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CONSIDERAÇÕES SOBRE O SUICÍDIO (Parte I)

Atualizado dia 8/21/2007 9:30:43 PM em Autoconhecimento
por Victor Sergio de Paula


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“O suicida quer a vida; não está descontente senão das contradições que a vida se lhe oferece.”
Schopenhauer


1. DEFINIÇÃO E CAUSAS

O suicídio pode ser definido como a atitude individual de exterminar a própria vida, podendo ter origem em algum problema de ordem material (falência, demissão de um emprego, perda de bens ou propriedades), familiar (desajustes com entes queridos), afetiva (separação, divórcio, paixões não correspondidas, ciúmes doentio) e, finalmente, problemas espirituais (obsessões graves) que, podem acabar gerando transtornos psiquiátricos como a psicose aguda(quando o indivíduo sai da realidade, porém não o percebe) ou a depressão.

2. ESTATÍSTICAS SOBRE O SUICÍDIO
Normalmente a sociedade trata o assunto com muito medo e, na maioria das vezes, fugindo de um debate mais amplo como se o tema fosse um tabu. Entretanto, face à realidade social do mundo moderno, o suicídio pode ser considerado um problema de saúde pública, haja vista que em muitos países que utilizam a estatística como uma ferramenta no auxílio de visualização da realidade social – comum nos países industrializados - são elevados os índices de mortes por suicídio e muito maiores os números referentes às tentativas infrutíferas.

Japão: tem a mais alta taxa de suicídio do mundo industrializado (24,1 por 100.000 habitantes). Os suicídios atingiram o número recorde de 34.427 em 2003 (+ 7,1% com relação a 2002).
França: em 1996, a França teve 12.000 suicídios por 160.000 tentativas; com 62 milhões de habitantes, esses números representam aproximadamente 19 suicídios por 100.000 habitantes, ou seja, um suicídio por 5.000 pessoas, e uma tentativa por 400 pessoas. A França ocupa o quarto lugar entre os países desenvolvidos. Esses números são mais ou menos estáveis desde 1980. O suicídio é uma causa mortis mais importante que os acidentes de trânsito.
Brasil: 4,9 pessoas a cada 100 mil morrem por suicídio. É uma das menores médias do mundo. Os maiores índices são do Rio Grande do Sul (11 para cada 100 mil), sendo Porto Alegre a capital com maior taxa de suicídios (11,9 para cada 100 mil)
No mundo: 815.000 pessoas cometeram suicídio no ano 2000, o que perfaz 14,5 mortes por 100.000 habitantes (uma morte a cada 40 segundos).

3. O ESPIRITISMO E O SUICÍDIO
Allan Kardec também investigou junto aos Benfeitores Espirituais que trouxeram à luz a Doutrina Espírita, a delicada questão do suicídio, por ser um fato que mesmo na sua época – século XIX - trazia angustiosas interrogações ao homem em geral, e a estudiosos como era o mestre lionês.

No Livro dos Espíritos, Cap. XII, "Perfeição Moral", item VI, "Desgosto Pela Via. Suicídio", vemos a pergunta nº 943 e sua resposta: De onde vem o desgosto pela vida que se apodera de alguns indivíduos sem motivos plausíveis? Resposta: Efeito da ociosidade, da falta de fé e freqüentemente da satisfação plena de seus apetites e vontades, do tédio. Para aquele que exerce suas atividades com um objetivo útil e de acordo com suas aptidões naturais, o trabalho não tem nada de árido e a vida escoa mais rapidamente. Suporta as contingências da vida com mais paciência e resignação quanto age tendo em vista uma felicidade mais sólida e mais durável que o espera.

A abordagem dos mentores espirituais relativa às causas do suicídio começa com a necessidade de se combater a ociosidade, a falta de fé e o combate à satisfação das paixões vulgares do ser humano. Lógico supor que a falta de uma ocupação, de um trabalho honesto, lícito, seja ele qual for, provoca geralmente um estado de desânimo no homem que pode levar ao tédio e, deste, num extremo ao suicídio.

A falta de fé (espiritualidade) leva o ser humano a considerar essa existência como única e que é preciso “aproveitá-la” ao máximo, porque no túmulo a morte é o fim de tudo, o nada absoluto. Pessoas com esse perfil podem mais facilmente tirarem a própria vida, no caso de grandes sofrimentos ou dores, pois como “a morte é o fim de tudo“, morrendo, acabaria o sofrimento.

4. AS MOTIVAÇÕES DO SUICÍDIO
Kardec continuou a inquirir os espíritos sobre as variadas motivações do suicídio, dado que as “cartas”, “bilhetes” e “notas” deixadas por suicidas apontam uma série de motivos, causas as mais diversas, como a justificativa para o ato final. Os benfeitores espirituais criticaram duramente quaisquer das justificativas mais comuns para o suicídio, a exemplo da resposta à pergunta nº 946: O que pensar do suicida que tem por objetivo escapar das misérias e decepções deste mundo? “Pobres Espíritos que não têm coragem de suportar as misérias da existência! Deus ajuda aqueles que sofrem e, não, aos que não têm força nem coragem. As aflições da vida são provas ou expiações; felizes aqueles que as suportam sem queixas, porque serão recompensados!”.

Os espíritos deixaram bem claro que todos nós podemos passar pelas misérias da vida (fases difíceis), sendo parte das provas e expiações da existência terrena e que tais situações de dificuldade devem ser suportadas – ou melhor, superadas - com coragem e força. Fica evidente para todo espírita e espiritualista que quando protelamos o enfrentamento de um problema, seja por qualquer meio possível e imaginável, transferimos a solução para um futuro, no qual poderemos sofrer muito mais, tal é a lei de ação e reação.

Texto revisado por Cris

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