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Compreensão do carma: interagindo com as leis espirituais

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Autor Merit Rabanés

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 5/28/2006 3:30:18 PM


Maria se casou quando ainda tinha 16 anos, grávida, apaixonada e cheia de esperança na vida.
Sua mãe, dona de uma sensibilidade aguçada, não via com bons olhos o amado da filha e sempre se colocou contrária ao casamento.
O que a mãe de Maria fazia era pressentir os infortúnios que sua filha precisaria passar.
João, seu marido era caminhoneiro e levavam uma vida simples e feliz.
O primeiro filho nasceu e, “do nada” João passou a se embebedar.
O segundo filho nasceu e João continuava bebendo, arrumando confusões, trazendo dor e sofrimento para dentro de casa.
O terceiro filho nasceu e João, alcoólatra e desempregado, sem saber como enfrentar os obstáculos da vida passou a agredir os filhos e a mulher, agressões físicas e verbais difíceis de aceitar e compreender.

Há vinte e dois anos atrás encontro Maria trabalhando como empregada doméstica de uma consulente minha. Essa cliente, embora não tivesse graduação superior, e atenta à inteligência de Maria, sempre a incentivava a retornar aos estudos.
Maria dizia que se fosse à escola, certamente seria morta pelo marido, que não conseguia nem admitir o seu trabalho honesto.

Curiosa com o Tarô, com as notícias de sua patroa, que sempre mostrava os resultados do oráculo, Maria quis perguntar sobre a vida dos filhos e sobre a saúde do marido. É inacreditável observar como um fígado consegue sobreviver às sessões diárias de pura pinga. João adoecia, mas logo que melhorava corria para a bebida.

O oráculo mostrou que seu primeiro filho se casaria porque engravidaria uma jovem; que o segundo, embora fosse uma pessoa trabalhadora, não quereria estudar porque não encontrava exemplos na família, de pessoas que tivessem sido bem sucedidas em razão da formação; que o terceiro se envolveria com criminosos, porque revoltado e sem um norte seguro; que o marido dificilmente se livraria do alcoolismo, porque teimoso e descrente; e que ela, em breve, retomaria os estudos e se formaria em algo relacionado com justiça e compreensão. Embora o tarô mostrasse o Direito como o curso certo, Maria assegurava que preferiria Psicologia, porque não teria condição de ser justa, tendo ela mesmo, ao aceitar a agressão do marido aos filhos, sido absolutamente injusta e covarde.

Maria agradeceu a previsão, mas disse – muito sinceramente – que, quanto aos filhos até poderia ser verdade, mas quanto a ela... Não tinha como prosperar com o marido que tinha.

Sua patroa a incentivava também a se separar de João, mostrando-lhe que ela faria um bem a si mesma e aos filhos, já que todo o sustento da casa vinha de seu trabalho.

Maria era irredutível na questão de separar-se. Disse que quando se casou, fez sofrer sua mãe por não lhe ter dados ouvidos e que “merecia” o sofrimento que estava passando.

Pouco tempo depois seu primeiro filho engravidou a namorada com quem foi forçado a se casar. Hoje ainda estão juntos e têm três filhos.

O segundo trabalha com lixo reciclável e ainda não se dispôs a voltar aos estudos.

O terceiro filho encontrou um meio fácil de ganhar dinheiro “passando” drogas, foi preso, cumpriu pena. Hoje estuda e tenta conseguir um trabalho.

Maria viveu até o último minuto com o marido doente. No dia seguinte ao enterro, procurou uma escola próxima de sua casa, para ver a possibilidade de se matricular num curso supletivo. Hoje é formada em Direito, advoga e também é funcionária de uma prefeitura do Grande ABC Paulista. Só quem viu o rosto de sofrimento de Maria consegue entender seu olhar de felicidade.

A ex-patroa de Maria é sua amiga e está fazendo faculdade de Psicologia: a exemplo da ex-empregada acredita que pode ter oportunidades que antes não reconhecia como necessárias para sua vida sem dissabores.

Compreender o carma não significa, exatamente, que você tenha que se obrigar a viver com alguém que te espanca, que te humilha. Ao contrário: no exato momento em que você passa a conhecê-lo, passa também a querer a libertação e pode fazer o que for de direito para tanto.

Maria, entretanto, ao aceitar viver com o marido agressor, interagiu com o próprio carma, apesar das dores, expiou faltas do passado, porque seguia – por intuição – um plano traçado por seus superiores para a recuperação da auto-estima do João.

Ela e os três filhos há milênios atrás foram algozes cruéis do João. Não foi à toa que ele passou a se alcoolizar quando do nascimento do primeiro filho. Inconscientemente, encontrou na bebida uma maneira ilusória de fugir de seu velho inimigo.

As coisas acontecem e, se não podemos saber sua origem, sempre podemos compreender, aceitar, relevar as atitudes insanas daqueles que nos acompanham nesta jornada; sempre podemos nos separar, nos apartar do mal. É justo que uma mulher agredida queira se separar do marido agressor; ficar com ele não vai minimizar seu sofrimento se não houver compreensão, se houver revolta.

João ainda se encontra “perdido” nas dimensões inferiores da crosta terrestre.

De vez em quando as preces de Maria lhe chegam como refrigério para a alma cansada.

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