?

Autor Ingrid Monica Friedrich

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 4/9/2025 8:13:15 PM

Como sobreviver com a eterna sensação de que não se dará conta do que a vida vier a nos propor como desafios?

Quem vive com crises de ansiedade ou com o receio de ter um surto de pânico, sabe bem como isto é limitante.

Muitos foram criados com a frase: deixe que eu faço porque você não dará conta, não sabe fazer por tutores impacientes demais para ensinar e esperar que a criança consiga por ela mesma, e pior, às vezes depreciavam o resultado da hesitação daquele que inicia o fazer algo, como amarrar seu tênis, esquentar uma comida.

Criança que cresce como um adulto inseguro, que acredita que não dará conta, que não faz nada certo, que não tem méritos.

E o medo de ir para a vida se torna acumulativo, a cada vez que vai e se machuca, a ponto de ficar paralisado, não vai mais por receio de não dar conta, nasce o pânico, até mesmo de sair de casa: o mundo é muito perigoso, não saberei responder aos desígnios da vida.

Triste: uma pessoa que foi morta em vida, ainda pequena, pela perda de autoconfiança e fé.

E como se recuperar deste receio da crise de pânico, a arritmia, a sensação de desmaio iminente, parada respiratória, a total impotência em preservar a própria vida?

É tendo a coragem de testar, pouco a pouco, os próprios limites, adquirir confiança na sua habilidade de dar conta.

Não consegue fazer algo sozinha, chamar alguém de confiança e compreensivo para lhe acompanhar e tomar as rédeas da situação se necessário sem reproduzir a atitude dos tutores de desprezo.

Depois, vai sozinha e se testa, como alguém que exercita sua musculatura, primeiro para poucas repetições, depois aumentando o percurso, de poucos metros para quilômetros, subir um lance de degraus para uma escadaria.

Assim, vai adquirindo a confiança de que se dará conta das dificuldades naturais, normais da atividade e depois das inesperadas, sem sinal da sensação inicial do receio preventivo do instinto de sobrevivência, de não dar conta da tarefa, mesmo que para outros esta pareça banal.

Recuperar a sensação de potência, de fé em si mesmo, a ponto de adquirir vontade de fazer o que antes causava receio, venha espontaneamente.

A síndrome do pânico, não foi curada, ainda estará lá, como gatilho, mas desarmado, apesar dele, se transcendeu o medo, por ter desenvolvido estratégias internas para reduzir e deixar passar os sintomas, que tendem a possuir quem as sente, sem domínio.

Que vitória é para alguém que tem crises de pânico aprender a se dominar perante as mesmas, e seguir em frente, com receio mesmo, pois sabe que não precisa dar conta de nada, pode falhar, se sentir mal, que não há vergonha nisto, e que sempre haverá alguém humano, empático para lhe socorrer se necessário ao invés de ridicularizá-lo.

Poder confiar na humanidade alheia é um dos desafios de quem sofre crises de pânico, seu momento mais vulnerável, o receio da morte iminente, apesar de que ninguém morre de pânico, ele passa tão rápido quanto chega, mas causa uma exaustão emocional absurda, uma exaustão orgânica que leva horas a ser revertido.

Nunca despreze alguém que luta contra o receio de ter uma crise de pânico só porque nunca esteve num estado tão limítrofe como este, pois pode estar condenando esta pessoa a uma morte em vida, uma reclusão dentro de seu próprio corpo, ou de seu quarto.

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Ingrid Monica Friedrich
Ingrid M. Friedrich (CRT 44680) Atua com Psicoterapeuta Alquimista e Junguiana- Conselheira Metafisica, Mediúnica e Profissional-Terapeuta Breve-Lado Sombra, Reprogramação Autoimagem, PNL, e técnicas em sincronícidade, como facilitadora no processo do autoconhecimento, em busca de melhor qualidade de vida.
E-mail: Friedrichim@terra.com.br | Mais artigos.

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