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De onde vem a saudade que sentimos do paraíso?

Atualizado dia 3/28/2015 8:11:50 PM em Autoconhecimento
por Ton Alves


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O que nos leva a sonhar sempre com um mundo perfeito, isento de sofrimento, onde homens, animais, feras e a natureza convivam em total harmonia e felicidade?
Por que essa sensação de perda, como se no passado tivéssemos tido a experiência de uma vida de paz e alegria sem fim? Qual a causa desse insistente sentimento de culpa que ronda os corações humanos e crava nele suas garras, às vezes, até o total desespero?
Sabe-se que em todas as culturas há relatos semelhantes de lugares paradisíacos originais. O ser humano teria vivido e poderia voltar a viver num paraíso de vários nomes. Atlântida para os gregos; Mara-Naiein para os indígenas brasileiros, Jardim do Éden, para judeus, cristãos e muçulmanos, Lemúria, Shangri-lá, Nirvana, Terra Pura e outros.
Onde seria, realmente, este lugar? Teria realmente existido ou é contos de fadas?
Estudiosos garantem: "não é simplesmente um conto de fadas.

O Paraíso Perdido é um arquétipo, ou seja, um conjunto de imagens psíquicas presentes no inconsciente coletivo que forma a parte mais profunda e ancestral do inconsciente do indivíduo. A queda, fuga, expulsão ou perda do Paraíso é um sentimento humano de perda que nasce junto com a própria consciência de si.
Seria o útero materno onde tudo era paz, conforto e contentamento de onde fomos expulsos? Seria a inocência infantil perdida com o avançar para a idade adulta?
É algo muito mais simples e profundo, segundo os grandes místicos da humanidade.
Saudades do paraíso perdido a sensação de perda ou ausência da unidade inicial, que tornava o ser humano completo e satisfeito.
É a saudade de uma comunhão quebrada ao se romper o contato profundo com a Divindade que vive no interior de cada um.
Mas também é um incômodo sentimento de culpa por ter, por conta própria, cedido às tentações do ego e causado sua “expulsão do paraíso”. Culpa pelo "ato de rebeldia", pelo "pecado original", ou seja, a arrogância vinda da ilusão de separatividade.
É o reconhecimento inconsciente de que, ao render-se à sedução de uma individualidade perniciosa, a Humanidade tornou-se incapaz de usufruir do estado original de plenitude, e começou uma existência existência calcada na solidão, no sofrimento, na morte.
Contudo, ao lado da constatação dessa triste verdade vem a alegre certeza da possibilidade de redenção.
Como ensinam as Upanishads, o Gita, o Evangelho e as Sutras Mahaianas, “combatem-se os efeitos, destruindo suas causas”.
Se a perda do paraíso foi a quebra da íntima unidade do ser humano com a Fonte de Todo Ser, sua reconquista só virá com o retorno da pessoa ao interior de si mesma para restabelecer sua conexão com o Todo e usufruir, novamente, da sua infinita plenitude.

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Conteúdo desenvolvido por: Ton Alves   
Ton Alves é coordenador do Projeto CASULO DE LUZ de incentivo à prática da MEDITAÇÃO HOLOMÍSTICA TRANSRELIGIOSA (MHT), baseada no exercício do silêncio interior, na contínua atenção ao instante presente e no amplo cuidado com as várias dimensões da realidade.
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