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Conheça seus sabotadores internos

Atualizado dia 5/26/2017 11:14:49 AM em Autoconhecimento
por Alex Fagundes


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Você já percebeu que muita coisa que tenta fazer dá errado? Aí algumas pessoas falam em autossabotagem (que palavra que ficou estranha com a nova ortografia...) e parece que está tudo explicado, certo?
Errado! Qual a utilidade em saber que se sabota e não conseguir entender como você faz isso? Nenhuma pessoa acorda pela manhã e decide destruir seus próprios planos. Que mecanismo inconsciente faz com que destruamos nossos planos antes deles funcionarem?
Existem diversas formas de explicar, todas são muito boas. A mais simples e clara foi a que está no livro de Shirzad Chamine - Inteligência Positiva. Ele analisou o motivo pelo qual apenas 20% das pessoas alcançam seu potencial.
Todos nós desenvolvemos os sabotadores durante a infância - eles são universais - para sermos aceitos, amados, reconhecidos e sobrevivermos as ameaças. Quando chegamos à idade adulta, eles tentando nos ajudar nos atrapalham. Sabotadores são padrões mentais automáticos que tentando lhe ajudar trabalham contra você.

O primeiro passo para que eles parem de lhe atrapalhar é conhecer cada sabotador. Assim você vai saber quando é você pensando ou a vozinha do sabotador. Eles foram divididos em 10 sabotadores para melhor compreensão de como trabalham!

Quem são eles e como agem?

Crítico - o sabotador onipresente

O crítico é o único sabotador que está presente em TODAS as pessoas. Enquanto por um lado ele lhe auxilia a se preparar para situações arriscadas, ele também atua procurando defeitos em você, nos outros e nas situações. Isso faz com que você se sinta inadequado, errado e indigno de receber amor e realizar seus objetivos. Por vezes o fazendo atuar como um crítico dos outros para sentir-se melhor. O resultado é gerar a maior parte de sua culpa, ansiedade, estresse, raiva, decepção e vergonha.

Para se manter trabalhando e necessário para você, o crítico afirma uma grande mentira: sem ele você ou os outros se tornariam preguiçosos sem ambição. Eleoe relembra mil vezes que você não é digno de amor sendo quem é. Como se você fosse incompleto ou indigno de amor e aceitação. Dessa forma, estamos constantemente procurando ser amados e receber aquele amor se formos bonzinhos, se formos bem sucedidos etc... O que equivale a receber uma cenoura por bom comportamento como resultado de um amor condicional e não um amor verdadeiro.

Os cúmplices:

O insistente

O insistente é aquele sabotador que precisa de ordem e organização extremas. O que leva o perfeccionismo ao extremo. Deixa as pessoas ao redor exaustas e o seu emocional drenado na ânsia de perfeição na busca de altos padrões. Esta necessidade de perfeição inatingível gera uma frustração constante por nunca chegar perto da perfeição no que faz. A mentira em que ele acredita é que o preço pago pelo perfeccionismo é sempre bom e não é muito alto.

O prestativo

O sabotador bonzinho. Obriga-o a ser bonzinho e ajudar, agradar, cuidar e elogiar os outros constantemente. Assim, você perde de vista suas necessidades e acaba ressentido. E mais, deixa os outros dependentes de você.
A mentira que ele conta é que faz isso por ser o certo e bom, quando, na verdade você está fazendo isso como forma de ganhar afeto, aceitação e atenção de forma indireta.

O hiper-realizador

Esse sabotador faz com que você fique dependente de desempenho e realizações frequentes para reconhecer-se como alguem digno. Acaba baseando-se no que os outros pensam de você e no sucesso exterior ao invés de prestar atenção em como se sente e em sua própria felicidade.
Costuma ser dependente do trabalho e mente para si mesmo ao acreditar que você vale pelo seu desempenho e pelo reconhecimento dos outros.

A vítima

A vítima acredita que se você for o sofredor ou de mártir você vai ganhar atenção e cuidado. Desta forma, você foca de forma exagerada em seus sentimentos, de preferência com os dolorosos. O resultado desse sabotador é que os outros em volta se sentem frustrados por nunca conseguirem lhe ajudar a se sentir feliz por muito tempo. O que faz com que cansem e você alimente ainda mais esse sabotador.
A vítima se acha nobre por sentir sua dor e o pouco amor que recebe e o modo como os outros ficam compadecidos faz com que ela se sinta reconhecida e aparentemente bem-sucedida. Porém, ela sufoca sua raiva, se emburra e se autoflagela constantemente sempre que suas demandas não são atendidas. Acabando por se sentir sempre infeliz, abandonada e triste.

O hiper-racional

O hiper-racional costuma fazer com que você seja visto como frio e arrogante. Justamente por valorizar em excesso o conhecimento, a razão e o entendimento. Por trás desta casca, está um certo medo em perceberem seus sentimentos mais profundos. Os quais você deixa transparecer quando fala de ideias e objetivos.

Esse sabotador aprendeu que é valorizado apenas quando mostra seu conhecimento e escondeu-se nessa casca evitando se magoar por expor seu íntimo. Dessa forma, sente-se sozinho, frustra-se com pessoas que agem pelas emoções e evita relacionamentos profundos. Foca na análise ao invés de experimentar sentimentos. Assusta as pessoas com a mente analítica. E isso por mentir a si mesmo que a mente racional é o que importa e querer protegê-la a todo custo.

O hiper-vigilante

Esse sabotador coloca steu foco em tudo o que pode dar errado. E como está cuidando o que dá errado, precisa estar atento e vigilante sempre, ou seja, ansiedade no último grau.
Faz com que você acredite que está sempre sendo julgado e ameaçado. Acredita também que os outros irão estragar tudo. Assim, gasta uma energia que poderia ser usada de outras formas mais produtivas. Perde credibilidade pois vê perigo onde não existe e os outros aos poucos começam a evitá-lo.
A mentira que esse sabotador conta pra você é que a vida é cheia de perigos e que precisa ficar alerta.

O inquieto

O inquieto sempre procura algo para evitar estar presente e vivenciando cada momento. Ele busca sempre novas atividades para assim evitar focar no que realmente importa. Está sempre buscando emoção na próxima atividade e nunca consegue estar em paz e satisfeito com o que faz no momento.

Assim, você fica impaciente com o que acontece por querer saber o que vai acontecer depois. Também lhe faz sentir medo de perder experiências que sejam melhores do que as atuais. Imagine como seria se você vivesse o agora e perdesse aquelas mil coisas fascinantes que ainda não ocorreram.
O inquieto justifica suas sabotagens pois, para o que ele acredita, a vida é curta demais e precisa ser vivida intensamente. Se ele não fizer isso ele pode perder algo. Porém, quando age assim, ele perde os momentos mais importantes.

O controlador

O controlador se sente no fundo magoado e rejeitado e para se proteger desse sentimento, ele aprendeu a deixar tudo sob seu controle. Quando as coisas acontecem fora de seu controle e planejamento ele se sente ansioso e perdido.

Para evitar esses sentimentos, ele assume responsabilidades na vida, o controle de tudo que é possível para sentir-se aceito e reconhecido. Age de forma confrontadora e direta, sempre orientado aos objetivos sem perceber o sentimento dos outros.
Esse sabotador diz para você que sem ele e sem forçar as pessoas você não conseguiria nada. Lhe diz que se você não controlar, será controlado e isso é insuportável. O que ele não consegue entender é que não é possível controlar tudo e quando se depara com essas verdades ele se frustra e fica ansioso.

O esquivo

O sabotador esquivo quer que você só sinta prazer e sinta-se bem. Assim ele foge de conflitos e nunca diz o que deseja realmente. Lhe impede de dizer não, age de forma passiva agressiva para evitar confronto e conseguir manter a suposta paz.
Ele faz você reprimir raivas, ressentimentos para não se incomodar. Não aprendendo com as dores e mantendo seus relacionamentos em um nível superficial. Ele mente pra si mesmo que poupar o sentimento dos outros, evitar conflitos e se martirizar lhe transformam em uma pessoa boa!

O que fazer com isso?

No próximo artigo vou lhe ajudar a lidar com eles. Por enquanto, observe como eles atuam em você. Dê um nome para cada um. Quando seu crítico estiver falando e lhe atrapalhando, pergunte-se: sou eu o o Sr/ Sra chatinho que está falando agora? E no próximo texto, vamos agir para diminuir a força deles.

Alex Fagundes
Terapeuta, Filósofo, Coach e criador do Programa Profissão Terapeuta
https://www.alexfagundes.com.br
https://www.profissaoterapeuta.com


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