Deixando de ser ofendível!
Atualizado dia 1/17/2008 10:15:17 AM em Autoconhecimentopor Theresa Spyra
Sabe quando alguém ataca? Quando se sente atacado! Mesmo que na imaginação dele! Geralmente ouço: mas eu não fiz nada! O ser humano sempre faz alguma coisa. Se alguém me atacou, é porque eu estou em estado “atacável”. Se alguém me assaltou, é porque eu estou “assaltável”. Se alguém me dá um calote, é porque eu estou “calotável”. O outro é sempre um instrumento de um algo maior, que chamamos sistema. É o sistema que dá as direções do que provavelmente irá acontecer comigo. Indivíduos são meros brinquedos nas mãos do sistema. Da mesma forma, o agredido também é agressor, o assaltado também é assaltante, o caloteado também é caloteiro. E isto não significa comportamento. Quer ver? Quantas vezes agredimos alguém ao não abrirmos a boca? Quantas vezes ofendemos pela nossa ausência? Quantas vezes roubamos, se não dinheiro, pelo menos o tempo, a paciência, o humor dos outros? Também não somos nós que agimos assim: somos levados por um sistema.
Para lidar bem com aquele que ofende, é necessário percebê-lo não mais como um indivíduo, mas como um instrumento do sistema. O sistema sempre está querendo se harmonizar, entrar em equilíbrio e utiliza todos os meios para demonstrar isso. Quando alguém ofende, o sistema está dizendo: perceba onde esta ofensa atinge o que você sente, e aceite. A dor do ofendido é a mesma dor do ofensor. Os dois fazem parte do mesmo quebra-cabeça e estão sintonizados pelo sentimento de dor. Geralmente, este sentimento de dor está vinculado com a dor da rejeição, do abandono, do não ser aceito por alguém. Esta dor não precisa ser curada; precisa ser aceita. Não há culpados pela dor – simplesmente ela existe, e pronto! Quando nos cortamos com uma faca, de que adianta culpar a faca, querer quebrá-la? A faca é muito útil também, e se ela cortou, foi agente do sistema.
Tudo aquilo que atinge você, agradável e desagradável, também faz parte de você. Você só é atingível se tiver uma ligação interior, um sentimento parecido com o outro. Ao descobrir e aceitar este sentimento, você deixa de ser boneco do sistema e passa a controlar o que quer receber na vida e o que não quer. Daí, você passa a ter opções. Vai escolher permanecer “ofendível” ou não! E isto não é bárbaro?
Abraços!
Argumentos baseados na teoria de Constelação Sistêmica, filosofia e técnica terapêutica utilizada em trabalhos de desenvolvimento pessoal, consultoria empresarial e consultoria pessoal. Quer baixar dois livros inteiramente grátis e ainda conhecer o melhor site de desenvolvimento pessoal, com textos, blog, fórum e muito mais, criado somente para você? Acesse o link abaixo!
Siddho Theresa Spyra
Consultora e terapeuta de Constelação Sistêmica
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Texto revisado por: Cris
Avaliação: 5 | Votos: 20
Theresa Spyra é alemã, trainer e terapeuta com especialização em constelação sistêmica familiar, organizacional e estrutural. Estudou com a também alemã Mimansa Erika Farny, pioneira na introdução do método sistêmico de Bert Hellinger no Brasil, e aprofundou-se nos sistemas estruturais e organizacionais, com estudos no Brasil, Alemanha e Suíça E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |