Descobrindo a verdadeira plenitude no vazio
Atualizado dia 18/05/2015 21:51:56 em Autoconhecimentopor Isha Judd
“Assim como esta xícara”, disse o mestre, “você está cheio de suas próprias opiniões e ideias. Como posso lhe ensinar se você ainda não esvaziou sua xícara?”
No mundo moderno nos ensinaram que acumulando coisas – ideias, bens, conhecimentos, experiência – encontraremos a plenitude, mas, na realidade, uma vida brilhante e verdadeira provém de estar vazio.
Ao preencher os nossos sentidos com uma avalanche interminável de estímulos e distrações, enterramos o tesouro mais grandioso de nossa existência: nosso próprio Ser. No fundo, debaixo de todas as ideias, preferências, opiniões, temores e recordações, está seu ser, verdadeiro e eterno: aquilo que eu chamo amor-consciência. Sempre esteve aí e sempre estará. É quem somos no nível mais profundo e, no entanto, o perdemos de vista, escondido atrás das “coisas” que mais valorizamos. Apenas esvaziando-nos poderemos descobrir nosso tesouro mais precioso. O vazio está cheio do que profundamente queremos e necessitamos.
Nós nos apegamos a estruturas que nos são familiares porque pensamos que definem quem somos. Mesmo que nos causem sofrimento, a alternativa parece muito menos desejável: nosso medo à mudança é, em última instância, o medo a perder nossa identidade. Sem nosso sistema de crenças, preferências políticas, opiniões e até mesmo nossas personalidades, que seria de nós? Estas ideias acerca do mundo e de nosso lugar nele nos dão certa sensação de controle: sabemos onde estamos e sabemos o nosso lugar em relação a tudo e a todos. Mas por acaso esta ilusão de controle nos tem dado felicidade? Para a grande maioria de nós, a resposta seria não!
E, portanto, se quiséssemos encontrar uma nova visão de vida, teríamos que estar dispostos a deixar ir nossas velhas ideias e opiniões. Ao invés de nos aferrarmos a elas rigidamente, estancados e resistentes à mudança, deveríamos estar abertos a receber e dispostos a evoluir. A evolução é a natureza do amor-consciência. E o que é que impulsiona a evolução? A mudança. Sem mudança, não há crescimento, não há vida. A rigidez – a resistência à mudança – é a morte. A vida deve adaptar-se para sobreviver: se queremos seguir adiante, devemos estar dispostos a nos transformar, deixando o velho para trás.
Ao longo da história, a grandeza sacudiu as velhas opiniões. Jesus rompeu com a tradição, igual a Buda. À medida que evoluímos, as opiniões e julgamentos que uma vez aceitamos sem sequer questioná-las, agora se veem antiquadas e irrelevantes. É hora de nos esvaziar daquilo a que nos aferramos, de renunciar às ideias e opiniões que enchiam nossa mente.
Que libertador é estar vazio! Não ter opiniões, nem ideias, nem limites, nem resistência. É dizer sim ao Universo, dizer sim a toda a criação a partir de um lugar alegre; surge para abraçar a vida sem interferir, da doce entrega ao que é, apaixonar-se pela própria realidade atual. Esta é uma verdadeira história de amor, o amor de um indivíduo pela vida, por si mesmo, pela alegria de ser.
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Isha é mestra espiritual reconhecida internacionalmente como embaixadora da paz. Criou um Sistema para a expansão da consciência que permite a auto-cura do corpo, da mente e das emoções. Site oficial www.ishajudd.com E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |