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Desapareça ó noite...Sumam ó estrelas...Na alvorada vencerei.

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Autor Hélio Arakaki

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 9/18/2007 3:59:03 PM


Para quem se habituou a uma vida estabilizada, regrada e certinha, lidar com o imprevisível é como mergulhar na escuridão do caos. Aceitar a imprevisibilidade significa saber lidar com o inesperado e a incerteza, o que nos exige muita capacidade de improvisação, adaptação, fluidez e fé.

A vida é movimento, no interior das pedras os átomos bailam e no Universo as estrelas se distanciam. Precisamos estar sempre conectados neste processo de desdobramento e expansão da vida para não cortar o nosso fluxo vital de inovação que nos revela o sentido, o prazer e a alegria na vida.

Somos seres pensantes, mas a racionalidade não é a verdadeira força motriz das nossas decisões. Principalmente porque fomos educados através da imposição dos medos.

“Não faça isso”, “fique parado aí”, “não vai longe, senão um desconhecido ou o bicho-papão vai te pegar”, foram algumas as orientações educacionais tremendamente broxantes que nos tornaram pensadores desestimulados a correr os riscos por conta própria.

Para não viver enfurnados na casca da insatisfação, do sofrimento e da angústia necessitaremos nos tornar mais conscientes para que, como um garimpeiro experiente que habilmente separa as pedras preciosas dos cascalhos, possamos definir o que é essencial à nossa vida. Para isso, somente a razão não basta, pois se existe algo que nos motiva e nos encoraja é a voz vinda do coração que reforça a certeza de que somos capazes de realizarmos as nossas escolhas.

Objetivamente falando, é o amor que nos torna mais seguros e confiantes. O sentimento de amor é o que gera uma boa auto-estima e uma identidade saudável, conseqüentemente, condições para assumir uma postura mais desafiadora e responsável na vida. Através do amor, despertamos o Guerreiro Interior que nos protege e dá coragem para enfrentar os desafios da vida.

Sem o amor próprio seremos dotados de uma grande capacidade de sabotar a nossa própria felicidade e de até nos fazer perecer em meio ao desespero ao se constatar não ter feito algo digno para si próprio. Esta postura na vida é alimentada por uma intelectualidade mórbida que torna a humanidade capaz de se autodestruir.

Para quem deseja superar as limitações, as interiores e exteriores, precisa se conscientizar do imperativo de que a vida é o mais precioso que existe e que a incerteza traz muita mais possibilidades realizadoras que as supostas previsões negativas que fazemos em relação ao futuro incerto.

Existe uma frase do criador da Biodanza, o psicólogo chileno Rolando Toro, que o “Caminho é solitário, juntos só podemos celebrar”. Uma referência à nossa jornada transformadora em que, solitariamente, teremos que decidir qual o rumo a tomar e também de assumir a responsabilidade pelas conseqüências que advirão. Como a incerteza é algo assustador, é provável que relutemos em sair da casca que torna a nossa vida um círculo vicioso de insatisfação, apatia e revolta.

A inovação acontece quando rompemos com as fronteiras do que é conhecido para nos arriscarmos a seguir um caminho desconhecido sem guia nem mapas, pois o caminho é único e pessoal.

Portanto, o segredo do sucesso e da felicidade é ter a coragem para ser original. Isso significa seguir a direção contrária das convenções estabelecidas, dos julgamentos e das criticas (internas e externas) para que você não subestime os seus sinais internos, os seus desejos e sonhos íntimos que só você e mais ninguém poderá realizá-los. Daí ser oportuno finalizar com essa frase de autoria desconhecida: “Se um dia disserem que seu trabalho não é o de um profissional, lembre-se: a Arca de Noé foi construída por amadores; profissionais construíram o Titanic..”.

Neste link link você vai constatar que cada um de nós é como uma jóia rara que no momento não se deu conta que pode ser lapidada e que a escuridão do caos da dúvida e da incerteza pode ser superada e que assim, como canta a “Ária Nessum Dorma” de Pucinni , “Desapareça ó noite, sumam ó estrelas... Na alvorada vencerei”.


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