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Criança-médium: o que fazer?

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Autor Flávio Bastos

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 6/7/2014 3:21:16 PM


Uma mãe aflita me escreve relatando a sua experiência com um filho de cinco anos de idade. Atônita com a sua situação, ela descreve em detalhes o que vem ocorrendo no convívio diário com a criança, ou seja, acontecimentos que transcendem a lógica científica de um menino em plena fase de desenvolvimento.

Em relação às fases de desenvolvimento infantil, Jean Piaget explica através da Psicologia Genética, que a criança desenvolve-se a partir do momento que começa a interagir por meio de ações cognitivas concretas, ou seja, um processo de construção de estruturas lógicas sobre os objetos ao seu redor. Este autor classifica o desenvolvimento intelectual-cognitivo da criança em etapa ou estágio, sendo que cada fase obedece a uma sequência e tempo de permanência determinado pelo qual a criança vai dos conceitos básicos para o complexo, sendo cada fase pré-requisito para a próxima, como veremos a seguir.

Sensório-motor (zero a dois anos): Nesta fase a criança explora o mundo através dos sentidos, isto é, ela precisa tocar, provar os objetos. Nesse estágio as ações geralmente não são intencionais, a aprendizagem ocorre "acidentalmente", por reflexos.

Período pré-operatório (dois a sete anos): Corresponde ao período da educação pré-escolar. Esta fase apresenta alguns estágios diferenciados, que são o estágio egocêntrico (dois a quatro anos) e estágio intuitivo (cinco a sete anos). Aparece a função simbólica, isto é, os objetos começam a serem representados por símbolos: um cabo é um cavalo, uma cadeira empurrada é um trem, etc. É uma fase fortemente egocêntrica (a criança se vê como o centro de tudo que acontece ao seu redor) e caracteriza-se pela irreversibilidade, ou seja, a criança considera que todos pensam como ela. A noção de espaço, adquirida por volta de dois anos, antecede a noção de tempo, surgindo por volta dos quatro anos. A criança também não consegue ainda entender transformações, mesmo que elas ocorram na sua presença.

Na sequência, veremos a reprodução, na íntegra, das mensagens enviadas pela mãe do menino. Oportunidade que teremos, logo após, de analisar e comparar o aspecto genético-científico de Piaget com a experiência da criança.

"Tenho um filho de cinco anos que vê e fala com os espíritos. Ele me conta tudo o que dizem pra ele. Os espíritos ficam falando no seu ouvido e recebo mensagens através dele. Meu filho me falou sobre sua outra família, como viveram e como morreram. Nessa vida ele contou que morreu de parada cardíaca.

Ele vê pessoas mortas e como elas morreram. Ele sabe tudo sobre reencarnação, espíritos de luz e espíritos brilhantes. Algumas vezes ele falou comigo parecendo não ser ele. Mudou a maneira de falar e as palavras não eram de uma pessoa de cinco anos, e o olhar não era o dele. Ele me diz que é um anjo-pessoa que veio para ajudar.

Bom, com tudo isso que acontece há algum tempo, a creche que ele frequenta informou-me que ele tem mau comportamento pelo fato de estragar brinquedos. No entanto, ele é carinhoso e não bate em nenhum amiguinho. Adora animais e elas querem que eu leve ele para um psicologo. Os psicologos que andei conversando indicam um psiquiatra. O que fazer?

Outra pergunta: Sera que ele vai ser um médium por ele ser tão pequeno e acontecer essas coisas? Tem dias que eu não posso nem andar lá em casa porque ele diz que estou passando no meio de espíritos. Esses dias estávamos saindo de casa e ele falou que tinha um andando conosco. Ele imita a maneira que olham pra ele e, às vezes, fazem caretas.

Eu estou me acostumando com tudo isso. No início eu tinha bastante medo. Quando íamos dormir ele começava a dizer onde eles estavam no quarto, aí eu não dormia de medo. Pior são aqueles que aparecem machucados, mas ele não tem medo, é tudo normal como ele diz: são nossos irmãos. Às vezes ele me pede para rezar ou se eu não estou me sentindo bem, ele esfrega as duas mãozinhas e coloca na minha testa, fecha os olhos e reza.

Os espíritos brilhantes, como ele diz, são muito bonitos e vestem roupas branco e azul. Tem os anjos que não tem asas e que estão de branco. Seus pés e mãos quase não dá pra ver, pois são transparentes. Quando os espíritos maus se aproximam do livro (Evangelho) como ele diz, sai uma luz muito forte e eles somem. Enfim, essas são algumas coisas que acontecem lá em casa. Sei de crianças que veem espírtos, mas não como acontece com ele. Dizem que pode passar ou não. O que fazer?

Ao analisarmos a abordagem genético-científica de Piaget com o relato de experiências da mãe do menino, observamos o aspecto atípico do caso, ou seja, as fases de desenvolvimento da criança não combinam com o comportamento atípico do menino, a começar pelas "ações cognitivas concretas, ou seja, um processo de construção de estruturas lógicas sobre os objetos ao seu redor", como nos informa o texto. Neste sentido, é evidente que o menino desenvolveu ou vem desenvolvendo uma percepção suprasensorial e interdimensional em sua experiência infantil, onde o "concreto" e os "objetos ao seu redor" são relativos à forma como se apresentam no seu campo sensorial.

Outro tópico a ser considerado, é a fase do período pré-operatório, especificamente o estágio egocêntrico, isto é, "a criança se vê como o centro de tudo que acontece ao seu redor", ou "a criança considera que todos pensam como ela". Conforme o relato da mãe, o menino disse que era "um anjo-pessoa e veio para ajudar". Mais adiante no texto, a criança diz não ter medo dos espíritos que se apresentam machucados, e considera: "são nossos irmãos", ou seja, precisam de ajuda, de orientação, de amor. E para finalizar a nossa análise, a mãe afirma que quando não está se sentindo bem "ele esfrega as duas mãozinhas e coloca na minha testa, fecha os olhos e reza". Comportamento que não caracteriza egocentrismo como se ele fosse o centro de seu próprio mundo, mas ao contrário, manifesta uma sensibilidade especial, atípica e extraordinária para uma criança de apenas cinco anos de idade.

COMENTÁRIO

Precisamos alargar a nossa visão e expandir as nossas consciências para entender o que ocorre com essas crianças precoces em relação ao conhecimento adquirido e o aspecto comportamental nas primeiras fases do desenvolvimento infantil, pois sob o prisma científico, está faltando parâmetro, referências e estudos que possam explicar tais comportamentos.

Neste início de milênio, nascem diariamente centenas, talvez milhares de crianças chamadas índigos ou cristais, com um enorme potencial a ser desenvolvido em prol da paz e do amor abrangente sobre a face da Terra. Muitas delas, crianças missionárias que sabem porque vieram a esse mundo, pois suas sensibilidades -e índoles- são transparências que afinizam com a energia da Era de Cristal ou Era da Sensibilidade que começamos a vivenciar.

Elas necessitam de apoio, compreensão dos pais e de uma pedagogia voltada para o crescimento integral do ser dotado de uma fantástica capacidade de expansão consciencial. Estamos no alvorecer do terceiro milênio, por isso estamos confusos, desorientados e com aquela sensação de que tudo começa a ficar diferente do que era antes. São os novos tempos de transformações para o planeta e a sua gente.

A indagação da mãe: "O que fazer?", expressa o muito que temos de aprender e fazer em benefício destes "anjos-pessoas" que nascem para ajudar-nos a quebrar paradígmas e iluminar o que encontra-se oculto nas sombras de nosso desconhecimento.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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