CRENÇAS - PARTE 1
Atualizado dia 11/9/2006 2:23:24 PM em Autoconhecimentopor Adely Branco
Dessa maneira, nos afastamos do que verdadeiramente somos e passamos a moldar nossas características naturais, criando resistências e limites, daí, acabamos frustrados e deprimidos. Por outro lado, desde a infância ouvimos das pessoa mais importantes para nós “ensinamentos” sobre o funcionamento da vida e do mundo. Fomos assimilando e acreditando. Como poderíamos duvidar, ao escutar nossos pais nos dizendo que “a vida é uma grande luta”, ou, “a gente só consegue as coisas na vida depois de muito sacrifício”, ou, “isso não é para pessoas como nós...”, “você é burro, é um menino mau”, “mulher não se comporta assim”, “menino não chora”. Coisas como essas, foram formando nossos limites, “cercas” que nós mesmos criamos e que nos impedem as realizações. E o pior: nenhuma dessas crenças ousamos contrariar, sem ao menos perceber que são experiências alheias e não nossas. Se sua mãe acreditava que algo era importante, bom ou mau, era uma conclusão dela, e não sua.
Uma outra coisa que nos prejudica muito é a idéia equivocada que temos a nosso próprio respeito. Saiba que tudo o que disseram negativamente a seu respeito, causando-lhe sofrimento, se tornou uma idéia sua, um arquivo em algum lugar do seu subconsciente, reaparecendo em sua mente, de maneira sutil, através daquela “voz” que coloca em dúvida a sua capacidade, fazendo com que você se sinta impotente perante a vida.
Se, por exemplo, você ouviu muito na sua infância que era “burro”, todas as vezes que sua capacidade intelectual estiver em jogo, surgirá o medo ou a insegurança, algo como: “Acho que não vou conseguir... acho que não irei bem na entrevista.” Se não lhe permitiram manifestar sua vontade ou opinião, você foi se “encolhendo” e, hoje, sente culpa todas as vezes em que precisa dizer não. Quando não sabemos dizer “não”, na verdade, não compreendemos o nosso valor.
Se você se sentiu humilhado, é provável que hoje, recue em todas as situações que possam lhe colocar em evidência ou que possam lhe expor ao ridículo ou à aprovação alheia. Se por outro lado você foi muito cobrado, é provável que hoje você se cobre demais. Se foi muito criticado, você se tornou crítico. Se lhe ensinaram muito medo, você se tornou medroso. Se cresceu ao lado de pessoas pessimistas, você provavelmente dá muita importância ao mal. Se você se sentiu muito sozinho quando criança, é bem provável que hoje, você afaste as pessoas. Se você sentiu muita raiva e nunca pôde expressá-la, é provável que hoje você seja muito irritado. Se viveu ao lado de pessoas preocupadas, certamente se tornou muito preocupado.
O que diziam a seu respeito, quando você era criança??? (Anote todos as frases que lembrar!) Saiba que tudo isso nos faz sentir que não somos dignos, nem bons, nem merecedores de amor e respeito e faz com que passemos a vida a “mendigar” que os outros façam por nós, o que nós mesmos, não fazemos. Como alguém pode gostar de você se nem você faz isso? Como pode alguém realmente lhe respeitar se você também não respeita suas vontades?
Amor, respeito, apoio, carinho, confiança, atenção, é o que precisamos aprender a nos dar. Pare de acreditar em todo o mal que você vê ou que dizem que vêem em você, tire toda a maldade que lhe colocaram no coração; dentro de você há uma Essência Divina.
Será que se você tivesse a coragem de fazer as coisas na vida mais ligado em suas vontades, não haveriam muito menos problemas? Muita coisa não se resolveria? Mas, o que lhe impõe internamente ordens do tipo: “Você tem que... fazer assim porque, senão, o que fulano vai dizer, ou o que vai acontecer com ele, etc, etc” São os “tem que” que nos levam a sofrer. Os “tem que” são imposições dos nossos pais ainda ressoando em nós ou, o medo de ser feliz, que no fundo é um sentimento de não ser merecedor.
Não conhecemos a felicidade, a paz e temos muito medo de sermos felizes. Você tem medo de se fazer feliz? Ou talvez não se sinta ser merecedor? A vontade é o que nos move, ela deve ser sempre o nosso guia, mas para isso, precisamos nos conhecer melhor, através da percepção das nossas sensações.
Parte 2
Texto revisado por Cris
Avaliação: 5 | Votos: 6
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