CONHECENDO A OBSESSÃO
Atualizado dia 11/3/2006 7:06:43 PM em Autoconhecimentopor Victor Sergio de Paula
Relembremos o drama pungente de Nabucodonosor II, rei da Caldéia, que influenciado por espíritos vingativos comportou-se à misérrima condição de animal. Vale recordar a passagem extraordinária em que Jesus, em pleno processo de desobsessão, pergunta ao espírito perseguidor: “Qual é o teu nome?”. Responde-lhe: “O meu nome é legião, porque somos muitos” (Marcos, 5:9 e 10).
Allan Kardec definiu a obsessão de maneira clara e objetiva ao afirmar que “trata-se do domínio que alguns espíritos podem adquirir sobre certas pessoas”. Kardec observa, ainda mais, que somente os espíritos inferiores procuram dominar os encarnados, porque os bons espíritos não violam a nossa privacidade, respeitando-nos sempre.
Pelas conclusões do Codificador podemos entender perfeitamente que os objetivos do obsessor devem ser de natureza negativa, procurando levar ao obsidiado, dores e sofrimentos, de natureza física e moral. As causas da obsessão podem ser muitas e variam em cada caso a ser analisado. Entretanto, nos episódios obsessivos quase sempre está presente um elemento: a vingança! O espírito perseguidor busca o encarnado para “cobrar” dívidas do passado, em situações nas quais o desencarnado sofreu lesões, danos, prejuízos morais, afetivos, materiais.
Segundo, ainda, Kardec podemos classificar a obsessão em 3 tipos: obsessão simples, fascinação e subjugação. Na obsessão simples a pessoa influenciada pode perceber a intromissão do espírito que está tentando causar-lhe algum tipo de problema, podendo libertar-se com mais facilidade da ocorrência perniciosa. Na fascinação o obsessor interfere diretamente no pensamento do obsidiado, fazendo com que ele aceite as coisas mais absurdas como sendo verdades incontestáveis, ou seja, o encarnado sequer percebe que está sendo vítima de uma obsessão. Na subjugação, como indica a própria palavra, o obsediado está sob o jugo do espírito, de forma que ele controla quase todos os seus pensamentos e atitudes, fazendo-nos lembrar os episódios dos filmes de horror, como o do famoso O Exorcista, no qual a personagem principal passa por uma série de fenômenos estranhos, tais como levitação, transfiguração, incorporação, e outros. A subjugação é mais rara de ocorrer e é conhecida erroneamente como possessão.
Vale dizer que todos os tipos de vícios, tais como o tabagismo, o alcoolismo, as drogas, a promiscuidade sexual, e mais, o cultivo de raiva, ódio, ganância, mágoas, ressentimentos, quaisquer outras emoções negativas, e atitudes prejudiciais a si-mesmo e ao semelhante, são portas abertas as obsessões de todos os tipos.
Qual a vacina para nos imunizarmos contra as obsessões? A resposta vem na advertência do Mestre Nazareno que nos asseverou: “Orai e vigiai”! Sabemos que a oração nos coloca em sintonia com as esferas superiores, trazendo-nos a assistência dos nossos Benfeitores Espirituais, e que a vigilância preconizada por Jesus, faz com que tenhamos sempre pensamentos e atitudes positivas em face da nossa vida e da vida do nosso semelhante.
Não devemos nos esquecer da inexorável Lei de Ação e Reação, segundo a qual tudo aquilo que fizermos aos outros retornará, amanhã ou depois, para nós, tanto o bem como o mal. Se quisermos nos candidatar à tranqüilidade devemos plantar a paz. Todavia, se no presente momento nossos pensamentos e atitudes são negativos, com certeza somos sérios candidatos a nos enredarmos em futuro próximo nas teias da obsessão: a escolha é nossa!
Texto revisado por Cris
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