Congelamento e Quebra do Congelamento da Consciência
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Autor Marcos Spagnuolo Souza
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 12/25/2007 10:26:00 PM
Congelamento em uma Probabilidade
A percepção da consciência congelada em um nível específico possui como causa a imanência ou aderência em determinadas representações onde à própria consciência renuncia os saltos descontínuos não lineares não se deixando levar pelo processo natural da lei da entrópica que parte da baixa entropia para alta entropia atingindo a entropia nula, partindo da baixa complexidade para a alta complexidade da consciência.
Enquanto a consciência estiver sintonizada com o tridimensional que representa o nosso mundo finito de pensamentos e emoções, a consciência não experimentará nenhuma mudança substancial e muito menos terá percepção das infinitas possibilidades naturais da consciência. O condicionamento está na própria estrutura da consciência em se apegar a uma realidade como sendo a única possibilidade existente negando outras possibilidades. O condicionamento nos leva acreditar que o mundo é uma coisa absolutamente normal e evidente levando-nos a dormir para sempre o sono encantado do cotidiano.
A estrutura da consciência elabora uma organização própria para vivenciar o tridimensional e nega ou não reconhece outros estímulos que a possibilitaria elaborarem outros níveis de percepções e consequentemente a elaboração de outras organizações para experienciar dimensões com entropias complexas. A causa fundamental da inconsciência é o apego a uma referencia estrutural da consciência a um universo com baixa entropia, ou seja, a dimensão sintrópica. É esse condicionamento que faz surgir e ressurgir o homem hilotrópico.
O apego da consciência ao Universo tridimensional é o responsável pelos comportamentos repetitivos congelando a existências de outras possibilidades. Devemos descobrir o nosso condicionamento e trabalhar no sentido da conscientização das outras infinitas possibilidades. Quando tivermos sintonizado com o nosso mundo finito de pensamentos e emoções, não experimentaremos nenhuma mudança substancial em nós mesmos e muito menos no universo em nossa volta. É a nossa consciência que causa o condicionamento, ou seja, a propensão de perceber apenas o que percebia antes. Uma propensão para responder a estímulos de modo como já eram respondidos antes é a causa do condicionamento e este condicionamento nos torna indivíduos, ou seja, um ser separado de todas as possibilidades existentes na Consciência Cósmica.
Goswami explica a causa do condicionamento dizendo que: “Quando um estímulo é apresentado à estrutura da consciência ela reproduz a velha memória, ou seja, elabora representação correspondente com as informações que possui. Essa interação repetida de medições ocasiona uma mudança fundamental na estrutura e ela perde seu caráter regenerativo vivendo em torno de sua auto-referência. A conseqüência é que um estímulo novo, ainda não aprendido é desconhecido”. (2007, p. 227)
“O aprendizado (ou experiência anterior) predispõe a estrutura da consciência para aceitar ou reconhecer apenas os impulsos harmônicos com suas auto-referências. Com o aprendizado, as respostas condicionadas começam gradualmente a ganhar mais peso sobre as outras. Este é o processo de desenvolvimento do comportamento condicional, aprendido, da mente do indivíduo. Uma vez aprendida uma tarefa, em todas as situações que a envolvam, estará presente em quase 100% a probabilidade de que uma memória correspondente desencadeie uma resposta condicionada. Com o aprendizado, a probabilidade de uma resposta condicionada é crescentemente aumentada, até no limite de uma experiência infinitamente repetida, tornando a Consciência Humana presa aos limites do seu condicionamento”. (GOSWAMI, 2007, p. 227)
A partir do momento que uma criança nasce numerosos programas aprendidos se acumulam e dominam o comportamento fazendo a consciência esquecer que respostas não condicionadas estão disponíveis para novas experiências criativas. O condicionamento a específica realidade faz com que a potência criativa da estrutura da consciência deixe de ser usada e a hierarquia entrelaçada dos componentes interatuantes torna-se, na verdade, uma hierarquia simples de programas aprendidos. Nesse estágio a consciência não localizada a um determinado corpo é eliminada; a consciência assume o “seu” corpo como sendo um ser separado, individual onde as coisas aprendidas representam à única verdade e todas as outras possibilidades da consciência ficam retidas no nível inconsciente.
Malin (2003) salienta que a consciência humana possui sua própria capacidade criativa. Não há entidade que permaneça idêntica de um momento para o seguinte. Temos a impressão de igualdade no tempo simplesmente porque cada consciência humana elabora formas similares em decorrência dos seus condicionamentos, no entanto, a própria natureza nos mostra que mesmo as partículas elementares não mantêm uma linha de identidade no tempo.
Greene (2005) ressalta que devemos aceitar que a realidade conhecida é apenas uma leve cortina que nos oculta a rica e espessa textura do tecido cósmico. A descoberta de dimensões adicionais revela que a totalidade da experiência humana nos manteve completamente alienados de um aspecto básico e essencial do universo. Mesmo as características do cosmo que pensamos ser imediatamente acessíveis aos nossos sentidos não o são, necessariamente. Nós, seres humanos, só temos acesso às experiências internas da percepção e do pensamento. Como podemos, então, estar certos de que essas experiências internas refletem verdadeiramente o mundo exterior?
O congelamento da consciência, em síntese, é decorrência lógica dos arquétipos teológicos, sociais e principalmente do mecanicista em refletir sentidos ou significados que invalidavam totalmente o aspecto autopoiético da estrutura da consciência.
O paradigma autoreferencial implica na análise dos condicionamentos buscando o movimento natural da consciência pela própria consciência em um processo de quebra de congelamento.
Quebra do Congelamento Vivencial da Consciência
Para romper com a existência condicionada da consciência a própria consciência precisa identificar com certa precisão o que está acontecendo na vida diária, reconhecer, talvez dolorosamente, que a vida tem sido o apego as percepções.
Podemos nos libertar do bloqueio saltando para fora do sistema de representação, para fora da ordem materialista da realidade. A consciência deve funcionar fora do mundo matéria, a consciência deve ser transcendente, não local.
“Saltar para fora do sistema cerebral é aceitar o desconhecido, o inesperado, o imprevisível com abertura para tolerância e diálogo. É perceber subjetivamente o mundo que nos cerca e reagir a ele percebendo o próprio ser humano numa perspectiva integral. É ter consciência que podemos ser corpo, mas também energia, pois, a nova física a partícula (matéria) é onda (energia vibratória) e a onda não é diferente da partícula. Somos seres interligados uns aos outros, com o meio ambiente e com o cósmico. Não podemos forçar saltos quânticos usando qualquer manobra condicionada. Por isso, atacamos sistematicamente o condicionamento” (GOSWAMI, 2007, p. 274).
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