Depressão - um mal que vitima crianças a adultos
Autor Luci Freire
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 06/03/2007 16:27:54
A depressão é uma forma de transtorno de humor e de acordo com a Organização Mundial de Saúde 15% da população global já sofreu ou sofre de algum tipo de transtorno de depressão. Pesquisas atuais demonstram uma triste modificação no cenário da população de transtornos depressivos, até algumas décadas passadas o número de casos em crianças e adolescentes era quase que inexpressivo o que já não se caracteriza na sociedade atual. A depressão atinge impiedosamente a crianças, adolescentes, adultos e idosos.
A Depressão é, essencialmente, uma doença que se manifesta por episódios recorrentes e cada episódio geralmente dura de alguns meses a alguns anos, com um período normal entre eles. Em cerca de 20% dos casos, porém, a Depressão segue um curso crônico e sem remissão, ou seja, continuamente (OMS), especialmente quando não há tratamento adequado disponível. Aproximadamente 2/3 das pessoas com Depressão não fazem tratamento e dos pacientes que procuram o clínico geral apenas 50% são diagnosticados corretamente. O índice de tentativa de suicídio em portadores de depressão é bastante incidente o que faz dessa doença um mal que precisa de tratamento adequado e prolongado, 70% a 90% dos pacientes recuperam-se da Depressão.
Existem muitos tipos de depressão normalmente subdivididos em:
Depressão Endógena (causas internas): devida a fatores constitucionais, internos, de origem biológica e de predisposição hereditária. Este tipo de Depressão tem uma causa fundamentalmente biológica. Estas pessoas tendem a se sentir melhor no período da tarde e sua doença costuma se relacionar com as mudanças de estação, havendo um aumento de sintomas na primavera e outono. Esses casos podem ser hereditários.
Depressão Exógena ou Reativa( causas externas): decorrente de fatores do meio ambiente, de acontecimentos e modo de vida. Tantas seriam as causas como: estresse; insatisfação pessoal, profissional e/ou conjugal, dificuldades financeiras, perda de entes queridos, doenças, pressão escolar, excesso de atividades, pressão social, dificuldade de aprendizado, auto-exigência e auto-perfeccionismo, vícios como álcool, drogas e jogos, isolamento por vídeo-game, internet e televisão, traumas por acidentes, seqüestro ou assalto. As causas não são fixas e sim, determinadas pela estrutura emocional de quem as vivencia, os seja enquanto que para alguns a vida urbana é extremamente depressiva para outros não é.
Aspectos Biológicos da Depressão:
As pessoas com Depressão clínica podem ter alterações na quantidade de algumas substâncias no cérebro, os chamados "neurotransmissores", bem como no número e sensibilidade de estruturas funcionais situadas nas paredes de neurônios, os "neuroreceptores". Em nosso cérebro há mensageiros químicos chamados neurotransmissores, os quais ajudam a controlar as emoções. Os dois mensageiros principais são a serotonina e a norepinefrina onde agem os antidepressivos com a função de inibir a ação de alguns neurotransmissores e na promessa de redução dos sintomas da doença.
Aspectos Emocionais da Depressão:
A Depressão é resultante em grande parte de algum tipo de insatisfação, a que vai tomando conta da vida de uma pessoa, muitas vezes, de forma silenciosa e enganosa.
A pessoa quando tomada por insatisfação, numa desesperada tentativa de suprimi-la, pode adotar saídas inadequadas como: alimentar (compulsão, anorexia ou bulimia), hábitos abusivos, mudança de comportamento- de imagem e social, excessos na aparência estética, relacionamentos abusivos ou improdutivos, comportamentos servis e de baixa auto-estima, vícios e inconstância permanente.
A Depressão se manifesta de diversas formas e nem sempre da forma melancólica, pessoas irritadiças e agressivas estão na berlinda dessa doença. Muitos pais se surpreendem ao receber o diagnóstico de seu filho inquieto como criança depressiva.
É muito importante estar atento a qualquer mudança tanto fisiológica, sem causa aparente, quanto comportamental e social. Isso não significa que qualquer dor de cabeça seja sintoma de depressão, bem como, momentos de tristeza e insatisfação temporária.
Alguns dos sintomas mais freqüentes na Depressão:
Durante um período de duas semanas ou mais, a pessoa perde todo interesse por suas atividades diárias e, apresenta humor significativamente deprimido. Entre os sintomas mais comuns estão:
Perda da capacidade de sentir prazer.
Afastamento das atividades normais.
Dificuldade de pensar e de concentrar-se.
Perda de energia.
Perda de apetite sexual.
Sentimentos de inutilidade ou culpa.
Tristeza, melancolia, insatisfação.
Mudança de apetite – perda ou ganho.
Mudanças nos padrões de sono – muito ou pouco.
Crescente irritabilidade, ansiedade e raiva.
Tratamento Holístico:
Após um levantamento completo da vida do paciente, a princípio traçar um plano de qualidade de vida com alimentação adequada, hábitos saudáveis, mudança na rotina social, Terapia da Respiração, Florais como suporte e Psicoterapia.
Num segundo estágio introdução de práticas de Massagem, Reiki, Meditação e algum tipo de esporte. O tratamento varia de pessoa para pessoa e precisa ser constante e firme. ‘A partir do momento em que a pessoa vai reduzindo o desconforto dos sintomas é necessário que se trate o foco da doença com Psicoterapia para conscientização e mobilização do que levou ‘a doença.
Conselhos úteis:
A pessoa que convive com a Depressão tem uma sensação de que a vida é uma batalha árdua e viver é, em muitas horas do dia, um verdadeiro sacrifício. Essa sensação se deve a falta de reserva energética pelo qual o indivíduo se encontra. Nesse sentido o primeiro passo a se dar, independente do tratamento médico e psicoterápico , é mudar a alimentação.
Alguns alimentos promovem o equilíbrio químico necessário para retomar a sensação de bem estar .
-A alimentação deve ser contrabalanceada sem excessos e equilibrada, ou seja, café da manhã, almoço e jantar. É melhor comer em números maiores de vezes e em menor quantidade.
Eliminar, doces,refrigerantes, café (substituir por chá verde – excelente por sinal), álcool eliminar ou reduzir ao máximo possível, açúcar branco e arroz branco substituir por arroz integral.
Ingerir bastante líquido, como sucos de frutas naturais e clorofila, comer bastante fruta e legumes cozidos e crus. Não abusar da alimentação noturna.
Hábitos diários:
- dormir pelo menos sete horas por noite (não dormir com a TV ligada).
- fazer caminhadas diárias de pelo menos 30 minutos.
- meditar e relaxar ao som de uma boa música diariamente.
- fazer exercícios de respiração direcionada e exercícios de percepção corporal.
- reduzir o excesso de atividades em caso de agitação e impaciência. (normalmente sintomas encontrados em crianças e idosos)
- crianças: evitar o isolamento – proporcionar passeios ao ar livre e diminuir o uso do vídeo-game e computador (facilita o isolamento)
- aprender a falar o que sente e a estabelecer uma relação de respeito bilateral, ou seja respeitar a si mesmo e se fazer respeitado.
Procurar um médico e um psicoterapeuta para tratamento adequado e efetivo.
Referência Bibliográfica: J. Gardner e A. Bell.
Luci Freire
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Luci Freire - Psicóloga com experiência em atendimento clínico com especialização em Terapias Corporais e Vibracionais. Formação Internacional em Terapia Floral, Gestalt Terapia, Bioenergética, Reiki, Terapia da Polaridade, Oligoterapia e Iridologia Orgânica e Comportamental. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
