Concentre-se no momento presente!
Atualizado dia 2/4/2023 10:50:30 PM em Autoconhecimentopor Maria Lúcia Pellizzaro Gregori
Se ele não respirar ele não sobrevive.
Existem coisas simples às quais não prestamos atenção. Talvez por serem simples elas deixam de ser percebidas. Respirar é uma delas.
Observe como a circulação do ar que entra e sai do nosso corpo se modifica de acordo com o momento que estamos vivendo.
Quando estamos aflitos, ansiosos, nossa respiração fica na parte alta do peito e mais acelerada.
Quando estamos calmos, mais relaxados, nós respiramos num ritmo também calmo, sereno e na verdade, nem percebemos que estamos respirando.
A atenção ao comportamento do nosso corpo pode nos dar sinais significativos de como estamos não só fisicamente mas também emocionalmente.
Nós precisamos desenvolver nossa capacidade de auto observação e de observação ao nosso em torno, o que nos favorece e muito.
Somos o tempo todo despertados por estímulos externos que geralmente nos levam a uma ação relacionada a eles. Quando somos atingidos por alguma crítica que não nos agrada, por exemplo, imediatamente “re-agimos” no tom em que fomos atingidos. Esses são momentos muito importantes diante dos quais devemos ficar atentos para nos conhecermos um pouco mais quando somos contrariados.
Quando reagimos no mesmo tom, nós deixamos de lado nossa posição autocentrada e entramos na energia do outro, perdendo assim uma grande chance de sermos nós mesmos, de nos colocarmos sem a influência negativa do que acabamos de receber.
Precisamos aprender a agir e não só a “re-agir”.
É preciso respirar conscientemente num momento como esse e em tantos outros semelhantes. Vamos aprender a segurar por alguns segundos nossa manifestação de resposta, fazendo uma respiração que equilibre as emoções que saltam com força em nós. Podemos inspirar num tempo mais curto e expirar num tempo mais longo. Inspirar pelo nariz, por exemplo, contando de um até três e expirar pela boca contando de um até cinco. Fazendo isso algumas vezes nós vamos conseguir uma pacificação mental suficiente para que tenhamos uma ação independente, vinda de nossos próprios conceitos e não uma re-ação subjugada a um impulso sem controle. Prestando atenção à nossa respiração durante alguns minutos nós saímos da atenção às nossas preocupações.
Essa prática deve ser feita diariamente, ela pode anteceder a momentos de meditação que, embora a meditação não tenha exatamente essa finalidade, ela favorece nosso equilíbrio, nosso centramento, traz paz interior e nos conecta com energias sutis, trazendo-nos inúmeros benefícios.
Devemos observar a importância de termos foco, de sermos velejadores do nosso próprio barco, de estarmos atentos às nossas capacidades e às nossas fragilidades para que tenhamos um controle saudável diante das circunstâncias da vida.
Desenvolver uma disciplina respiratória crescente fará com que tenhamos um autocontrole que nos beneficiará sempre, levando-nos até a possibilidade de iniciarmos um trabalho meditativo, silencioso, progressivo, surpreendente, dependendo apenas de um treinamento constante.
É de extrema importância estarmos com atenção máxima no que está acontecendo no momento. Se desfocamos nossa atenção deixamos de agir com a plenitude que poderíamos agir se estivéssemos atentos ao momento presente.
O autoconhecimento nos dá a oportunidade de detalharmos nossa personalidade, nossos incômodos diante disso ou daquilo, nos mostra do que somos capazes e nos favorece a viver na nossa realidade proporcionando-nos uma chance de sermos pessoas melhores a cada dia.
Sendo pessoas melhores viveremos mais próximos do prazer e encontraremos infinitas possibilidades de autotransformação, o que favorece não só a nós mas, por afinidade energética, a toda a humanidade.
Atenção!
Respire!
Encontre-se!
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