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Desconfiança exagerada, ciúmes

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Autor Flávio Bastos

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 3/22/2006 4:17:16 PM


Paulo desconfiava até da própria sombra: "Não confio nem em mim mesmo", costumava dizer. E essa insegurança, esse sentimento de inferioridade era histórico na vida desta pessoa. Sua estima, portanto, era baixa e sua necessidade de auto-afirmação na vida profissional, exagerada. No relacionamento afetivo não era diferente, pois o sentimento de ciúmes contaminava a vida do casal a ponto dele criar fantasias e sonhar que estava sendo traído pela esposa. O sentimento de posse com relação ao objeto amado refletia-se na forma como o paciente cerceava a liberdade no cotidiano da vida da sua mulher, impedindo-a, inclusive, de dirigir seu automóvel.

Foi com esta esperança, e muito por iniciativa dela, que o casal começou a fazer terapia. Helena sentia-se constantemente ameaçada, física e moralmente mas, apesar da constante pressão psicológica do marido, ainda acreditava e tinha esperanças na melhora do relacionamento. Era o que mais almejava, pois ainda o amava.

Pelo nível de desconfiança, alimentado por um histórico de relações com uma mãe com claros traços de psicose e pela ausência de um pai que falecera quando ele tinha três anos, Paulo relutou muito em aceitar a regressão como opção investigativa de seu inconsciente. "Não tenho certeza se a regressão será uma experiência boa para mim", justificava-se.

Após algumas sessões de psicoterapia onde foi trabalhada a questão "desconfiança" em seu histórico de vida relacionado aos sentimentos de ciúmes e de culpa, Paulo sentia-se mais confiante no processo terapêutico e, principalmente, na figura do terapeuta, pois este já não lhe parecia tão "ameaçador" como no início e uma empatia se estabeleceu na relação paciente-terapeuta.

Na regressão, Paulo resistiu até quando pôde no sentido de analisar racionalmente o que estava experenciando: "É um filme ou não é um filme o que estou vendo?", dizia.
Convenceu-se de que era um "filme", mas o filme da sua atual vida, quando identificou-se como personagem principal sendo sexualmente abusado e, na sequência, a imagem da sua mãe lhe dizendo: "Tu não fazes nada direito mesmo, tu és um caso perdido".

Após um momento de muita catarse (choro e raiva) Paulo começou a acalmar-se e a ingressar em uma revivência mais remota: via-se preso em uma cela (uma das suas queixas atuais era de que não se sentia bem em lugares apertados). Experimentava um sentimento muito intenso de culpa e, ao mesmo tempo, de raiva. Sentia-se também sendo abusado sexualmente neste lugar e com uma sensação de que iria morrer alí.

Passa alguns minutos em silêncio e, de repente, diz: "Eu matei alguém com requintes de crueldade. Não pode ser!" E continua: "Foi uma mulher, ela me traiu e eu a matei, por isso estou aqui, preso" e começa a chorar à medida que reconhece aquela pessoa: "É ela sim, meu Deus, é a Helena!"

Depois de nova catarse e enquanto o paciente vai se acalmando, a regressão é encaminhada para o seu final. Paulo estava cansado; foram muitos sentimentos e emoções aflorados em uma única experiência.

Comentário:

O que dizer da experiência regressiva de Paulo? Que ele teve todos os "ingredientes" necessários para, através da continuidade do processo terapêutico, ser auxiliado a fazer a sua elaboração a respeito do valioso conteúdo que emergiu desta rica experiência.

Os dois, marido e esposa, estão tendo nova oportunidade reencarnatória para "curarem as feridas" do passado. E esta decisão, combinada na programação reencarnatória de ambos, não estava, até antes da regressão, sendo considerada por Paulo. Experiências que o marcaram na vida atual serviram como "gatilhos" que acionaram a sintonia com aquela vida de prisioneiro. Portanto, intensos sentimentos de ciúmes e de culpa vieram à tona novamente, fazendo com que Paulo começasse a experienciar velhos sentimentos que o atormentaram no passado.

Quanto à Helena, esta passa a sensação de estar, por amor, predisposta a colaborar na recuperação do marido e no estabelecimento de um convívio harmonioso entre o casal e o filho pequeno. Paulo está tendo a sua chance.

Os nomes foram trocados para preservar as pessoas.
Psicoterapeuta Reencarnacionista e Psicanalista Clínico.
flaviobastos

Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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