Compreendendo o Livre-Arbítrio
Atualizado dia 30/06/2022 19:21:56 em Autoconhecimentopor Rodrigo Durante
A grande maioria das pessoas vive hoje em um estado de estresse e pressão psicológica quase que constante, lidando com seus medos, vergonhas, carências, limitações e desejosas de algo que traga a elas algum sentido, segurança, preenchimento e satisfação. Pergunto então: se ninguém conscientemente escolhe passar por doenças, perdas, dificuldades e sofrimentos, nestes casos, que escolhas estão sendo feitas, então?
A resposta está implícita na própria pergunta: ninguém está suficientemente consciente para escolher, ou sequer sabe quando, como e o que está escolhendo. A primeira grande sacada sobre o Livre-Arbítrio vem desta simples conclusão: é preciso estar consciente para poder verdadeiramente escolher, do contrário estaremos sempre andando em círculos, com nossos padrões e programações escolhendo a vida para nós.
Infelizmente, ao longo dos últimos milênios, o ser humano direcionou sua vida em sociedade para a busca de satisfações exteriores, iludidos com as aparentes escolhas que pensam fazer. Uma vez porém que tudo o que nos move hoje são nossas reações emocionais pessoais e crenças coletivas, somos todos guiados pelo emocional inferior e desejos fomentados pela política, indústria e modelos de perfeição. Assim, o Livre-Arbítrio neste estágio é apenas uma ilusão de Livre-Arbítrio, já que nossas escolhas neste nível são automáticas e parte do jogo kármico em que todos se encontram.
Em algum momento de nossas vidas, porém, percebemos que estamos presos em um ciclo: sofrimentos recorrentes e preenchimentos com satisfações fugazes que logo desaparecem em mais vazios e desejos, impulsionando-nos a logo repetirmos o mesmo processo. Assim, percebendo este padrão em nós, podemos fazer nossa primeira escolha consciente em muitas encarnações: sair deste aprisionamento psicológico trazendo a nossa atenção para nosso Espírito, buscando dentro de nós mesmos a origem e verdade de quem somos.
A esta percepção e abertura damos o nome de Despertar. Nossa alma então começa um processo de resgate de todas as nossas partes que se prenderam em situações ao longo do nosso caminho e que hoje estão em nosso inconsciente escolhendo por nós. Conscientes deste fato, passamos a ver os acontecimentos em nossa vida como oportunidades para reconhecermos nossos padrões em desalinhamento com o Ser, compreender as consequências das nossas escolhas passadas e reintegrar os fragmentos da nossa alma.
Nesta fase de regeneração, torna-se mais claro que o universo está cuidando de nós e tudo o que precisamos para cumprir nosso propósito vem sem necessidade de estratégias ou esforço. Percebemos que o "fazer", quando desvinculado do "ser", estará apenas obedecendo à orquestração kármica, à manifestação dos desequilíbrios que alimentamos até então. Nossas escolhas nesta fase se resumem a aceitar ou rejeitar tudo o que nos acontece, cada uma trazendo uma consequência: seja a cura ou a permanência na mesma lição. Assim aprendemos então sobre a Aceitação Incondicional, sobre reconhecer o Divino em nós, sobre confiar e entregar!
Seguindo neste processo que pode durar alguns dias, anos ou mesmo encarnações, vamos nos alinhando com nosso Eu Superior e recuperando a consciência perdida, incluindo cada vez mais a Luz e Consciência do nosso Espírito em nossa percepção de quem somos e do que a vida é. É somente a partir desta consciência que nossas escolhas começam realmente a ser livres de sofrimentos, negatividades e outras influências, podendo ser chamadas de Livre-Arbítrio. Escolhas reativas não desfrutam do nosso direito ao Livre-Arbítrio, sendo apenas parte de um processo kármico que está se desenrolando.
O Livre-Arbítrio está disponível a todos, mas só o utiliza quem está consciente. E de dentro dos nossos dramas, a única escolha consciente é sair da ilusão!
Em Paz,
Rodrigo Durante
Muitas escolhas estão sendo feitas inconscientemente a cada julgamento que proferimos, a cada reclamação ou acusação que fazemos, a cada desculpa que inventamos, a cada impossibilidade que acreditamos, a cada desejo material/sensorial que alimentamos. Todas elas vibram na mesma sintonia: permanecer no sofrimento e ilusão.
Texto Revisado
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