DAS TREVAS À LUZ
Autor Maria Lúcia Pellizzaro Gregori
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 7/13/2008 5:00:47 PM
O egoísmo não é um privilégio de meia dúzia de mentes obscuras, cobertas por um querer pessoal exagerado onde o ego é um “super homem” fantasiado de “auto estima”.
O egoísmo é um mal que faz parte de cada um de nós e do qual ainda não conseguimos escapar completamente.
Hoje já não estamos mais adormecidos na ilusão de que somos os “bonzinhos” e que do outro lado estão os perversos destruidores da harmonia e da paz.
Também já nos conscientizamos de que não estamos mais no século da “mea culpa”, quando entendíamos que o “inferno” lançava chamas gigantescas sobre nós, pobres pecadores, e destruía nossa esperança de conquistar um direito de perdão.
Sabemos que somos parte de uma humanidade comum, cheia de falhas e distorções, mas também cheia de talentos e méritos que são proporcionais ao nível de consciência que cada um conseguiu alcançar.
De uma fé carregada de medo da punição, chegamos a uma prática espiritual banhada pela liberdade de escolha, através da luz do entendimento.
Não precisamos nos submeter, mas compreender quem somos, e o quanto podemos mudar nossos hábitos desgastados e inadequados para a construção de um mundo mais aconchegante e feliz.
Quando refletimos sobre o ensinamento “Ama teu próximo como a ti mesmo”, conseguimos compreender que dentro dele está contida uma das grandes Leis da Natureza – “Causa e Efeito”.
Tudo que fazemos reflete nosso caráter, nossos sentimentos, e de alguma forma, volta para o lugar de onde saiu... volta para nós.
Hoje já podemos perceber que nossas atitudes não produzem apenas efeitos isolados, mas efeitos que se desdobram sucessivamente, sem limite de espaço, medida ou tempo.
Minha consciência me afirma que, se eu jogo lixo nas ruas, eu não estou apenas sujando um lugar que parece não me pertencer, mas estou abrindo possibilidades para que aquele lixo seja levado pelo vento e pela chuva até o bueiro mais próximo e assim, de lixo em lixo, posso provocar um entupimento que fará a água da chuva transbordar e com isso invadir muitos espaços e molhar muitos pés.
Esse é o quinhão de amor que tenho a oferecer ao meu semelhante?
Esse mesmo entupimento causado pelo meu desrespeito às leis urbanas e espirituais poderá molhar também meus pés.
Esse é o quinhão de amor que tenho a me oferecer?
Para que esta realidade mude, nós precisamos mudar.
É preciso que cada um reavalie e resolva os pontos que estão desajustados dentro de si.
Vamos nos alinhar com nossa VERDADEIRA ESSÊNCIA que é pura “Luz” e nos lembrar sempre que é a partir desse núcleo que poderemos transformar, pouco a pouco, a energia vibratória da vida.
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